sábado, 31 de outubro de 2015

A BUROCRAIA DA ANVISA TAMBÉM MATA!


O câncer, doença que ainda não tem cura, mas tem a possibilidade de um tratamento mais humano e digno com as cápsulas de fostaetolamina. Porém, a doença  não pode esperar a pressão, burocracia ou a incompetência da Agência de Vigilância Sanitária do Governo – ANVISA para aprovar ou negar a produção em larga escala desse medicamento que só está sendo conseguido junto à Universidade de São Paulo, no município de São Carlos, através de liminares da justiça. 

O medicamento deve estar sofrendo pressões de laboratórios para que não venha a ser produzido no Brasil, porque ganham muito dinheiro com a doença e, uma simples possibilidade de cura, incomoda aos poderosos laboratórios que dependem de doenças para conseguir sobreviver. A simples alegação de que a fostotanolamina sintética ainda não foi testada em humanos cai por terra e acredito mais em pressões de laboratórios estrangeiros para não aprovar a sua produção em larga escala a um preço bem inferior ao que eles comercializam no Brasil. 

A notícia da produção do remédio se espalhou pelo Brasil pelas redes sociais. Segundo a divulgação, a fostotanolamina sintética curaria diversos tipos de câncer, sem afetar a imunidade dos pacientes e não causaria queda de cabelos. Diante da burocracia, pressão de laboratórios internacionais ou pura incompetência da Anvisa em decidir aceitar ou negar o registro da produção em larga escala do remédio já é uma coisa estranha; Diante disso, a justiça vem dando ganho de causa em todas as ações que solicitam o remédio sintético como última esperança aos pacientes, mas ampliou-a de cinco para 20 dias o prazo para que a Universidade de São Paulo, faça a entrega das cápsulas do novo remédio sintético aos pacientes. Se não produzisse efeitos amenizadores à doença, não haveria tanta procura pelo medicamento e tantos testemunhos de eficácia no tratamento? 

Recentemente, um extrato produzido a partir da folha da maconha, que servia para tratamento de convulsões em crianças também passou pela mesma situação: por falta de registro na Anvisa, não era aceito o pedido dos médicos, até que uma família conseguiu importá-lo e provou que produzia eficácia.. Só que o remédio era caro demais e os pacientes adquiri-los para seus, A prudência da ANVISA deve continuar existindo ao aprovar registro de qualquer novo tipo de medicamento para produção em larga escala, mas não pode se curvar a uma burocracia excessiva e nem ao poder dos laboratórios internacionais para criar obstáculos à concessão ou recusa de uma nova patente. Por não ter registro na Anvisa – como o extrato produzido a partir da filha de cocaína também não tinha e talvez ainda não tenha, não pode servir de desculpas para justificar que não produz efeitos nos setores humanos. Prudência e cuidado são necessários, mas a burocracia dentro da Anvisa está muito estranha e pode se tratar de uma pressão externa para que não se produza remédios no Brasil. Os laboratórios estrangeiros detém muitas patentes de remédios que se originam no país. 

Novas pesquisas devem ser feitas com relação à fostoatenolamina para que se tenha certeza da dosagem adequada aos seres humanos, a fim de não lhes causar problemas. Mas a doença não espera 10 ou 15 anos para se ter uma solução. A contadora e comerciante Mariani Goulart Sobue, de Barrinha (SP), é uma das pessoas que aguardam as cápsulas. Ela entrou com o pedido na Justiça e recebeu a primeira leva do composto no dia 25 de setembro, antes de o Tribunal de Justiça (TJ) suspender as decisões e do Supremo Tribunal Federal (STF) analisar o assunto, mas está preocupada com a segunda remessa. Sobue, que cuida de sua mãe de 73 anos diagnosticada com câncer no pulmão e está ficando bem melhor, resume o sentimento que tem com relação à demora no recebimento do remédio: “Tenho medo de não chegar e ele ter que parar o tratamento”.

Quando será que a ANVISA passará a entender que a saúde é um direito constitucional do povo e que ela não pode se dobrar aos laboratórios estrangeiros, se no Brasil se pode produzi-lo a um preço bem inferior? Os necessários cuidados da ANVISA, estão chegando a uma margem de tempo que gera desconfiança. Mais  coisas  devem estar existindo por trás dessa burocracia excessiva em aprovar ou negar a produção de um medicamento descoberto por um pesquisador brasileiro. Ou seriam coisas inexplicáveis e inconfessáveis durante os anos em que o pedido de produção do remédio deu entrada para produção do medicamento?! 

Depois que o descobridor da fórmula foi ouvido no Congresso Nacional, será que agora sairá a autorização? 

Talvez sim. Talvez, não!







sexta-feira, 30 de outubro de 2015

PROFESSOR, A MAIOR MISSÃO É SOFRER!



As missões dos professores que ainda permanecem em sala de aula até hoje, são ensinar, sofrer e sobreviver com os péssimos salários, dando aulas em precárias escolas, tendo que trabalhar em até três turnos para tentar sobreviver com dignidade. Embora políticos digam que os defenderão se eleitos, quando o são, esquecem-nos. Todos os professores deveriam receber as melhores remunerações do mercado de trabalho como já foi no passado, porque toda e qualquer outra atividade, mesmo a política, depende de um professor que os tenha ensinado, embora existem hoje políticos analfabetos, talvez por  “méritos” junto aos seus eleitores. Felizmente, eles são poucos porque o ensino, à críticidade da realidade, muda a forma de pensar de um aluno e de uma sociedade. Muitos políticos, depois de eleitos, entram no esquema do poder do Estado e fazem só o que “o seu mestre mandar” e raros são que abraçam alguma causa e a perseguem até o fim, lutando contra tudo e todos, mesmo que tenham frustrados seus esforços! Diante de tudo isso, não me causou qualquer espanto as críticas à frase “não se nasce mulher, torna-se mulher”, do livro “Segundo Sexo”, da pensadora francesa e feminista Simone de Beavour, em  depois da prova do ENAM, 

Alunos  ridicularizaram-na em  vídeos que circularam pelas redes sociais. Como ensinava em sala de aula,  toda e qualquer frase filosófica deve ser entendida dentro de uma abordagem de interlocução, analisando o amadurecimento político-filosófico do autor e, assim, deveria ter ocorrido com a frase da polêmica feminista e pensadora contemporânea francesa. Ao contrario, alunas e alunos querendo aparecer nas redes sociais, produziram  sátiras ridículas, ligando a pensadora ao Governo Federal, chamando o ENEM de “Ensino Nacional do Ensino Maxista” e outros adjetivos piores, mas todos igualmente ridículos. Uma aluna, com poucas palavras úteis e aproveitáveis e excesso de palavrões, chegou a sugerir que escritora nascesse homem e operasse para ver se se tornaria  mulher. Segundo a aluna, poderia ate tentar, mas lhe faltaria a sutileza e a feminilidade da mulher que nasce mulher. Dentro de um contexto isolado, a primeira impressão parece ser verdadeira. Contudo, depois que se lê a obra completa, se compreende o pensamento da escritora porque ela explica a sua afirmativa e a razão de sua frase que gerou tanta polémica entre os alunos.

Tenho pena dos professores, cuja maior missão depois de repassar seus conhecimentos em sala de aula, é sofrer. Em São Paulo, os mestres mal pagos fecharam a Avenida Paulista em pacífica passeata, protestando contra o projeto de lei do governo Geraldo Alkimin, que dizem que fechará escolas. Se não houvesse alguma coisa podre na mudança que o Governo quer ver aprovada, os mestres não teriam deixado suas salas de para protestar contra o fechamento de escolas. Os burocratas que elaboraram as mudanças, em gabinetes refrigerados e com conforto, negam que se aprovado como está atualmente, Escolas seriam fechadas. Fechando ou não, o Governo do Estado de SP deveria abrir mais Escolas e construir creches para as crianças, ouvindo mais profundamente as reivindicações dos educadores que vivenciam à prática do da sala de aula.  

Como toda mudança abrupta produz dor, abre ferida que se transformam em chagas e se tornam de difícil cicatrização, é difícil entender essa mudança quase na marra, não exaurindo as possibilidades e não aceitando as ponderações de quem vive à prática diária. Na condição de Educador que fui e ainda me considero que ainda seja, peço diálogo entre as partes porque a “Pátria Educadora”, se voltou mais  ao quantitativo estatístico e menos ao qualitativo. Mais os resultados mediático e menos ao que ocorrerão em longo prazo. Mais para a aprovação em concursos públicos e cada vez menos para repassá-lo a alguém. Estamos formando verdadeiros analfabetos diplomados em nível superior, do que produzindo conhecimentos para uso no do dia a dia. Como professor do ensino primário à universidade, convivi e ainda convivo com alunos que não sabem escrever. As antigas, mas corretas, coerentes e perfeitas práticas do ditado, cópia, tabuada, desapareceram. 

Para resolver o impasse em SP, o melhor caminho é o diálogo, não o confronto. Esse procedimento rende mídia, mas não voto para ninguém. Enquanto isso, a “Pátria Educadora”, vai emburrecendo cada vez mais o alunado, preocupada com estatísticas e nem um pouco ligando para a qualidade a longo prazo. A educação liberta, mas está sendo usada para aprisioná-los cada vez mais. O ensino, em todos os níveis, deveria seguir uma progressão, mas, lamentavelmente, vive um momento de regressão. Salário não é a única e principal ferramenta da Educação. Pode ser esse o problema  em São Paulo, mas me faltam dados e elementos confiáveis para analisar meticulosamente à questão. Como professor que ministrava aulas de filosofia para que os alunos entendessem a origem do e o porquê de uma determinada teoria do Serviço Social dentro de um contexto histórico, também sofri quando vi os ridículos vídeos em redes sociais. Não os repassei porque todos eram de uma imbecilidade tão grande que senti vergonha de recebê-los e vê-los!

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

SE...EDUARDO CUNHA PERDER O MANDATO...?


SE o deputado federal Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, perder o mandado e for cassado por seus pares, talvez o Brasil volte a andar novamente. No momento, o país está parado, estagnado, em cima dos trilhos, pronto para seguir em frente, mas está impedido pela corrupção nem segue para frente e vai para trás com muita rapidez, nos últimos cinco anos! O Brasil, regrediu nos campos da economia, ética, moral e da política. A fome, inflação e corrupção voltaram mais forte e sofisticada. A Polícia Federal desbarata uma quadrilha de corrupção, outros, mais sofisticadas são criados!

Disse SE o presidente da Câmara Federal, for cassado, porque talvez não seja! Muitas águas podres ainda inundarão o duto da corrupção da Operação Lava Jato. Nas redes sociais, circulou até uma felina ironia contra, dizendo que alguém teria pego todos os documentos, o passaporte, viajado para a Suíça, aberto a conta, depositado nela os 5 milhões de dólares em nome da família dele e lhe entregue o comprovante do depósito a Eduardo Cunha. O parlamentar, nega tudo. Estaria ele sofrendo de amnésia? Talvez, porque insiste em reafirmar que não sabe e não lembra nada, igual fazia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando não queria responder a alguma pergunta mais direta sobre assuntos que considerava inoportunas impertinentes, de difícil explicação!

Muita maldade essa divulgação pelas redes sociais! Eduardo Cunha deve estar sofrendo de esquecimento e enriquecimento mesmo, ao ponto de  esquecer os 5 milhões de dólares recebidos de corrupção, o esperam na Suíça, bloqueados pela Justiça daquele país. Desde que o Brasil começou a discutir se Eduardo Cunha tinha ou não sido eleito depois de mentir na CPI da Petrobras negando a existência de qualquer tipo de conta em seu nome, de sua família ou de alguém que lhe pudesse beneficiar, buscou demonstrar força política e reuniu 12 líderes de partidos políticos em sua residência. Dentre os políticos, estavam parlamentares do PT, PC do B, Psol e da Rede Solidariedade. Também passou a cantar mais forte dentro do galinheiro, circo ou balcão de negócios em que foi transformada a Câmara dos Deputados. Uma loucura! Ninguém entende mais nada. Dizem que de cabeça de alguns políticos, magistrados e bunda de criança nova, ninguém sabe o que sairá de dentro, principalmente de políticos que se diz independente e negocia a sua permanência no cargo, embora negue que isso seja verdade! Deve ser o caso: ninguém sabe afirmar com precisão qual será o resultado do pedido de afastamento do parlamentar e do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Muitos analistas dizem que tudo terminará em uma grande pizza! Comungo com esse mesmo pensamento!

Enquanto isso, o Brasil nadou, nadou e morreu na praia ou no trilho do desenvolvimento, mas impedido pela corrupção. Agora o poderoso e pedante presidente da Câmara corre o risco de ter cassado seu mandato porque o processo apresentado pelos seus opositores na Câmara, já chegou ao Conselho de Ética, mas o parlamentar continua demonstrando força em meio ao fogo cruzado, igual ao um bambu que enverga, não quebra em meio a grande tempestade de raios e metralhadoras. O deputado se desvia de todas as balas em forma de microfones dos jornalistas, ávidos por alguma declaração!

Será que o empresário agropecuarista, advogado e presidente da Comissão de Constituição e Justiça Arthur César Pereira Lira designará um relator que tenha coragem de pedir a cassação do mandato do deputado federal do PMDB por São Paulo, por comparecer sem ser convocado e mentir na Comissão da Câmara que apurava os desvios na Petrobras? É o que teremos que esperar na novela chamada “Lava Jato da Petrobras”, nos próximos capítulos! 

Não acredito que a presidente Dilma Rousseff sofra impeachment e nem que os temas de interesse do país voltem a ser discutidos. No meio disso tudo, de uma coisa tenho certeza: a sociedade brasileira do mais rico ao mais pobre, não deseja à volta da famigerada CPMF mesmo que com outro nome e provisória.



OVO GALADO, UM RITUAL CONTRA A VELA (crônica reposicionada)

Uma vela , um ovo e um olhar, colocando o ovo na frente da vela, eram tudo o que minha mãe necessitava para identificar e separar  “galado”  que eram colocados de volta embaixo da galinha choca, e o que não estivessem,  eram fritos para a meninada, na comunidade de Varre-Vento, no município amazonense de Itacoatiara. 

Não sei como minha mãe os identificava e is separava, mas acredito que fosse pela prática de tantos anos com a lida no campo. Os galados, ela os marcava um a um e, depois, devolvia-os as galinhas que os estivessem chocando, de onde os tirara minutos antes. Tinha que ser um processo rápido entre o tirar e os colocar de volta no ninho. 

Se não fizesse isso, “nem todos os ovos produzirão pintos”, explicava ela para quem desejasse porque todo aquele ritual era necessário.  Os que não estivessem galados, eram fritos, transformados em farofa, misturados com qualquer outra comida - menos o peixe, só em calderadas - e servidos aos filhos famintos, que olhavam o ritual – mais eu, do que os outros irmãos.

Achava interessante o ritual e curioso também. 

Bastava um olhar contra a vela, minha mãe sabia se os ovos estavam galados ou não. “Eles ficam mais escuros, olhando-os contra à luz”, dizia. Com alguma coisa que tivesse à mão – lápis, caneta etc – marcava-os a todos e os devolvia para as galinhas continuarem chocando os mesmos ovos. Galinha chocando é braba, ataca, fica valente, mas continuava no mesmo ninho geralmente feito com palhas para melhor esquentarem os ovos com seu corpo.

Quando uma galinha sumia por alguns dias a mamãe já desconfiava: “deve ter feito algum ninho e está chocando os ovos dela”. Com medo que elas tivessem sido picadas por cobras, muito comum no interior, minha mãe as procurava e identificava onde estavam os ninhos. Tinha medo que algum bicho tivesse se alimentado com os ovos, inclusive cobras.

Depois, com cuidado, retirava-os um a um todos os ovos, os olhava  contra a luz da vela e depois os devolvia à galinha para que ela continuassem chocando seus ovos: “agora tenho certeza que nascerão pintos de todos os ovos chocados”.

Quando os pintinhos nasciam, a galinha a frente e todos  amarelinhos atrás dele, os ensinando a sobreviver, ciscando o chão para descobrir e mostrar aos seus filhos, pela prática, onde podiam ser encontrados os alimentos. A mãe comia e os filhos – os pintinhos amarelinhos faziam o mesmo!

Era lindo ver essas coisas que desapareceram com o progresso, pela falta de terra para que sejam criadas as galinhas. Vai chegar ao dia que a geração jovem só conhecerá galinha de granja ou visitando alguma fazenda nos municípios aonde essa tradição é mantida. 

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

SENTENÇA DE RECIFE NÃO MUDARÁ VIOLÊNCIA NOS ESTÁDIOS!


Enquanto em Brasília o Ministério dos Esportes defende punições mais rigorosas aos torcedores envolvidos em brigas nos estádios durante o campeonato brasileiro, sugerindo até o recadastramento de todos os que pertencem a torcidas organizadas como fórmula capaz de controlar as confusões, recentemente, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, em Recife, o júri popular do 2o Tribunal do Juri, condenou os torcedores Waldir Pessoa Firmo Júnior, 34 anos, Luiz Cabral de Araújo Neto, 30 anos, e Everton Felipe Santiago Santana, 23 anos, por homicídio consumado e três tentativas de homicídios, a mais de 30 anos de prisão, somados. Eles arrancaram um vaso sanitário e arremessaram-no do alto do estádio do Arruda, contra o torcedor Paulo Ricardo Gomes da Silva, matando-o na hora. Todos disseram que não tiveram a intenção de matar e seus advogados de defesa anunciaram que recorrerão da sentença porque a entenderam como muito severa. Contudo, essas três condenações a penas elevadas, não inibirá a violência entre torcidas organizadas. 

Nem as Delegacias dentro dos Estádios, muito menos as câmeras instaladas para identificação dos marginais que usam camisas de times de futebol para cometer barbaridades em nome de um fanatismo idiota, estão conseguindo inibir o animalesco comportamento dos “torcedores” marginais! A certeza da impunidade é a principal raiz do problema. As câmeras ajudaram a identificar os torcedores, é verdade. Todos, porém, depois de cumprirem suas penas, voltarão às ruas para cometer novos tipos de crimes, porque não existe  interstício pós-pena, restringindo-os à frequência aos estádios, até passarem por uma avaliação psicológica, por exemplo. A culpa, em parte, é da Justiça  e dos recursos, tardando a puni-los e, quando o faz, os condena a pagar penas alternativas! Nesse caso específico, todos foram condenados por homicídio! 

Paulo Ricardo Gomes da Silva, tinha 26 anos quando teve sua vida literalmente “sanitarizada” pelo arremesso dp vaso, os  marginais travestidos de torcedores declararam que não tiveram a intenção de matá-lo. Seria risível, se o torcedor ainda estivesse vivo! Como os marginais poderiam ter arrancado um vaso sanitário, chumbado e parafusado no chão, transportá-los por vários metros, arremessado-o em cima dos torcedores que deixaram o Estádio não tivessem a intenção de matar ninguém? Talvez fosse apenas se divertir que os marginais torcedores queriam! Se fizeram tudo isso, “sem a intenção de matar”, já pensaram se tivessem a intenção de matar?  Teriam entrado com uma escopeta ou bazuca e tentariam entrar no Estádio. Só não conseguiriam porque os detectores de metal os teriam identificados antes e teriam sido barrados! Se não tivesse a intenção de matar ninguém, não deveriam sequer ter arrancado os vasos sanitários do Estádio, muito menos arremessado-o contra a torcida que, inocente, deixava o local. A única culpa que tivera o inocente torcedor, foi o de torcer comparecido ao campo e torcido pelo seu time do coração. Qual o crime que teria cometido o torcedor para ser-lhe tirado a vida!? A verdade é outra: todos tinham certeza que sairiam impunes do crime, mas as câmeras os pegaram e os identificaram. Todos foram punidos! 

Joelma da Silva, mãe da vítima, desmaiou e foi levada para o posto médico do Fórum e depois seguiu para casa. O pai de Paulo, José Paulo Gomes, disse que sua família ainda está destruída pela morte do filho e garantiu que toda a sociedade clamava por justiça pelo que aconteceu. Embora alguém que participou do julgamento tenha anunciado que a sentença tenha sido um duro golpe contra os marginais travestidos de torcedores, tenho dúvidas se essa sentença será mesmo o fim da marginalidade nos Estádios de Futebol!

terça-feira, 27 de outubro de 2015

FRASES INIGMÁTICAS DE CAMPANHAS!


“A companheira Dilma, fará em seu segundo mandato, um Governo melhor que eu fiz”. Com a voz rouca e gesticulando muito com as mãos mostrando um dedo decepado pelo exercício de profissão de torneiro mecânico, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que fazia questão de dizer sempre  “não sei, não vi e não me comprometa”, apresentou à Nação, a “companheira Dilma” durante a campanha política. E ela está cumprindo o que prometera: “mandarei investigar tudo, doa a quem doer”. 

Em termos econômicos, éticos, morais, políticos e sociais, o Brasil está uma catástrofe, regrediu muito nos últimos 5 anos do Governo Dilma. Mas causou dor os seguidos desdobramentos feitos a partir da “Operação Lava Jato”, tanto em partidos de oposição que querem afastar o juiz federal Sérgio Moro do comando, como no próprio PT, teve vários de seus membros presos e condenados! Contudo, doeu mais ainda, quando chegou à empresa de marketing esportivo do filho mais novo de Lula. O ex-presidente disse que estava com raiva de Dilma, só porque ela está cumprindo o que prometera: “doa a quem doer”! Por que a raiva? 

A corrupção no Estado brasileiro e do mundo existe desde que o mundo é mundo. No Brasil, especificamente, esteve presente em todos governos, inclusive nos militares, nas classes subalternas de segundo escalão. Contudo, devido a imprensa da época ser totalmente censurada, os jornalistas sabiam, mas não podiam divulgar nada porque seus jornais não circulariam no dia seguinte, seriam “empastelados”, como se dizia na época. Com a liberdade de expressão existente no Brasil desde 1988, com mais força, esse câncer que mata as estranhas da Nação, invadiu o governo e se tornou mais escandalosa no Governo do PT, mas não começou no Governo do PT. A presidente Dilma Rousseff, a que se anuncia como “coração valente”, está mandando apurar tudo, “doa a quem doer”. No Paraná, o juiz federal Sérgio Moro, concentra todas as investigações, trabalhando com uma grande força tarefa da Polícia Federal em várias frentes. Apura, decreta prisão, denuncia e condena a quem deve ser condenado e absolve quem não tem culpa e entrou de “gaiato no navio”.Tudo com muito critério, cuidado, rigor e fazendo ligações de uma coisa com outra, “doa a quem doer”! Foi assim que chegou à empresa de marketing esportivo do filho mais novo de Lula. Como todo pai zeloso que é, Lula não fez filhos para si, como já disse o poeta Gibran Kalil Gibran, mas pode ter sido um o arco que os direcionara rumo à possível e provável esquema de corrupção, pelas facilidades que tinha no poder do Brasil! Até passaporte diplomático um dos filhos de Lula possuía, mesmo sem ser diplomata. Imaginem o que ele não seria capaz de fazer para beneficiar seus filhos!

Por que o ex-presidente Lula estaria com raiva de Dilma, desconheço. Como também desconhecia que os filhos do ex-presidente fossem todos empresários: um, o “Lulinha” seria dono do frigorífico Friboi, o JBS, outro, o mais novo, que teria recebido dinheiro de uma das empresas investigadas, é dono de uma empresa de Marketing Esportivo. Uma filha de Lula teria recebido dinheiro do esquema de corrupção da Petrobras, declarado por um delator confesso. Todos eles negam com veemência as acusações, mas aprendi na vida em local que existe fumaça é porque  existiria fogo, também. Lula, por enquanto, continua morando com sua esposa Letícia em seu antigo apartamento em uma das cidades do ABC Paulista, mas não sei até quando!

Notícias de quem bens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teriam sido bloqueados por ordem do Ministério Público Federal foram noticiadas com destaque na imprensa em Portugal e se espalhou com rastro de pólvoras pelas redes sociais do Brasil. Essa notícia, já foi desmentida várias vezes. Mas que há muitas nebulosidade e coisas inexplicáveis e que precisam ser apuradas. A CPI da Petrobras, na Câmara, por exemplo, só pediu o indiciamento do ex-tesoureiro do PT, João Vacari Neto, que está preso no Paraná pela operação Lava Jato. O trabalho comandado por um relator do PT, porém, foi melhor do que o que investigou o escândalo e falência do BANESTADO, na reeleição de FHC. Descaradamente a investigação foi desfeita pelo senador do PSDB, Antero Paes de Barros, presidente da CPI, antes da leitura do relatório que pediria o indiciamento de vários membros importantes do partido no poder na época, de empresários e doleiros envolvidos na lavagem e remessa de dinheiro para o exterior através das contas CC-5. Não deu em nada até hoje. Foi um gasto de tempo e dinheiro inúteis!

Muita água podre ainda passará por baixo da ponte da corrupção da operação Lava Jato. Se Dilma Rousseff teria feito acordo ou não com o presidente da Câmara Federal do PMDB, Eduardo Cunha, para preservar seu mandato na votação do pedido de impeachment contra ela, em troca do cargo dele, não sei dizer. Mas que ela doou 6 ministérios para o PMDB de presente em troca da votação do não no plenário, isso ela fez e não é segredo para ninguém!

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

BEBER, DIRIGIR E MATAR? (PAGOU FIANÇA, ESTÁ SOLTO!)


Quantos pais de família ainda terão que deixar suas famílias esperando-os regressar de seus trabalhos, sem saber se retornarão simplesmente porque um motorista bêbado decidiu sair de um bar qualquer, em uma noite qualquer e atropelá-los e fugir em seguida, atropelar uma árvore, perder a direção de seu carro e bater de novo? Mesmo presos em flagrante, com testes de bafômetros realizados,  é terrível vê-los saindo pela porta da frente das delegacias, porque passa à sociedade um sentimento total de impunidade! Se quisessem, em muitos casos, ainda daria tempo de assistir ao sepultamento de seus cadáveres sendo sepultados? Quando é que as autoridades de trânsito interpretarão corretamente a Legislação, que diz que quem bebe e dirige sob efeito de álcool assumiu o risco de matar e deve ser julgado pelo Tribunal do Júri?  


No meio disso, o seguro DPVAT identificou que nos últimos sete anos morreram ou ficaram invalidas, mais de 8 mil crianças de zero a 10 anos, embora o Código de Trânsito Brasileiro, proíba que menores sejam transportados em motocicletas! A necessidade, pobreza, miséria e falta de dinheiro para utilizar outro meio de transporte, não justifica os riscos dessa louca e homicida porque aprendi que ao lado de uma moto, sempre está um caixão. Esse tipo de transporte, porém, é muito comum nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, principalmente em municípios onde não existe municipalização e nenhuma fiscalização de trânsito! Nesses locais, o capacete, quando existe, é “cutuvelar”, anda no braço do motociclista e não em sua cabeça! E crianças morrem em acidentes de trânsito todos os dias, mais do que em guerras declaradas e as autoridades de trânsito ficam omissas diante dessa carnificina motorizada! 

Difícil assistir pela TV, a cena de uma criança chorando, pedindo a presença do pai e o pai sendo transportado dentro de um caixão para o cemitério! A atropeladora Juliana Cristina da Silva, de 29 anos, responderá o processo em liberdade por decisão do juiz Paulo Abreu Lorenzino, do Departamento de Inquéritos Policiais, do Fórum de Barra Funda, pagando uma ridícula fiança de 20 salários-mínimos! O que são 20 salários-mínimos, mais de 15 mil reais, diante de duas vidas ceifadas? No máximo 7,5 salários salários-mínimos por cada uma das vidas afastadas de seus familiares em definitivo, pela irresponsabilidade e embriagues ao volante de uma motorista que riu  da justiça ao ser presa. Consciente do ato que praticou, fugiu do local do acidente! 

Ridículo, mas é uma decisão judicial e não pode ser questionada. Se fosse o filho, irmão do magistrado, ele estipularia um valor tão irrisório de multa para libertar a motorista? Tenho certeza que não! Se desejasse, a motorista atropeladora poderia ter comparecido ao sepultamento dos dois trabalhadores que eram funcionários noturnos do município de SP, mas não deve ter ido porque estava se recuperando dos 0,85 miligramas álcool no sangue no por litro de ar, detectados no exame de etiliometria realizado pela polícia. Isso é quase três vezes mais do que os 0,34 mg/l, tolerados pelo CTB.

Ah, entendi. Juliana Cristina da Silva foi solta por ordem judicial e não compareceu ao sepultamento de José Aírton de Andrade e Raimundo Barbosa dos Santos que ela matara porque se recuperava da ressaca e com uma possível dor de cabeça! 

Mas isso não a menor importância! A justiça, por ser cega, não vê que o motorista que bebe e dirige tem uma arma na mão pronta para ser usada porque tem a certeza que pagando fiança, será logo liberado. Também não tem importância matar dois trabalhadores, diante de milhares de brasileiros que morrem diariamente vítimas de falta de atendimentos médicos, remédios, hospitais dignos, transportes decentes, falta de habitações mais humanas...!

Nenhuma!


sexta-feira, 23 de outubro de 2015

COMO FICARÁ O PMDB SE ROMPER COM O PT?


Enquanto o famoso e inconfundível som relógio inglês Big Bem, ficará em silêncio por três anos para reforma, viveremos por mais algum tempo com as badaladas e sons estranhos dos tiroteios políticos de bombas, tiros e metralhadoras disparadas entre o PT e rebatidas pelo PMDB, que ameaça se tornar independente do Governo petista. Se a vontade do deputado presidente denunciado por corrupção da Câmara Federal,  homenageado por seus pares, Eduardo Cunha, prevalecer e se impuser ante a vontade da maioria, como ficará o PMDB pós rompimento? O vice-presidente do Partido, Michel Temer, também renunciará ao seu cargo e devolverá os Ministérios que recebeu para impedir a cassação do pedido de impeachment de Dilma Rousseff? Pode ser que sim, pode ser que nada aconteça, mas que está muito estranho todo esse processo, ah, isso está!

No meio ao tiroteio de acusações e defesa de parte a parte, o ex-presidente da República do PT, Luiz Eduardo Lula da Silva, em Teresina, disse que ninguém tem moral suficiente para falar o quem quer que seja em termos de ética e moral. Todos os que partidos já assumiram a presidência da República a partir de Fernando Collor de Melo, que passou por vários partidos ligados ao Governo até criar o seu próprio, o da Reconstrução Nacional -PRN e aparecer na mídia nacional como o como “o caçador de marajás” de Alagoas, pregando a moralidade pública. Eleito, afoito, destemido, foi deposto do cargo por impeachment. Agora, como Senador, estaria envolvido em negócios ilícitos. No bolo, Lula envolveu o PMDB de José Sarney, o PSDB, de Fernando Henrique Cardoso, diretamente responsável pela falência do BANESTADO, usando para lavagem de dinheiro através das Contas CC-5, que não deu em nada na CPI porque o senador do PSDB Antero Paes de Barros encerrou os trabalhos antes da leitura do relatório que pediria o indiciamento de vários políticos. Todos os partidos, em suas reeleições, usaram o mesmo mecanismo que o PT também usou: financiamentos privados de campanha, desvios e lavagem de dinheiro para pagar as milionárias campanhas, o que levou Lula, a garantir todos se envolveram em denúncias de corrupção para se manter no poder, de uma forma ou de outra.


Se Michel Temer também for cassado junto com a presidente Dilma, o presidente  presidente denunciado pela Procuradoria Geral da República, Eduardo Cunha, assumirá um mandato tampão e convocará novas eleições. Como perguntar não ofende, mas incomoda digo: não acredito que a presidente Dilma seja cassada, não acredito que o presidente da Câmara assuma um mandato tampão e que convoque novas eleições. Não seria o momento de se reformar o modelo político do Brasil como será reformado o relógio londrino Big Bem, corroído pelo tempo? Como nenhum partido político consegue eleger uma maioria, todos os presidentes eleitos têm que compor com partidos menores para governar, em uma fórmula parlamentarista pura a simples. Não seria melhor adotar o parlamentarismo de uma vez? Com um simples voto de censura ao partido no poder aprovado pela maioria da casa, cairia todo o gabinete e outro governo teria que ser formado e não se ficaria em meio a essa ridícula discussão de acusações de quem é corrupto e quem não é corrupto, com troca de farpas pela imprensa. 

Enquanto isso, o Brasil parou porque não tem um projeto político a curto, médio e longo prazos. Falta-lhe competência gerencial, política, ética, moral e financeira. Diante da parada do Big Bem para reforma, será que não seria a hora de se fazer uma reforma também na fórmula política do Brasil e mudar seu tipo de regime político. Entre tiros, bombas e metralhadoras, admirei muito o programa do PSB/40, do falecido em acidente aeronáutico em Santos, do candidato à presidência da República, Eduardo Campos, que lançou uma defesa de um novo federalismo para o Brasil, priorizando os municípios que recebem a maior parcela de responsabilidades e a menor quantidade de recursos para se manter. 

Será que não seria o momento de adotá-lo para se ouvir um sonoro badalar de sino e não o barulho de bombas e metralhadoras disparadas ao vento, com o risco de sobrar bala perdida para o regime democrático do país?

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

O BARCO...DA ILUSÃO!


No horizonte de muita fumaça,
lá vai o barco fugindo apressado,
levando ilusões de sonhos não realizados na capital da tecnologia
inútil e deixando na passagem 
um rastro de mais fumaça negra e tóxica.
Do precário, vergonhoso, inútil e problemático porto da cidade,
observo um lenço branco de adeus acenando 
(me deprima porque já vi outros tempos bons no passado de prosperidade!)
É o sinal deixado por mais uma família que abandonou o sonho de prosperidade
e o perdeu para brutalidade de um regime quase escravo  
nas fábricas do Distrito Industrial.
(Até o horário do banheiro é cronometrado!)
É a despedida da ilusão que está partindo!

II

O barco volta. Traz redes cheias de  
de novas ilusões de quem busca de melhorias. 
Nada há mais na cidade, além de uma triste mistura de 
riqueza e miséria social e
restou apenas fumaça importada. 
Fogo da incompetência e desemprego 
pela destruição de seus Centros de Pesquisas Tecnológicas. 
Volta para o local de onde nunca deveria ter saído!

III

O barco, que não tem nada a ver com isso,
Cumpre a rotina de ir e vir, parando em cada porto,
ao sinal de lenço branco, 
agora em forma de desespero! 
Cá já não existe mais nada!

IV

O barco regional 
apenas cumpre sua triste rotina de ir e vir
levando ilusões antigas
e trazendo ilusões novas para se desiludirem também!

terça-feira, 20 de outubro de 2015

O ENCONTRO DOS MEUS "EU`S"! (ÀS PSICÓLOGAS ADALGISA, DA SEAS E ROSE LIMA, DO SEST;SENAT)


Politicamente, dois “eu`s” que mandam no Brasil não se entendem: o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, com contas abertas na Suíça em nome de seus familiares e a presidente Dilma Rousseff, trocando farpas pela imprensa. Enquanto os dois “eu`s” políticos não se entendem e se acusam mutuamente, urgentemente preciso promover o encontro dos meus dois “eu`s”, o que dirigia, ministrava conhecimentos na Faculdade, era membro de Comissão da Jari Municipal e ainda presidia a Comissão Estadual de Emprego no Amazonas, até 2006 e, hoje, meu “eu” é dirigido o pela vontade política dos outros, principalmente dos dois que não se entendm, tornando mais frágil a democracia e a economia do país!

Com a ajuda da psicóloga da Seas – Secretaria de Ação Social, Adalgisa, em crise e, agora, da psicologia, Rose Lima, no SEST/SENAT, lentamente, estou conseguindo promover o encontro de forma pacífica, sem traumas e satisfatória dos meus dois “eu`s” e desejando que os dois “eu`s” que se digladiam publicamente pela imprensa, também o façam, pelo bem do Brasil. Não estou certo que esse o encontro seja possível porque sobram vaidades e lhes faltam humildades. Os dois mandatários diretos do Brasil negam os fatos. Um que esteja envolvido ou seu governo tenha alguma coisa a ver com a corrupção que está sendo apurada pelo juiz federal paranaense Sérgio Mouro. Eduardo Cunha negando que possua ou seja beneficiário de contas na Suíça, além das foram declaradas à Justiça Eleitoral! Falta-lhes humildade. À presidente Dilma Rousseff para reconhecer que errou na condução da economia do Brasil. Eduardo Cunha, para reconhecer que possui contas no exterior e que elas não foram declaradas à Justiça Eleitoral do Brasil. Ambos, no alto do pedestal de suas vaidades pessoais, trocam farpas publicamente,  enfraquecendo os alicerces da República, do Governo e da economia 

Aposentado precocemente por invalidez aos 49 anos, depois de seguidas cirurgias no cérebro desde 2006, recebi de presente esse blog do colega de profissão, jornalista Marcelo Lucena e passei a alimentá-lo como distração para passar o tempo e fazendo o que me dá prazer: escrever. Recordo que assumi a Editor Geral no Jornal do Comércio, aos 26 anos, sem nenhuma experiência e formei a personalidade nas redações dos jornais. Durante todo esse tempo, fui assessor de comunicação do empresário Francisco Saldanha Bezerra, dono de duas empresas de ônibus em Manaus, cassadas por motivações políticas iniciada pelo ex-prefeito Amazonino Mendes e concluída pelo prefeito Eduardo Braga, que o sucedeu no poder. Três anos depois, me transferi para o Diário do Amazonas, com mais experiência e depois, voltei aos bancos da Faculdade, cursei Serviço Social, não pedi aproveitamento de disciplinas, tornei teórico e professor do curso. Sempre aprendi a ensinar aos outros o que fazer e agora, preciso aprender a fazer os que os outros desejem que eu faça, sem perder a dignidade, com o parco recurso cada vez mais defasado de minha aposentadoria; Os conflitos dos “eus” políticos precisam chegar a um final para que o Brasil retome sua rotina de eleições civis e possa continuar sendo dirigido por um presidente civil, sem qualquer tipo de ruptura no processo normal da democracia!

Assustado, recebi pelas redes sociais de whatsapp um vídeo dizendo ao meu “eu” racional que a Ministra do STF, Rosa Werber, concedera liminar proibindo a abertura de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Alto lá: a ministra não proibiu nada que impeça o pedido de afastamento da presidente Dilma Rousseff: apenas, colocou ordem na tramitação dos trabalhos na Câmara Federal. O deputado federal Eduardo Cunha, que parece um bambu envergando em meio a tempestade, mas não caindo e voltando à forma e postura arrogante de antes e se mantendo firme no cargo,  negando que possua contas no exterior, mesmo com todas as provas materiais existentes apuradas pelos promotores da Suíça e enviadas à Procuradoria-Geral da República, que o denunciou pela segunda vez. 

Esses “eus” em conflito político precisam acabar como meus “eus” estão aos poucos desaparecendo. Sei que não é fácil, mas acredito que nenhum dos dois “eus”, precisaram de psicólogos para se entenderem. Basta o deputado bambu renunciar ou a presidente Dilma Rousseff renunciar, mas ambos não querem dar esse gosto um ao outro, como eu desejo dar gosto à psicóloga Rose Lima, para que consiga promover esse encontro do “eu” que comandava com o “eu” que sou comandado pela vontade dos outros. Se Deus quiser, conseguirei. Quanto aos outros “eus”, estão renitentes e não tenho certeza de nada!

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

O AMAZONAS ESTÁ QUEIMANDO (CADÊ OS BOMBEIROS?)


Como se fosse sangue que se espalhando pelas veias do corpo humano, o fogo está destruindo feroz e bravamente as matas dos municípios do Amazonas, se espalhando rápido ao sabor do vento e transformando o amanhecer na capital Manaus e todas cidades do interior, em uma cor leitosa e tornando cada vez mais difícil a respiração dos seus moradores de todo o Estado. Excetuando os Bombeiros que ficam de prontidão nos Aeroportos, a maioria dos municípios não possui unidades de combate a incêndio em suas sedes. Para piorar ainda mais, incêndios estão ocorrendo em lojas instaladas no centro da capital e as críticas contra a demora nos atendimentos de combate aos incêndios se multiplicam contra os Bombeiros que negam as demoras denunciadas por quem ver se patrimônio se transformando em fumaça e cinzas.

Nos municípios, com poucas bases físicas, o Corpo de Bombeiros, faz falta para combater o fogo. Eles existem e são obrigatórios para que se funcione Aeroportos para receber aviões com toda a segurança. Mas como no Amazonas existem poucos aeroportos, significa que existem também poucas unidades dos bombeiros, nesses locais. Caso essa exigência não existisse, não haveria nenhuma unidade física dos soldados do fogo existiria em nenhum município. O ex-comandante do Corpo de Bombeiros, Franz Alcântara Marinho, que fazia um trabalho excepcional de estruturação dos soldados do fogo, com várias de suas ideias se espalhando por outas capitais do Brasil, como as motocicletas socorristas para atendimento em acidentes de trânsito, com todos os equipamentos necessários, inclusive extintores de incêndios, foi exonerado por questões políticas pelo governador do Amazonas, Amazonino Mendes e, depois, acusado de desvio de recursos da sua unidade militar, cujo processo caiu no esquecimento.

Isso me remeteu aos ao final dos anos 70 quando, vendia jornais na Banca de jornais coberta, no chamado “Canto do Quintela”, em frente a Ótica São Paulo, do empresário Cláudio, na esquina das Ruas Joaquim Nabuco com a Sete de Setembro. via as viaturas vermelhas do Comando do Bombeiros deixando um prédio pequeno e apertado. A banda em que trabalhava era coberta para proteger-me do sol e da chuva que antes do fenômeno do El Nino e La Nina, eram de seis meses também. Os incêndios eram raros, mas sempre ocorriam em lojas de turcos que funcionavam na Rua Marechal Deodoro, ainda totalmente aberta para o trânsito de veículos e pedestres em busca de adquirir grandes e pesados videocassetes, para revendê-los em suas cidades de origem. Os motoristas das viaturas grandes do Corpo de Bombeiros deviam ser muito bons para manobrá-las dentro de um minúsculo espaço, por isso, quase todas elas já estacionavam de ré ao chegar para facilitar as suas saídas.

Ah, como era gostoso vê-las com as sirenes ligadas e cortando a frente de todos os poucos carros nas ruas abrindo passagem, para os enormes caminhões de água passarem. A sede do Corpo de Bombeiros ficava nas proximidades do ex-Supermercado Casas do Óleo, do empresário Ambrósio Assayag. Não havia sinal que a sirene ligada do Corpo de Bombeiros não furasse para atender ao chamado. Era gostoso vê-los deixando o prédio, uma atrás da outra, dependendo do tipo de incêndio que combateriam, na rua Marechal Deodoro, geralmente na loja de algum turco. Embora com poucos hidrantes naquela época e ainda hoje, os que havia não funcionavam e, quando funcionavam, não possuem água com vasão suficiente para apagar os incêndios. Naquela época, como foca em A NOTÍCIA, tinha a missão de descobrir as causas dos misteriosos e constantes incêndios nas lojas dos turcos. Como na maioria das vezes não existia laudo conclusivo e sempre havia seguro feito dias antes, o jornal passou a chamá-los todos de “Turco Circuito”. Se era verdade ou não essa denominação, o tempo e as pesquisas futuras revelarão. 

Mas voltemos ao que está acontecendo agora, os incêndios nos municípios e à falta de Unidades do Corpo de Bombeiros para atendê-los rapidamente! Os incêndios de hoje em lojas de Manaus, com prejuízos incalculáveis podem ser atribuídos ao calor excessivo e a problemas elétricos com sobrecarga em algum aparelho em tomadas. Mas não sou especialista no assunto e não posso garantir. Mas posso garantir que a não presença de unidades do Corpo de Bombeiros nos municípios do Amazonas é uma vergonha que traz prejuízos a todos. Ah, que saudades do coronel bombeiro e ex-comandante da Corporação, Franz Alcântara Marinho, que foi exonerado e acusado de desvios na corporação, tudo por questões políticas ocorridas na administração do Governador Amazonino Mendes. Talvez se ele tivesse continuado à frente dos Bombeiros e se houvesse vontade política, a maioria dos municípios já teria, pelo menos, uma base física do Corpo de Bombeiros Militar ou Civil, de forma voluntária, com treinamento e preparo para não deixar a floresta pegar fogo e combater os incêndios nos lugares mais distantes dos municípios do Estado. 

sábado, 17 de outubro de 2015

PROFESSOR NÃO ENSINA A FAZER BOMBA!



O professor, na “pátria educadora”, sei que ainda ensina a transformar o impossível em razoável e, na medida do comportamento dos alunos e por puro interesse de abnegados e pessimamente renumerados profissionais que por amor ou por teimosia, se mantêm por pura vocação em sala de aula, ainda conseguem transmitir ao alunado como é possível para se viver em uma sociedade coletiva, com todos os respeitando as instituições reguladoras do viver, de forma igualitária, comunitária, sem egoismo, com respeito mútuo entre todo. Os professores da “pátria educadora”, hoje sem muita educação ética, moral, social, política e ou de planejamento a curto, médio e longo prazos, sei que não ensinam a produzir e a arremessar bomba, queimar bens públicos, invadir passeata pacífica e usar máscara para esconder o rosto das câmeras no big show de câmaras que regularam tudo no viver em sociedade. Para que isso? Não sei, mas deve ser por culpa do próprio comportamento irracional demonstrado durante a passeata de protesto pacífico contra uma mudança no modelo de educação que deseja fazer o Governo de São Paulo.

Tudo isso de vandalismo e sandice ocorreu na manifestação dos professores contra mudanças no processo de ensino/aprendizagem proposta pelo governo paulista. O protesto começou às 8 horas no Largo do Batata, criticando a gestão do governador Geraldo Alckmin. Portando cartazes de protestos, a manifestação pacífica teve início às 10 horas. Estudantes saíram em caminhada e fecharam a Avenida Faria Lima, meia hora depois interditaram a Marginal Pinheiros, que foi liberada pela PM 30 minutos depois. As 12:15 chegaram ao Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo estadual. Ás 13 horas, mascarados começaram a jogar pedras e rojões contra a sede do Palácio e contra os policiais militares, que revidaram com bombas de gás lacrimogênio. Depois, “alunos marginais”, seguiam reunidos em frente a portaria 2 do Palácio, na Avenida Morumbi e começaram a chutar e balançar os portões. 

Não tenho elementos suficientes para afirmar ou negar se o que o Governo do Estado  esteja certo ou errado no que está desejando fazer, o que está propondo fazer no setor educacional do Estado, ou se a medida causará fechamento de Escolas ou não. Não tenho elementos para analisar as medidas, mas versões conflituosas do Sindicato dizendo que sim; do Governo, dizendo que não, foi o motivo da passeata pacífica que terminou em baderna.. De uma coisa, porém, estou certo: os professores da “pátria educadora” sem muita educação, respeito, condições de trabalho não ensinam em sala a produzir e arremessar bombas, muito menos usar máscaras para esconder seus rostos das câmeras. Ah, isso não. São todos supostamente alunos “marginais  mascarados” que arremessaram  bomba no jardim do Palácio do Governo..

Os mestres, que já foram respeitados no passado, tanto no aspecto salarial como moral e eticamente, hoje trabalham mais amor ao ensino e nem sempre muita competência. Todos são pessimamente remunerados, enfrentam violência e ameaça direta em sala de aula. Exercem suas atividades em muitas escolas com piso de barro, sem muita ventilação, com falta de diversos itens. Ah, tempo bom em que se usava mimeógrafo para imprimir provas usando álcool. Mesmo fazendo cotas para compra de papel A-4, os alunos não reclamavam porque tinham prazer em estudar. 

Depois das provas impressas, os professores tinham o maior cuidado para a prova não vazasse aos alunos. Tudo era destruído, queimado inclusive a prova datilografada no papel do mimeógrafo. Não se podia descartá-la no lixo porque os preguiçosos alunos  vasculhavam-no em busca de “alguma pista” para se dar bem na prova. Ah, tempo bom quando o aluno entrava em sala só para estudar! Esse tempo não volta mais, ficou no passado. A realidade agora é outra: muito direito e poucos deveres e responsabilidades aos alunos. A cópia, o ditado, a tarefa para casa desapareceram, foram abolidos não sei por qual razão ou motivo didático que justifiquem sem extermínio sem dor nem piedade.

Hoje, os alunos reclamam e protestam contra tudo, até contra o que não conhecem profundamente, exercendo seu protagonismo juvenil, simplesmente. Lembro-me o episódio de um professor do Solon de Lucena, fora preso, levado para a antiga DOPS. O advogado e deputado estadual respeitado até os dias de hoje, Francisco Guedes de Queiroz, ao retirá-lo da prisão perguntou ao mestre, descendo a imensa escadaria do prédio onde se localizava a extinta polícia política chamada de Delegacia de Ordem Política e Social, se alguma vez ele já tinha lido a Lei de Segurança Nacional, contra a qual discursava na Praça da Matriz: “ainda não a li. Mas como todos são contra, eu também sou”. Queiroz apenas riu e continuou descendo a escadaria, levando o professor e recomendando-o: “vá para a casa e esqueça tudo porque eu cuido disso!”

De uma coisa, contudo, estou certo: no calor das discussões, há exaltações de parte a parte, mas não é caminhando rumo ao confronto, ao enfrentamento, à baderna, que se chegará a uma conclusão: os dois lados podem estar certos ou errados. Implantar o que o Governo estudou por técnicos burocráticos nem sempre com muito esmero, deve merecer ponderações dos professores que estão na ponta do processo educacional, para não existir confronto e ninguém depois venha dizer “viu como estava certo”, ou “viu como eu disse que não daria certo”. 

O diálogo é o melhor caminho!

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

ÁGUA PODRE!


Muita água podre ainda vai rolar pelo duto da corrupção das torneiras da Petrobras, pelas falhas nos controles financeiros do Governo, pelos eficientes cruzamentos de informações para “apertar” e cobrar impostos do contribuinte comum, sufocado por tantos tributos e contribuições e deixar livres dessa mesma rigidez ridícula, burocrática e ineficiente uma parte da classe política corrupta, até que alguém venha se conscientizar que o momento pelo qual passa o Brasil é muito grave, delicado e perigoso.

Não é, portanto, o momento de se exigir prova de honestidade de ninguém, porque quase ninguém a teria para provar, principalmente o arrogante e prepotente presidente bambu (enverga mais não quebra) da Câmara dos Deputados, o deputado federal Eduardo Cunha. É o momento, sim, de a sociedade como um todo, mesmo apodrecida, se unir e enfrentar o problema, apoiando o Governo e não permitindo novo golpe militar ou o que quer que venha a acontecer e seguir em frente. 

O Brasil vai melhorar. Mas, no momento, está passando por uma ligeira turbulência política, financeira, ética e moral e, como todo piloto em situação de risco, a presidente Dilma Rousseff precisa conduzir a aeronave chamada Brasil com muita calma e paciência para evitar que venha ao chão. É momento de união em torno de um ideal e não o de cobrar prova de honestidade, porque quase ninguém a tem. Nem no Governo ou entre alguns políticos federais e senadores! O país está com economia parada e vive uma total falta de ética, de moral institucional e de governabilidade também. Tudo isso junto, pode se transformar em nitroglicerina pura a ponto de explodir, mas não acredito em intervenção militar para restaurar o processo de governabilidade, como ocorreu no passado e durou mais de 20 anos.

Segundo os conceitos mais divulgados, a moral seria um conjunto de regras adquiridas através da cultura, educação, tradição e do cotidiano e quase nada disso conseguimos visualizar no Brasil de hoje. Traduzindo melhor, a moral seria etimologicamente usada para definir a palavra latina “morales”, que se origina do conceito relativo aos costumes de um povo. E bons consumes é o que menos temos no momento porque os valores morais da sociedade apodreceram e, como tudo o que surge a partir dessa sociedade podre, inclusive partidos políticos, já nasce podre e cheios de vícios também. A base moral da sociedade foi corroída pela corrupção em todos os sentidos Primeiro, a sociedade terá que adquirir os antigos, velhos e verdadeiros conceitos de ética e moral para que  alguém possa usá-la com autoridade.

Na atual conjuntura política do Brasil, ninguém tem moral para cobrar moral de ninguém, nem mesmo a presidente da República, como vez em seu discurso no nordeste, aplaudida em um congresso da CUT. Reivindicar moral é um direito que a presidente tem, mas teria que dar bom exemplo de governabilidade e de ações políticas em torno do projeto político do partido e não se dobrando à chantagem política de partidos políticos fisiologistas, sem ideologia, sem princípios, moral e todos falando em nome dos eleitores, mas agindo em torno de seus próprios interesses, apenas.

Muitos políticos de hoje com mandatos, se escondem por trás do véu da impunidade e da arrogância. Certo mesmo estava o ex-governador do Amazonas, Paulo Pinto Nery, quando na década de 80, ao responder à jornalistas sobre a vinda do ex-governador Gilberto Mestrinho para o Amazonas, fundar um partido e disputar as eleições, respondeu: 

“Podem existir até mais de 100 partidos políticos registrados no TSE do Brasil, com várias matizes e ideologias e recebendo verbas do fundo partidário. Contudo, na hora de disputar cargo majoritário, sem qualquer ideologia se união em torno de interesses por cargos e não por programas partidários e ideologias comuns. No final, restarão somente dois: o que está no Poder e com fome e quer continuar comendo e todos os outros que se unirão para comer o resto do bolo, se unindo por cargos e se passarão a ser todos demagogos!” 

Não é que o ex-professor da Faculdade de Direito, da Universidade Federal do Amazonas, estava certo? O problema do Brasil, em parte, reside na Constituição parlamentarista para um Governo presidencialista. Há muita troca de cargos por votos e não por programas partidários e ideologias de política de poder. Nenhum partido se salva, embora alguns se anunciem como diferentes, só porque ainda não assumiram o poder! Agora, Eduardo Cunha nega que esteja trocando a não cassação da presidente Dilma Rousseff em troca de sua não cassação na Câmara. Mas será mesmo?





quarta-feira, 14 de outubro de 2015

UM SUJO QUERENDO CASSAR UMA "PEDALADA FISCAL"!


Perguntar não ofende. Apenas incomoda, irrita e maltrata muito: quando é que o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, renunciará seu mandato, atendendo ao pedido feito por deputados de 7 partidos diferentes na Casa? No caso do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e de seu vice Michel Teme, quem assumiria, Eduardo Cunha? Que moral teria Eduardo Cunha para comandar o Brasil?  O presidente da Câmara quer entrar para a história como o todo poderoso corrupto denunciado pelo Supremo, que cassou a presidente Dilma Rousseff, pelas chamadas “pedaladas fiscais” - empréstimos em brancos públicos e privados para financiar o Governo. É um corrupto comprovado em inquérito realizado por procuradores da Justiça da Suíça querendo cassar o mandato por  “pedalada fiscal”, só porque a presidente Dilma Rousseff, para perder peso, aderiu o uso da bicicleta em Brasília!

E os 5 milhões que o presidente da Câmara, nega ter recebido de propinas da Petrobras? O desvio do valor está comprovado pelo envio de suas contas mantidas “secretas” na Suíça em nome da esposa e filhas! Esse comportamento não seria mais grave do que as “pedaladas fiscais”, realizadas também por outros presidentes antes de Dilma Rousseff, durante seu governo? E por que o TCU não observou isso antes e alertou ao Governo, já que era uma prática rotineira? Não estou minimizando o que foi realizado e nem querendo justificar nada, muito menos defendendo a presidente! 

Perguntar não ofende, Incomoda e irrita muito aos que defendem a teoria do “quando pior, melhor”, porque entendem que pior do que está o país não pode ficar, mas pode sim! O Brasil vive uma grande crise política, ética, moral, institucional, governamental e financeira. Estamos afundando em um mar de areia movediça e as vaidades pessoais continuam ficando acima dos interesses nacionais. Nada mais se fala sobre o Pré-Sal, educação, habitação, saneamento básico, enfim, não se pensa mais no futuro do país, Cada um quer salvar sua própria pele, Isso é ridículo!

Ao observar e analisar atentamente as últimas pedras retiradas e incluídas no tabuleiro do xadrez político e as movimentações de liminares no STF, estou quase certo que tanto o impeachment da presidente Dilma Rousseff como, a renúncia do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, terminarão em uma grande pizza que se degustará com refrigerante! Elementos para retirar o deputado da presidência da Câmara Federal existem até demais. A presidente Dilma Rousseff não vive um bom momento político, Muito menos o deputado Eduardo Cunha tem moral para determinar como se dará o processo de cassação contra a mandatária da Nação. Dilma já gritou em discurso que retirá-la do cargo agora, seria um Golpe!

Golpe ou não, as “pedaladas fiscais” ficaram comprovadas pelo Tribunal de Contas da União. Bancos oficiais e privados financiaram  gastos públicos do governo, o que é proibido, mas ocorreu! Contudo, temo que a permanência do deputado Eduardo Cunha conduzindo o processo contra Dilma, como pensou que poderia fazê-lo, é prejudicial ao processo político do Brasil. É um sujo querendo cassar um mal lavado. 

Ainda bem que decisão do STF freou a ganância do parlamentar, contra quem a Procuradoria-Geral da União pediu a abertura de inquérito como um dos envolvidos em corrupção no esquema de desvios de recursos da Petrobras. Mesmo Eduardo Cunha mantendo toda sua arrogância, prepotência e achando-se o dono do cargo que ocupa por enganar seus pares prontificando-se a mentir de livre e espontânea vontade na CPI que investigava desvios na Estatal, antes mesmo que seu nome fosse citado e negando a existência qualquer conta secreta sua em qualquer outro país. As contas apareceram. E agora? O deputado federal, como fez Paulo Salin Maluf, continua negando suas existências. As contas, antes secretas, não tão secretas assim! Ele se eleger presidente da Câmara e quer cassar o mandato da presidente 

Ah, ia esquecendo de fazer um pedido ao todo poderoso presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha: já que vossa existência nega a existência de qualquer conta no exterior, as transfira só a metade do valor que V. Excia. nega possuir em nome de sua família para a conta não secreta que a mantenho sempre com saldo devedor de aposentado por invalidez na agência 1300  da Caixa Econômica, por favor!

terça-feira, 13 de outubro de 2015

MANAUS DA MINHA AGONIA (ao escritor amazonense Rogel Samuel)


No dia 24 de outubro, Manaus completará 355 anos!
A história da cidade esconde vultos históricos, 
jogados no lixo e conhecidos apenas por pesquisadores)
enaltece políticos populistas de ocasião
(autopromoção proibida por lei).
Para onde estamos caminhando?
O que passou virou história mal contada!

Ah, que saudade da grafia correta da rua Theodureto Souto!
Ah, que saudade de Fileto Pires Ferreira!
Thaumaturgo Azevedo, Antônio Bitencourt, 
de Agnelo Bitencourt, de Waldemar Sholtz,
(espaços culturais “El Dorado” “Édem-Teatro, 
da sala de teatro na Beneficência Portuguesa,
Mais recentemente, dos cine teatro Ypiranga, Guarany e Polytheama (Saudades de Adriano Bernardino, dono de cinemas que funcionavam em Manaus e empresário de grupos musicais famosos no passado). O que virá no futuro? Não sei!

Ah, que saudades do Igarapé do 40!
do Balneário do Parque 10,
do garapé do Mindu, serpenteando toda a cidade,
e desaguando limpidamente no Rio Negro!
Ah, que saudades das catraias ligando os bairros!
Ah, que saudades da cidade que vi morrer em meus olhos!
Ah, que tristeza pela nova cidade que vi surgir:
rica e miserável em torno do Distrito Industrial,
(palafitas ao lado de imponentes fábricas!)
Ah! A tristeza alcança olhos e deles, brotam lágrimas de dor!
(em forma de sangue derramado para construir as riquezas, que fizeram gerar a miséria de hoje!). Infectado por bactérias hospitalares incuráveis,
viverei por mais algum tempo e, depois,
como a cidade de Manaus, parecerei e não sei se serei pelo menos
lembrança na mente dos que sonharam ao meu lado!
Ah, não sei nem se viverei tempo suficiente para ver corrigida a placa de rua
Theodoro Souto para “Theodureto Souto”, (nome correto do libertador dos Escravos no Amazonas três anos antes da assinatura da Lei Áurea!) 
Sou um escravo de mim mesmo: não fui alcançado
pela Lei Áurea e nem pelo Decreto de Thedureto Souto!
Sou um prisioneiro livre para pensar,
sofrendo decepcionado por pensar demais,
com a cidade vi surgindo na retina de meus olhos corroídos pela retina do tempo (usando óculos 7,5 graus bi focal 
para poder ver melhor a Manaus que surgiu à minha volta!)

sábado, 10 de outubro de 2015

RITA DE CÁSSIA MONTENEGRO, A PROFESSORA MESTRA!


Por que escrever uma crônica e destacar a professora Rita de Cássia Montenegro se durante o curso de Serviço Social, a turma teve outras excelentes professoras no período de 1991/95? A professora e mestra advogada e também procuradora do Município de Manaus, não está mais presente entre nós: faleceu e não pude me despedir de seu corpo inerte, no caixão; há muito, aboli de minha vida velórios e enterros porque vivo quero ser lembrado ao morrer!

Rita de Cassia era devota da Santa Padroeira de Belém e, muito religiosa, não faltava a uma única festa do Sírio de Nazaré, do Pará, no mês de setembro. Mistura em uma mesma viagem, fé, crendices e dietas que fazia. Sempre que retornava, se apresentava  mais elegante, falava de nova dieta que tinha iniciado e perguntava a opinião das alunas. Durante suas provas, mandava os alunos colocarem as bolsas no chão, na frente e só podiam pegá-las quando terminassem a prova. Não queria ser incomodada com chamadas de celular, ainda no início de sua existência, explicava quando questionada sobre sua decisão. Durante os cinco anos de curso, a turma enfrentou greves de professores e do pessoal administrativo. Sinto saudades de todas as excelentes professoras. Mas hoje,, 10/10/2015, ao ver pela TV a religiosidade e fé do povo em relação à Padroeira de Belém, senti saudades de Rita de Cássia Montenegro. 

Sempre que a encontrava em eventos promovidos pelo CRESS/AM/RR, sob a presidência da professora Cecília Freitas, brincava explicando-lhe que havia sido escolhida para ministrar a “Aula da Saudade” da turma pela “saudades das aulas que ela deixou de dar” por viajar sempre e repor as aulas depois. Outros professores repunham aulas em razão de greves por melhores salários e melhores condição de trabalho. Em um trote que passei em uma turma em 1992, me apresentei à turma de calouros como professor de metodologia. Fui rígido com as colegas que de propósito chegavam atrasadas, não as deixava entrar.  Justificavam que o ônibus havia atrasado. “Saia mais cedo de casa da próxima vez porque em minha aula, ninguém entra atrasado”, Às alunas assustadas com o rigor falavan baixo entre elas: “que professor chato, radical, ridículo. Não sabe que o ônibus atrasa mesmo!. Só porque ele tem carro e não pega ônibus”. Fiz um libelo falando mal da Ufam, pedi para que doassem dinheiro para comprar material, rezar um “pai nosso” pela melhoria das condições de trabalho Mandei uma “colega-aluna”, apagar um cigarro que propositalmente acendera em sala para não contaminar o pulmão dos que não fumavam. Ela não disse que o cigarro era dela e que não apagaria. A coloquei para fora de sala para rumar no corredor. Tudo combinado, previamente. Quando o professor da disciplina entrou em sala, pedi que o aplaudissem e o apresentei, pedi a lista de doações e devolvi o dinheiro doado “para a compra de material”.


Durante as inúmeras greves na Ufam, de professores ou pessoal administrativo, sempre Governo acenava com salário reivindicado ou próximo a isso, a greve era paralisada, novos calendários feitos, aulas respostas. Durante os cinco anos, a turma quase não teve férias. Só recessos de final de ano, no máximo 15 dias. Acostumada com essa rotina de greve e paralisação e, reposições, a turma se acostumou. Elaborei o trote saudável às colegas em razão disso. Na época, usava apenas um bigode e parecia s um professor mesmo, rígido e chato, que me tornei depois, mas sem essas duas características. O trote saudável, sem violência, bebida ou morte, foi divertido e saudável. Poderia ser usado em outras universidades.

Da pasta preta, retirei toda  minha história de vida. Procurei identificar nomes das professoras no Curso. Não existia nada sobre essa informação. Feliz, passei a observar outras informações do histórico da Universidade Federal do Amazonas: dos 194 exigidos, obtive 198. Li que o curso foi reconhecido pelo Decreto 41463, em 7/05/57 e publicado no Diário Oficial da União, no dia seguinte. Também li que foi José Geraldo Bandeira Correa, diretor da Divisão de Registro e Controle, quem assinou o Histórico Escolar que guardo com carinho. A minha matrícula  no curso era 914440-9. Conclui o curso de magistério no Instituto de Educação do Amazonas em 1979 e no mesmo ano iniciei o curso de Comunicação Social, na Ufam. Os conhecimentos, adquiridos, todos em colégios públicos, ainda fresquinhos na memória, me foram suficientes para o ingresso via vestibular.

Lembrei das professoras se destacavam por razões diferentes: Marines, pela beleza  exótica, com cabelo grande, e cacheado que usava como marca registrada e ainda muito jovem: Iraildes Caldas, pela concentração, ética e competência que impunha, Heloisa Helena, pela mesma razão Terezinha Praia, de uma competência e conhecimento incontestável da matéria, que me presenteou ao final do curso com três exemplares da “Trilogia do Fogo”, de Eduardo Galeano; Luiz Almir, de Ciência Política, com quem fazia prova oral quando retornava das constantes viagens que fazia na Região Norte, como j Técnico do Regional Norte do SEST/SENAT. Socorro Chaves, chefe do Departamento. De Serviço Social Tivemos um uma carga horária que me levou a pensar e concluir que até o 5o  período,  subimos uma escada e no 6,7 e 8, descemos a mesma escada. Nem todos os professores consigo lembrar.

Contudo, da professora de Serviço Social mestra Rita de Cássia Montenegro lembrei com saudades ao ver que ela misturava religiosidade, crendice, supertições e muita dieta. Cada vez que voltava de Belém dizia que tinha descoberto uma dieta nova e ensinava a quem desejasse saber. Fizera dieta da lua, da água e diversas outras. Porém, uma vez, ao entrar em sala usando uma bolsa vermelha, saia preta e muito feliz, perguntou:

- Que tal estou?

- Professora, a senhora está parecendo uma puta, respondeu a colega Rosa Ney Ramos de Assis, que se dizia que já ter sido Cardoso, mas que não queria mais saber de ninguém em sua vida. Todos riram da resposta, inclusive a professora, que ficou meio sem graça com a resposta, mas sabia que a Rosa Ney, o que pensava, respondia na hora. Era sua principalmente característica: a sinceridade.

Saudades e lembranças que me fazem viajar ao passado, mesmo sem usar máquina do tempo. E precisa? É só ver documentos antigos que se volta a reviver tudo de novo!


sexta-feira, 9 de outubro de 2015

MOVIMENTOS SOCIAIS AO LONGO DA HISTÓRIA II

Em 12 de outubro de 2012 publiquei no blog carloscostajornalismo (http://carloscostajornalismo.blogspot.com.br/2012/10/movimentos-sociais-ao-longo-da-historia.html) a crônica “Movimentos sociais ao longo da história”. 
Como o trabalho mereceu atenção de mais de 300 pessoas que estudam o tema, decidi dar prosseguimento ao estudo, ampliando as discussões em torno do mesmo tema.
“Movimentos Sociais ao longo da História II”, para permitirá uma melhor compreensão dos temas abordados anteriormente, dando novo enfoque no assunto. Continuarei fazendo uso do excelente livro MOVIMENTOS SOCIAIS REPRIMIDOS, do professor Dhiogo José Caetano, também assegura que “os graves problemas (estruturais ) existentes resultaram em inúmeros movimentos sociais (pela falência dos aparelhos de Estado),
Carlos Costa
Assistente Social – CRESS
1216-CRESS-Am/RR
Um abraço a todos.


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Como afirmei na primeira crônica publicada em 12 de outubro de 2012 no //carloscostajornalismo.blogspot.com.br/2012/10/movimentos-sociais-ao-longo-da-historia.html) diversos legítimos movimentos sociais ao longo da história, foram combatidos e derrotados ferozmente pelos Aparelhos Repressivos de Estado. Depois, foram criminalizados e transformados em movimentos subversivos, pelo marechal Luiz Alves de Lima e Silva, hoje o Patrono do Exército brasileiro, durante a história recente da República, porque contrariavam as ideias concentradas nas mãos do poder do Império. Legítimos movimentos sociais como a “Balaiada”, no Maranhão, o movimento autonomista “Sabinada” (1937/38), ocorrido na província da Bahia, a Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha, (1935/46) de caráter regional e republicano, na então província de São Pedro do Rio Grande do Sul, terminando com a criação da República Rio-Grandense, a revolta social, “Cabanagem” (1936/40), no Estado do Pará, marcada por um cenário de pobreza devido a irrelevância política à qual a província do Pará fora relegada. Muitos e legítimos movimentos populares-sociais foram sufocados  e transformados pelo “Marechal de Ferro” em simples movimentos políticos contra a coroa portuguesa, como já escrevi em crônica anterior, graças à imposição de decisões imperiais, que empunham suas vontades, sem ouvir o que o povo desejava. 

“Quando analisamos o processo histórico do Brasil, notamos os graves problemas com relação à própria estruturação do país, que é marcado por momentos de dor, tortura, exílio, medo e mortes. Na identidade nacional podemos encontrar o ranço negativo que contribuiu para a formação e estruturação do Brasil de hoje,” o professor, historiador, poeta, cronista e colunista de jornais em Uruana, em Goiás, Dhiogo José Cetano. Devido ao grande interesse de pesquisadores sobre o tema, volto a escrever “Movimentos Sociais ao longo da História – literatura, história e os movimentos na República Brasileira,”  para um melhor entendimento e compreensão de todos os interessados.

O professor Dhiogo Caetano atribui os sufocamentos das revoltas populares sociais aos “...graves problemas existentes...” na época imperial e ainda hoje, que teriam influenciado  “...inúmeros movimentos sociais, (...) guiados por teóricos oriundos do marxismo, sejam eles vinculados ao espaço urbano ou rural. Tais movimentos, quando se referem ao espaço urbano possuíam um leque amplo de temáticas como, por exemplo, as lutas por creches, por escolas públicas, por moradia, transporte, saúde, saneamento básico etc. Quanto ao espaço rural, a diversidade de temáticas expressou-se nos movimentos de bóias-frias (das regiões cafeeiras, citricultoras e canavieiras, principalmente), de posseiros, sem-terra, arrendatários e pequenos proprietários (...) 

Vai mais além e diz que “cada um dos movimentos possuía uma reivindicação específica, no entanto, ”todos” expressavam as contradições econômicas e sociais presentes na sociedade brasileira (...) No século XXI nos deparamos com alguns movimentos que ainda mantém uma influência importante nos meios sociais como: Movimento Estudantil, Movimento Feminista, Movimento Hippie, Fórum Social Mundial – FSM, Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra – MST”.

Decidi abordar esse assunto novamente quando vi pela televisão. integrantes de movimento social que defendia moradias populares em Taboão da Serra (SP), tentaram invadir o plenário da Câmara, chutaram, arrancaram, arremessaram encostos de cadeiras, chutaram as grades e arremessaram objetos contra os parlamentares, ao perceberam que o projeto de moradia popular não seria votado pelos vareadores, legítimos representantes da população que os elegeu. 

Estariam agindo contra o Estado democrático ou só estavam cansados de reivindicar uma situação que se arrasta há muitos anos, sem uma solução?

Na crônica em que abordei essa mesma questão, me perguntei se eram os integrantes mesmo dos movimentos sociais que promoviam as agressões ou eram de baderneiros envolvidos e infiltrados dentro dos legítimos movimentos sociais. Contudo, recebi críticas e as aceitei porque todos os movimentos sociais ao longo da história foram transformados em movimentos desestabilizadores dos governos constituídos e reprimidos violentamente pelo Aparelho de Estado, a PM. 

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

UMA VIAGEM AO PASSADO!



Para Plínio Valério, Pedro “Bala”e Baby Rizatto 

As lembranças têm um poder mágico de levar para passado e proporcionar emoções fortes no presente, mas não sei o por quê e não quero que ninguém me responda! Tentarei responder! 

Seria por que teria vivido momentos bons no passado ou por que não teriam sido momentos não tão bons assim? Não sei e nem quero saber, mas sei que a emoção forte me arrebatou na noite do dia 7/09/2015 quando o jornalista Plínio Valério me enviou pela rede de whatsapp a comunicação informando-me que estrearia um novo programa de entrevistas na retransmissora da Rede Bandeirantes de Televisão, do médico e empresário Francisco Garcia Rodrigues.

Dia 8, outro vídeo recebido por whatsapp do advogado ìndio do Brasil D´Urso Jacob, filho do premido escritor e desembargador Paulo Jacob, também me levou ao passado. Imagens de Ferro de Engomar antigo que minha mãe usava, biotônico Fontoura que nunca tomei, pote de água de barro, conhecido como  “Bilha d´Água” na comunidade do Varre-Vento, onde morei, sinto saudades e nunca mais voltei, pomada Minâncora, que cheguei a usar no rosto na década de 80,  quando participava em programas de TV, convidado para debates, só para esconder o suor do rosto, Nescau, que escrevi crônica e o tomei por mais de 30 anos sem parar. Uma máquina de Escrever Remington, que existia na Redação do Jornal do Comércio e outras maravilhas que o tempo esqueceu, mas a internet me força a lembrar! Em A NOTÍCIA, todas as máquinas eram da marca Olivetti, línea 98! Em uma delas, escrevi a crônica MINHA AMANTE!, aos 23 anos e até hoje, atual porque cumpriu sua função de transcender o tempo!

Retornei ao passado e recordei que, como jornaleiro, caminhava pelas ruas de paralelepípedos de Manaus. Quando parava na banca do chamado “Canto do Quintela”, na esquinas das Avenidas 7 de setembro com Joaquim Nabuco, lia tudo o que o jornalista Plínio Valério, escrevia em suaves crônicas no o Caderno VIDA, de A CRÍTICA, encarte que só circulava aos domingos, do qual fora Editor Geral. Depois entrou em política, se elegeu vereador, virou suplente de deputado federal, assumiu e voltou a ser vereador na Câmara Municipal de Manaus. O caderno editado pelo jornalista, sempre publicava belíssimas fotos em preto e branco. Ficava deslumbrado com esse novo universo e desejei conhecê-lo. Se raramente o Caderno Vida, não viesse encartado, os exemplares do jornal A CRÍTICA tinha fraca venda. Anos mais tarde, na década de 80, como jornalista, trabalhei ao lado de Plínio Valério em um programa de debates políticos, “Câmera Aberta”, criado pelo publicitário Heron Rizatto, que também o produzia. 

A TV fora criada e dirigida por vários anos pelo empresário José Airton Pinheiro e sua esposa Leonor Pinheiro, hoje falecidos (atualmente é Rede Calderaro de Comunicação).

Recordo que no dia em que Umberto Calderaro Filho se apresentou como o novo dono da TV, houve uma festa com muita bebida. Todos beberam juntos, inclusive eu que era chegado a um wiski com gelo. O Programa entraria no ar uma hora da manhã e o produtor Heron Rizatto bebeu nada produziu para esse dia.”1,2,3, no AR” era a senha para a entrada do programa “Camera Aberta”. Todos com miniâncora no rosto para esconder o suor do rosto. Na década de 80 não havia maquiagem como hoje.  O publicitário Heron Rizatto, também um dos apresentadores abriu o programa com voz embriagada e disse: “Como hoje não tivemos tempo de preparar nada para o programa, vamos ficar conversando”. O programa foi retirado do ar e nunca mais voltou!

Como comentarista de notícias na mesma TV, o jornalista Plínio Valério, decidiu gravar um comentário para o jornal de sábado, do qual era repórter. No meio da gravação, errou e soltou um palavrão. Pediu ao produtor do jornal Gilberto Piranha para cortar e editar sem o palavrão. Contudo, não se sabe por qual razão, foi ao ar exatamente o palavrão dito pelo jornalista, sem qualquer edição. O jornalista Plínio Valério, deixou de comentar as matérias do jornal. O que aconteceu, não sei! Mas o irmão do Plínio, Dissica Valério Thomaz, diretor do jornal A CRÍTICA, foi designado na transição do comando para ser diretor da TV Baré, retransmissora do SBT em Manaus. Como os repórteres tiveram que passar a usar gravata e não tinha como comprá-la, recebi uma vermelha, de croché das mãos do Dissica Valério Thomaz,  como presente pelo profissionalismo que exercia na emissora!. Da emissora, sinto saudades do auxiliar de câmera ou cabo main, Pedro Augusto, o “Pedro Bala”, o excelente cinegrafista Mário César Dantas, com os quais trabalhava diretamente e outros que o tempo me fez esquecer! Pedro Bala por quê? Brincava que ele era tão rápido para ligar os pesados e difíceis equipamentos que se usava na época, que ao fazer os caracteres, Gilberto Piranha, perguntou qual era o nome do Pedro. Eu, sentado em um sofá assistindo ao jornal, respondi põe “Pedro Bala”. O Pedro estava na mesma sala e ao ver os caracteres subindo com os créditos, gritou, “Pedro Bala?Meu nome é Pedro Augusto”. Tive que explicar para ele que seria seu nome artístico, que ele nem sabia o que era. Continua trabalhando na mesma emissora e continua sendo conhecido como Pedro “Bala”. 

Ah, tempos bons! Hoje dia 8/10/, o advogado Índio do Brasil D´Urso Jacob, me enviou por whatsapp um vídeo que me emocionou mais ainda porque vi os produtos que usei na minha adolescência de menino pobre, mas criado com princípios de honra, estudando  no Grupo Escolar Adalberto Vale, depois no Colégio Dorval Porto, em seguida no Colégio Estadual e concluindo magistério de 2o no Instituto de Educação do Amazonas. E sempre trabalhando para me sustentar! 

Ah, lembranças que não me deixam...!

terça-feira, 6 de outubro de 2015

CONSELHO TUTELAR X PARTIDOS POLÍTICOS


Os artigos 131 a 140 da Lei Federal 8.069/90, dispõem sobre o Conselho Tutelar, conceituam o órgão e dispõe sobre sua composição, requisitos à candidatura, atribuições, competência para aplicação de medidas de proteção, processo de escolha dos conselheiros tutelares e impedimentos para exercício em mesmo Conselho Tutelar”, diz uma publicação da procuradora do Município de Porto Alegre, Vanêsca Buzelato Prestes, ao estudar e definir juridicamente os requisitos à candidatura de Conselheiros Tutelares e competência municipal para legislar sobre o assunto.


Li e analisei, analisei todo o documento escrito e publicado pela procuradora (https://www.mprs.mp.br/infancia/doutrina/id118.htm) e não vi  qualquer referência implícita ou explícita ao envolvimento de  partidos políticos participando no processo eleitoral dos Conselhos Tutelares, como correu no Amazonas, seja direta ou indiretamente, quer com apoio ou algum tipo de logística. Urna emprenhada com mais de 100 votos em favor de quatro candidatos e mais outras denúncias de irregularidades, todo o processo eleitoral foi anulado pelo Ministério Público. Outra data será marcada, após a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta – TAC.

Ao se envolverem em processo eleitoral nos Conselhos Tutelares, de forma direta ou indireta, com apoio logístico ou financeiro, os candidatos e futuros candidatos eletivos em todos os níveis eletivos, os transformam em cabides de empregos para seus auxiliares e usarão os conselheiros eleitos que apoiaram como seus futuros cabos eleitorais em seus redutos eleitorais. Esse embricamento é no mínimo um processo simbiótico do toma lá, dá cá imoral e indecente e totalmente desnecessário. Esse envolvimento direto, no mínimo é atípico e já ocorreu em passado recente em diversas outras eleições realizadas no Estado, em eleições de representantes de outras categorias profissionais.

Talvez se não fossem registradas tantas denúncias e a escolha dos conselheiros tivesse sido séria, o Ministério Público não pediria a anulação do pleito. Todos os Conselhos Tutelares, começando com a própria presidente do Conselho de Defesa da Criança e do Adolescente, devem ter formação de nível superior e mais do que isso devam ser envolvidos com as áreas social, sociológica, antropológica ou psicólogos. Estes, porém, sempre se escusam a participar do processo eleitoral cada vez mais caros e politizados, porque sabem que não será um pleito justo e tudo não passará de jogo de carta marcada para dar empregar cabos eleitorais de candidatos derrotados que os usarão depois, como cabos eleitorais em suas áreas de atuação junto às famílias carentes e analfabetas que ainda trocam votos por promessas que nunca serão cumpridas, em futuras disputas que venham a tentar!

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

GOVERNO ACENDE BOMBA E A ENVIA AO CONGRESSO


A presidente Dilma Rousseff, acendeu a bomba, jogou-a para ser detonada no Senado. 

Mesmo antes de explodir em forma de novos impostos que serão criados, os estilhaços do petardo já atingiram algumas áreas. Diretamente matou o sonho de mais de 40 mil  “concurseiros", que esperavam entrar no serviço público pela porta da frente e não pelas brechas das janelas que estão sempre abertas e estão sempre prontas a apaniguar mais e mais cargos comissionados. De quebra, futuramente atingirá também os cursinhos, os professores por tabela e, no final, atingirá o Brasil como um todo porque pessoas estão se aposentando por idade e não está havendo reposição dessa mão de obra, nem sempre especializada, com analfabetos diplomados com nível superior que estudaram só para se submeter ao concurso. Com o tempo, produzirá efeitos negativos e desastrosos e atingirá diretamente os setores vitais para o Governo Federal. É uma lástima!

Se o Senado aprovar as medidas se tornará impopular perante o povo eleitor. Se recusar, se tornará contra o “projeto Brasil de Governar”. Se apresentar propostas e ideias para que a bomba dos impostos não exploda, será acusado de não estar de aprovando medidas que poderão salvar o buraco financeiro do orçamento do Governo Federal, mas poderão ser sepultados pelos eleitores. De quebra, os governadores dos Estados, também quebrados devido a última eleição recente, fizeram coro para aumentar o imposto sobre movimentação financeira, dividindo-o o resultado entre todos e a Previdência Social, se é que haverá esse investimento mesmo! O novo ministro da saúde do PMDB, foi mais além e sugeriu cobrança em “cascata”, do IOF. Se por um lado a possível recriação do jogo do bingo no Brasil e nos Estados possa ser uma saída para tapar o rombo, por outro poderá também ser uma porta de entrada para a lavagem de dinheiro ilícito.

De uma forma ou de outra, a bomba acesa pela presidente Dilma Rousseff explodirá no Congresso, causando mais estragos do que benefícios. Já causou estragos perante a opinião pública, à classe política e aos empresários que rejeitam qualquer acréscimo de impostos. Permanecem de fora das taxações, todas as grandes fortunas, os lucros exorbitantes e quase extorsivos dos bancos, os elevados impostos cobrados pelos créditos rotativos dos cartões de crédito, o repatriamento de todo o dinheiro desviado da Petrobras, a exclusão da possibilidade de empresas envolvidas concorrerem, ganharem e assinarem novos contratos com o Governo Federal. Isso poderia ser salutar para o país, mas em alguns aspectos éticos e morais, muito perigoso! 

Ou seja, a bomba explodirá de qualquer jeito no congresso nacional e quem for podre que se quebre ou proteste de forma ordeira, pacífica e não depredando mais ainda o patrimônio público. Nessa enrascada que o Governo Federal meteu a todos, só não se aprende mesmo o que é fundamental para o Brasil: se voltar a ter a ética, a moral,  bons costumes e, principalmente, a vergonha na cara!