quarta-feira, 30 de setembro de 2015

UM MAPA DECIDE TUDO: (INSÓLITA VIAGEM PELO RIO SOLIMÕES!)


Quando exerci a função de presidente da Comissão Estadual de Emprego no Amazonas, pela segunda e última vez até março de 1986, nos gabinetes que visitava em Brasília, existia sempre um mapa do Brasil. O mapa servia de termômetro para tomada de decisões contra ou a favor dos pleitos apresentados pelos órgãos de Estados da Região Norte, inclusive aos pleitos que fazia. Mas percebo que não era só o presidente a Coemp que tinha problemas com decisões incompreensíveis e quase incontestáveis porque os Secretários de Educação da Região Norte também tem e decidiram reagir, reivindicando mudanças pelas mesmas razões!

Um dia, cansado de ter negado pedidos de diárias para fiscalizar aplicações de recursos liberados pelo FAT, reclamei informalmente ao representante da Força Sindical do Amazonas junto ao Codefat, Carlos sobre as decisões e, em seguida, as cobranças para fazer o serviço. Disse-me que não me preocupasse e deixasse em suas mãos, que seria resolvido. Olhando apenas o Mapa do Brasil, os burocratas de Brasília, viam que as distâncias aparentemente curtas entre os municípios e decidiam a favor ou contra não o pedido de diárias, nas áreas de educação, saúde, políticas públicas etc. Com argumento aparentemente lógico, se questionavam. “Para quê 17 dias de diárias para fiscalizar uma coisa que pode ser feita em três dias?” Esqueciam   que na Região Norte, os motores são os carros, as estradas são os rios, a floresta é o acostamento para motores; as pedras servem afundar os barcos que navegam dia e noite e as curvas dos rios medem as distâncias em dias, semanas e horas...

Quase no final do Governo FHC, ainda em primeiro mandato à frente da Coemp, e já tendo problemas com as decisões tomadas pelo mapa do Brasil, o amigo Carlos teve uma ideia: convidaria o então presidente do Codefat, Nassin Merredeff, para visitar o Amazonas para conhecer os municípios de Parintins, Itacoatiara e Urucurituba, que ficam na calha do rio Solimões. A lancha foi emprestada pela Força Sindical do empresário Samuel Benchimol, dono da rede de lojas Bemol. Tinha condicionador de ar central e era muito confortável. Nassim, aceitou e ficou empolgado por conhecer uma beleza diferente, mas de distâncias que se perdem nas curvas dos rios: se vê uma cidade, mas se demora demais para se chegar nela! 

Em uma das oportunidades em que fui recebido por Nassim Merredeff, empolgado por vir conhecer o Amazonas, olhou para o mapa atrás de sua mesa e observou que as distâncias eram curtas e me perguntou: “Dá para fazer tudo isso em três dias?”Dá sim, professor, não se preocupe”. Menti para ele. Novamente olhou o mapa e apontando com os dedos para os municípios que conheceria e completou: “então vamos!”. O professor Nasisn chegou ao Amazonas. Foi recebido pelo representante da Força Sindica no Codefat. Estava tudo preparado na lancha do empresário. Chegaram os convidados e zarpamos no final da tarde rumo ao município de Parintins. De vez em quando o presidente do Codefat deixava o conformo de seu camarote com ar-condicionado central, subia no toldo sempre com um livro à mão, apreciava a beleza da região e perguntava: “Estamos navegando a mais de 4 hs, ainda vai demorar muito a chegar?”  “Não professor, já estamos perto!”.

A noite caiu, amanheceu e a lancha veloz continuava deslizando contra a correnteza rumo ao município de Parintins. Impaciente, com o dia raiando, Nassim perguntou: “Passamos a noite toda navegando, amanheceu. Ainda vamos demorar muito?” No horizonte apontei para a cidade de Parintins já próxima: “Não professor, está vendo aquela cidade ali? Ele olhou, viu e disse: “estou vendo!”. “Pois é, professor, é só fazer a curva do rio e aportaremos. Será o nosso primeiro ponto de parada”. Ele desceu ao seu conforto e continuo lendo o livro. Mais ou menos uma hora depois, subiu novamente. A lancha continuava deslizando contra a correnteza e voltou a perguntar com o livro na mão: “Já li esse livro todo! Ainda vamos demorar muito. Já estou enfadado com essa viagem tão longa!”. “Não professor, está logo ali, depois da curva do Rio”. Umas 10 hs da manhã, chegamos finalmente ao porto da Cidade do Garantido e atracamos. Subimos todos!

Qual é a próxima parada?” “Itacotiara, professor!” “Já quero voltar, estou enfadado, cansado e não vai dá para fazer todo o percurso em três dias como eu pensei que fosse possível. Tem uma cidade em que podemos voltar de ônibus para Manaus?” “Tem professor, é Itacoatiara”. “Então vamos deixar o resto do passeio para uma próxima viagem e vamos direto para Itacoatiara”. Falei com o representante da Força Sindical, que o havia convidado. Falou com a tripulação da lancha e tomou a decisão: “Vamos direto para Itacoatiara!”. Chegamos ao porto de Itacoatiara no dia seguinte e Nassim Meredeff pegou um ônibus, retornou a Manaus e chegou um dia antes da lancha do empresário. Nassim já se encontrava em Brasília. 

Depois dessa aventura de “três dias” pelo rio Solimões,  a Coemp não teve problemas com pedido de diárias para inspecionar a liberação de recursos para diárias de viagem a serviço, durante o Governo Fernando Henrique Cardoso. Começou o Governo Lula e tudo mudou, Os programas mudaram de nome e nada era mais como fora no passado porque continuaram a tomar decisões baseado apenas em mapa e dizer o que podia ou não podia ser liberado para o Amazonas.

E por que estou escrevendo sobre isso? 

Vi que agora os Secretários de Educação se uniram para reivindicar mudanças de valores para trabalho em Educação no Estado do Amazonas.Tudo parece que continua sendo decidido com base no mapa e esquecem que tudo é diferente na Região Norte!

terça-feira, 29 de setembro de 2015

A SOCIEDADE APODRECEU!

A sociedade apodreceu!

Os partidos políticos que falam em nome da sociedade, não representam mais a sociedade, que por estar apodrecida e já começou a feder à falta de cidadania, respeito ao próximo, movida pelo excesso de direitos e de poucos deveres, com muita ganância e pouca humanidade e, para piorar, a divisão entre classes, raças, além da humana. Nesse balaio morri também, mesmo com o gato tendo sete vidas!

Dentro da confusão em que se tornou a ideologia dos que estão no poder, o PMDB hoje se destaca: foi governo, mas sempre está na base de apoio do Governo fisiologista, trocando apoio por ministérios. Tem um vice-presidente da república no Governo e um presidente da Câmara que se declarou independente, mas não deixa a presidência, mesmo sendo investigado pelo STJ.

Os partidos políticos que deveriam ser a base piramidal do processo moral da sociedade, não o são mais porque todos os partidos que falam em nome do povo, prometem que agir em nome dos eleitores e da sociedade, representam apenas seus próprios e interesses e quase nada da sociedade que carece de modelos morais e éticos, que imbricam em um grande retrocesso de ingovernabilidade e falta de credibilidade em todos os setores. Dentro da podridão que se vive em matéria de política, fica difícil escolher os bons que ainda existem em todas as agremiações partidárias. São raríssimos, mas ainda existem, mesmo que não existe mais ideologia definida, nem de oposição ou situação. É tudo junto e misturado e todos fazem parte de uma mesma podridão!

Ah, que saudades dos bons políticos do passado, como um Pedro Simon, Ulisses Guimarães na esfera federal! Hoje é só quem era governo e quem não governa e quer governar. Dos 34 partidos políticos criados e registrados na Justiça Eleitoral, com 15 milhões de eleitores filiados, a base de formação de todos eles é a mesma: a sociedade podre de bons exemplos e boas condutas e, portanto, estão podres também na sua origem. Com o encarecimento do processo eleitoral, os políticos honestos deixaram de colocar seus nomes a crivo do voto.  Poucos ainda se atrevem a fazê-lo, mas reclamam que estão sem dinheiro. Por isso, temos que escolher os melhores entre os piores candidatos, mas a sociedade apodrecida faz exatamente o inverso: escolhe os piores sem proposta, sem méritos, sem cultura, sem preparo algum e deixam de fora os melhores que fazem propostas exequíveis durante suas campanhas eleitorais e não possuem dinheiro para fazer superproduções hollywoodianas. 

Contudo, em todos os partidos políticos, existem maus políticos e bons políticos. O difícil é escolher os melhores entre os piores que se apresentam sempre com mais dinheiro. Como a sociedade apodreceu em seu crescimento originário, por falta de modelos em quem possam se espelhar, se espelha nos piores, nos que ganharam dinheiro fácil.

Por falta de modelo a seguir, a sociedade brasileira caminha cega, tateando pela parede e com medo de não descer pelo em vaso sanitário da descarga do poder.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

LUA DE SANGUE OU SANGUE NA LUA?

Na noite do domingo, 27 de setembro de 2015, ocorreu o fenômeno da “Lua de Sangue”, que voltará a se manifestar de novo daqui a 33 anos.

Cá com meus pensamentos que divagantes,  loucos, confusos, destoantes, que não se completam e nem se entendem, a “Lua de Sangue”, não teria sido também o sangue derramado da humanidade escorrendo pela lua em forma de intolerância religiosa, imposição de vontades, mudança de paradigma social do SER HUMANO pelo TER SEMPRE MAIS? 


Aos que atribuíram à “Lua de Sangue”, o retorno de Jesus à terra, recordo que minha avó Lucila, em 1969, chorou muito quando o homem pisou em solo lunar pela primeira vez, dizendo “é sinal dos tempos, o mundo vai acabar e Jesus voltará”. Minha avó se foi, o mundo continua, mas devemos nos preparar, porque Jesus voltará, na forma de quê, não sei! 


Os astrônomos racionalmente, explicaram que a “Lua de Sangue”, ocorreu pela junção de dois fenômenos raros: a eclipse lunar e a aproximação máxima da Lua sobre a terra. A cor avermelhada seria resultado de partículas da terra suspensas no ar!


Na comunidade do Varre-Vento, no município de Itacoatiara, minha avó Lucila mandava se bater em latas, panelas ou qualquer coisa que produzisse barulho, para espantar o dragão que devoraria a lua. Depois, que a eclipse lunar passava, não sei se pelo barulho produzido para espantar o dragão devorador, não se podia mais bater nada para que o dragão não despertasse e, furioso, voltasse a tentar comer a lua novamente. Era quase um ritual! Um monte de menino olhando para a lua e batendo latas, panelas e outras coisas que produzissem ruído!


Hoje, se bate em tampas de panelas por  razões mais nobres: espantar o dragão da inflação que está comendo o salário dos brasileiros, com toda a classe política batendo palmas para a desgraça e desviando recursos públicos para se cair nas mãos do juiz federal Sérgio Moro, que vem condenando os envolvidos com muita calma, parcimônia e cautela, para não cometer injustiças, mesmo sofrendo pressão da mesma classe política que investiga separadamente, encaminhando ao Supremo Tribunal Federal para prosseguir os trabalhos. Se cumprirá ou não seu papel, não tenho certeza!


Será que o dragão que bebe o sangue do povo, continuará a fazê-lo? Não sei, mas tudo é possível!

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

DEUS, TEMPO, O HOMEM E A VIDA!


“As dores deixadas no corpo, pela incompreensão, falta de amor e ódio, o tempo as cicatrizará; no coração, na alma e na esperança, talvez...nunca, totalmente!” (poema DOR E O TEMPO, de Carlos Costa)


De Deus que não vejo, mas sinto-o mantendo-me vivo e presente em minha vida, gosto porque o sei verdadeiro e único, embora tenha deixado ensinamentos e não criado religiões! As religiões foram criadas e divididas pelo homem, em várias épocas da história. Hoje, está tudo fragmentado, dividido e disputado.


Excetuando de Deus, não gosto de nada que não possa ver, principalmente do tempo que aprisiona a todos. Como não sei como é, nem as grades que usa para aprisionar as pessoas, não gosto dele. Apenas aceito que o tempo é responsável por envelhecer-me um pouco mais a cada dia e modifica a todos, traçando destinos para o bem ou para mal. Não gosto dessa coisa chamada tempo: ele porque também me transformou em um escravo e prisioneiro dele, através dos horários de remédios que tenho que tomar todos os dias! Também porque os horários que prometem cumprir para mim, quase nunca são cumpridos em sua totalidade. 


O tempo está passando rápido para todos, mais rápido para mim, porque há 11 anos vivo infectado por bactérias hospitalares. Meu tempo é somente o hoje. O ontem já passou e o amanhã não sei se o verei. Ao completar 265 dias e 6 horas, o tempo se renova. Somo o velho e chega um novo, que vai envelhecendo aos poucos e, como se fosse em um passo de mágica, tudo se renova mais uma vez, um indo embora e outro novo surgindo, renovando a esperança de novos dias. Mas, por circunstâncias misteriosas, tudo permanece igual: o que era esperança vai se perdendo e tudo volta a ser como fora o ano que envelheceu e foi embora. Infantil e bobo, fazia buraco na rede em que dormia só para ver o “ano novo”, chegando à meia-noite, mas nunca o vi, só ouvia os foguetes estourando, festejando sua chegada e o barulho. Também não nego que muitas vezes acordei para saudá-lo também, mas nunca o vi. Por isso, não gosto do tempo que só me faz mais velho. Sinto no corpo e percebo minha fragilidade!

Não seria ótimo se a mudança que se dá no tempo, se desse também na vida humana?:Já pensou como poderia ser ótimo se  a cada ano ou no fim de cada 10 anos a vida se renovasse pelo menos um? Dessa forma, estaríamos sempre jovens em corpos velhos ou seriam velhos em corpos jovens? Não sei! Uma coisa acredito que criado errado: a vida deveria começar aos 90 anos, casar aos 60 e morrer ao zero ano, com se fosse um bebê! Assim, teríamos alguém para cuidar de nossa criança-velhice! Não, acho que não seria! Temos que aceitar as coisas de Deus como elas são! Mas não me conformo!


Muitos falaram e escreveram sobre o tempo. Cazuza cantava que “o tempo não para”, Caetano Veloso cantou também que o tempo “não para e nunca envelhece”. Outros também já falaram, cantaram e escreveram sobre o tampo. O tempo do meu relógio de pulso parou acordou parado às 4, quando já eram 6 horas. Despertei com o meu celular, avisando-me que era tempo de tomar dois remédios. Sou escravo do tempo do celular que me cobra e dos remédios que tenho que tomar, na hora certa.

Ah, não sei que isso seria bom ou ruim  minha ideia que contraria à criação de Deus!

Talvez a vida tenha que seguir seu rumo como estar!


Enquanto o tempo ocorre da forma natural, continuamos todos prisioneiros de um tempo que é invisível. Não o vejo o tempo e não gosto dele, mas o sinto caminhando ao meu lado, sempre mais rápido do que meus passos lentos podem acompanhá-lo e me tornando a cada dia mais frágil, mais debilitado, mais sujeitos a novas doenças, enfim.

Do que não vejo, só gosto de Deus porque sei que Ele existe e me mantém vivo!

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

MUITO ESTRANHA!





Comentários no link http://carloscostajornalismo.blogspot.com.br/…/muito-estran…


MUITO ESTRANHA!


A decisão do STF de retirar das mãos do juiz Sérgio Moro, o processo que apurava e punia com rigor corruptos e corruptores, fatiá-lo e distribuí-lo para vários juízes e fóruns.

Tudo me parece uma armação para deixar a senadora GLEISE HOFMAN, com fórum privilegiado e, talvez, impune.

Mais de 300 pessoas entre agentes públicos e privados estavam sendo investigados a partir da primeira fase da OPERACAO LAVA JATO.

Era tudo parte de uma quadrilha que agia em diversas frentes.
Agora, não sei não, porque abre brechas enormes à impunidade!

Sinto gosto de pizza, cheiro de impunidade e recebo balas que batem e voltam da blindagem dessa estranha decisão!

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

A DOR O O TEMPO

As dores deixadas no corpo, pela incompreensão, falta de amor e ódio, o tempo os cicatrizará;
no coração, na alma e na esperança, talvez...nunca, totalmente!

terça-feira, 15 de setembro de 2015

CARLOS COSTA E ROGEL SAMUEL EM DIÁLOGO SOBRE "O AMANTE DAS AMAZONAS"!




Em minha convivência com a intelectualidade baré, há muito ouvia referências a um cidadão do Amazonas, Rogel Samuel, ex-aluno de meu sogro advogado e político Francisco Guedes de Queiroz. Diziam-no ser uma referência em matéria de “amazonicidade”. Desconhecia, contudo, que nesse mundo de meu Deus da internet, o escritor também estava lendo meus modestos trabalhos no Rio de Janeiro, onde reside há muitos anos e é professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autor de vários livros. De repente,  “surpresado” como sempre diz o procurador de Justiça aposentado Flávio Queiroz de Paula, sobrinho do ex-professor desse mestre da intelectualidade, Rogel Samuel pede meu endereço pelo facebook e me presenteia com o seu livro O AMANTE DAS AMAZONAS (Editora Itatiaia). 

Ao receber a obra, passei a ter um diálogo quase que diário com o autor, questionando-o sobre o que estava lendo com uma visão histórica, pelo papo do facebook. Rogel Samuel arquivava tudo e me devolveu para escrever esse maravilhoso e histórico diálogo que mantive com ela, ao final da leitura de cada capítulo, do primeiro ao último. A cada capítulo que lido, lhe enviava um questionamento e prontamente recebia a resposta. Foi assim todo o nosso diálogo:


CC envia para Rogel Samuel ao receber o livro pelo Correio: “Estou recebendo agora seu livro, mas só o recebi porque sou conhecido aqui no condomínio Mundi como um ”chato" morador. Não veio com o nome da Torre e aqui temos 11, amigo. Como está um dia de sol agora, degustarei seu pensamento na piscina! Obrigado e um abraço! Depois farei comentários sobre sua obra!”.

Como tenho visão prejudicada e uso óculos de 7,5 graus e só leio com claridade natural, comecei a degustar a leitura, que é uma mistura de ficção com realidade (ou seria realidade com ficção?). Fiquei na dúvida! Li o primeiro capítulo e encontrei semelhanças entre o Palácio Rio Negro e o palácio Maxinin, criado e transportado pelo autor para o meio do Seringal. Impressionado e impactado com a semelhança.

Passei a trocar mensagens ao final de cada leitura com o autor da obra e ele sempre me respondendo.

CC comunicando a Samuel Rogel:  - “Terminei de ler o primeiro capítulo do seu O AMANTE DAS AMAZONAS e adorei a mistura que vc fez de fatos reais, com criatividade ímpar, como nomes de rios, cidades, paranás, igarapés etc. Se já gostei do início, que também vivi, gostarei do resto. Magistral: não é lenda ou mito seu prestígio e respeito entre os intelectuais doAmazonas. É uma constatação de uma verdade! Ao começar a ler o segundo capítulo da obra O AMANTE DAS AMAZONAS, nas primeiras linhas, observei que vc estava descrevendo o Palácio Rio Negro. Ao final, ao ver a foto do seu Palácio Maxinin  -  na ânsia de me comunicar com o autor chamei de Macuxi - O autor, elegantemente me corrigiu, mas entendeu o que eu queria dizer- tive a certeza! Genial e crítica descrição da decadência econômica de uma época da borracha. O Palácio Rio Negro foi adquirido pelo bisavô de minha esposa Yara Queiroz, Coronel PM PEDRO BACELLAR, de um alemão que residia naquele local e incorporado ao Patrimônio do Estado. A mãe de minha esposa, Maria Luiza, nasceu no Palácio Rio Negro, amigo. Conhecia sua capacidade através de outros escritores do Amazonas, mas não sabia que vc era tão crítico e mordaz em suas descrições. Adorei sua criticidade e irônica como descreve e conduz as observações que faz. Como lhe disse, degusto obras e não as leio, simplesmente. É o que estou fazendo com a sua.


RS respondeu para Carlos Costa: “QUE BELEZA...SUA ESPOSA DESCENDE DE PEDRO BACELLAR... VC ESTÁ NA HISTÓRIA DESSE ROMANCE...”


CC envia para Samuel Rogel: “Ela (Yara) é neta do Pedro Bacellar de Souza, Coronel PM e governador do Estado e quem adquiriu da residência da família Shurtz, para ser o Palácio Rio Negro. Sua descrição é alegoricamente genial e suas críticas, pertinentes porque o mesmo pode ocorrer com novos 50 anos para a ZFM se o Estado não aproveitar para desenvolver sua própria vocação regional! Adorei a citação como Palácio Maxinin! Genial e irônica comparação, Rogel!

RS responde para Carlos Costa: “PALÁCIO MANIXI... EU ESTUDEI MINUCIOSAMENTE O PALACIO RIO NEGRO E O TRANSPORTEI PARA A SELVA... ELE É UM SÍMBOLO...Do período áureo da borracha!

CC envia para Rogel Samuel: “Essa transposição do Palácio para a selva, sem pagar carreto e descrevendo-o com maestria, inteligência e ironia, como símbolo de decadência também, me agradou muito.”

CC lendo o capítulo II O PALÁCIO: “Estou no segundo capítulo, ainda não cheguei nos diálogos e estou curioso para saber sobre como vc descreve isso! Como faz o encontro da ficção real da história da sua vida. Comecei a ler ao sol o capítulo.

CC lendo O Capítulo 3-NUMAS “Está cada vez mais intrigante!
O capítulo é uma magnífica viagem à cultura indígena e sua ficção navegou pelo mundo criador e pousou nas páginas de seu romance.
Vc misturou várias tribos guerreiras e as transformou em uma só.
Ao descrever o encontro com as duas indiazinhas nuas, seu delírio criador voou e ficou maravilhoso!”

CC lendo o capítulo IVPAXIÚBA:

Até seu aniversário em 2 de Janeiro, desejo tê-lo concluído! Brilhante e suave o relato do estupro de Zilda, amigo. Lerei o capítulo 5 agora. Mas fiquei na dúvida: quem matou o marido de Zilda? Foram os Índios ou o PAXIUBA?

RS responde a Carlos Costa: “ÍNDIOS, AMIGO, OS NUMAS...”

CC envia para Rogel Samuel:  “Obrigado. Só me restou essa dúvida porque poderiam ser os Índios ou o violentador da esposa A forma descrita é Genial. Parabéns! Um ou outro isso não tem importância diante do brilhantismo e suavidade como vc descreve o estupro de Zilda! Teria sido mesmo um estupro ou teria um “estupro” permissivo, tipo não quero querendo

RS responde a Carlos Costa: “PAXIUBA ERA UM DEMONIO...HIPNOTIZAVA...”

CC envia a Rogel Samuel: “Percebi pelo seu maravilhoso relato. Por ser um demônio cheguei a pensar que teria matado o marido de Zilda, depois de violentá-la, parece que de forma consentida porque vc a descreve como uma mulher carente, inorgânica e sem ter tido filhos.”

CC envia para Samuel Rogel: “Estou lendo o quinto capítulo de seu livro. Na página 61 vc diz que Manaus deve ter sido uma das primeiras cidades brasileiras a ter eletricidade e foi mesmo!  Os candeeiros das ruas funcionavam com óleo de baleia. Na verdade, Manaus foi a terceira cidade brasileira a ter luz elétrica: a primeira foi CAMPOS, no RJ, a segunda não lembro e Manaus foi a terceira. Maravilhosa sua descrição com mistura de ficção e realidade. Desconhecia, porém, que o projeto do Mercado Adolpho Lisboa tinha sido de Gustav Eiffel. Estou viajando! O prédio da Cervejaria Miranda Corrêa ainda resiste ao tempo, apesar de o progresso destruidor. Continua do mesmo modo! Produziu uma das cervejas mais exportadas na época, a XPTO! Acredito que em determinado capítulo de seu livro, vc faz uma menção alegórica à dona de um Jornal - seria por acaso à senhora AMELIA ARCHER PINTO, companheiro, que teria salvo da falência o comendador GABRIEL GONÇALVES DA CUNHA? E de forma alegórica ABRÂAO GADELHA não teria sido HENRIQUE ARCHER PINTO, amigo? Ou o amigo se refere a outro tempo


R.S. esclarece a Carlos Costa: “NAO É ACHER PINTO,  É INVENÇÃO...”

CC envia para Rogel Samuel: “Maravilhosa, mas pensei ser uma alegoria de algum fato real! Todo seu livro é uma mistura de realidade com alegorias criativas. Terminei de ler o capítulo em que o amigo descreve o fim do Palácio Maxini, consumido por ratos e a morte por veneno de uma personagem e do sumiço na Mata da Índia que vivia com ele. Terrível, mas real porque isso pode se repetir com a ZFM, companheiro! Parabéns! OBRIGADO Genial seu trabalho! Uma pesquisa e tanto!”

R.S. explica para Carlos Costa: “MAIS DE 10 ANOS DE TRABALHO....”

CC lendo o capítulo V: “De um fôlego, li todo o capítulo sobre o FREI LOTHAR! Marquei várias passagens do capítulo. Maravilhoso e crítico relato sobre a dualidade FE X FALTA DE FÉ E DESEJO DE SER VIOLONISTA. Genial! Li tudo com avidez!

R.S. envia para Carlos Costa:  - OBRIGADO!!!!!!!!

CC envia para Samuel Rogel: “Adorei a mistura, só observei que o amigo escreve que o desejo dele seria descansar no bairro de Aparecida. Naquele ano, o hoje bairro Aparecida era chamado e conhecido como Barro dos Tocos. Isso, porém, não altera em nada sua bela descrição do FREI LOTHAR, amigo. Existiam, na época histórica de seu romance, poucos bairros em Manaus, mas se destacavam BAIRRO DO CENTRO, O BAIRRO DOS TOCOS E O BAIRRO DOS REMEDIOS. Depois começaram a surgir outros bairros porque os pobres não podiam viver na área do Centro porque não tinham poder aquisitivo para construir casas caiadas (in Eloína Dias -A Ilusão do Fausto). Mas em nada muda seu precioso trabalho. Estou adorando a leitura da obra O AMANTE DAS AMAZONAS. Parabéns!”

R. S. admite para Carlos Costa: “VOCÊ TEM RAZÃO... ERRO HISTÓRICO...”


CC envia para Samuel Rogel: “Não muda a genialidade de sua criação, esse ”deslise histórico” Falo dessa dualidade e conflito de forma mais poética na minha obra O HOMEM DA ROSA (Litteris Editora -RJ, 1998). O amigo não é historiador,(nem eu) mas observei esse equívoco histórico, que não considero um erro histórico; no máximo, diria que foi um pequeno deslize, a que todos nós estamos sujeitos! Nada que perde na qualidade de seu trabalho, afinal poucos sabem desse fato, amigo. O bairro da Aparecida sempre foi conhecido pela religiosidade que carrega e ficou ótimo como Aparecida. É que estou lendo com uma visão histórica!

R.S, para Carlos Costa “OK. ÓTIMO!”

CC para Samuel Rogel: “Quero descobrir o que o amigo não escreveu, mas quis dizer! Minha missão parece que será mais difícil do uma investigação de Cherlok Holms, amigo, mesmo contando com seu companheiro inseparável, o Dr. Rsss Na página 106 de sua obra, quando cita uma badaladíssima pessoa que pintava unhas, o companheiro faz a mansão de uma cabeleireira MEZZODI? Seria uma alusão à Messody Sabbá que tinha um salão na parte inferior do prédio Maximino  Corrêa? O salão da Messody Sabba foi um dos mais famosos e frequentados pela sociedade de Manaus na década de 70 e, dessa época, guardo na memória, mulheres descendo pela Avenida Eduardo Ribeiro com bobes na cabeça cobertos por um lenço. Isso era chique! Vendia jornal na porta do Edifício Cidade de Manaus e via tudo! Ou apenas foi uma feliz coincidência do nome de Messody? Se foi, mirou para onde não viu e acertou na memória de minha adolescência com meus 12 lutando para sobreviver com dignidade!

Rogel Samuel responde para Carlos Costa: “É ISSO MESMO, EU NASCI NO PRÉDIO AO LADO DA Messody, eu me lembro disso..”

CC envia para Samuel Rogel: “Então não foi uma coincidência! Muito bem lembrado Nessa época, vendia jornal na porta do Edifício Cidade de Manaus. Mais uma vez, palmas! Se escrevia MESSODY e se pronunciava MEZZODI! Caro Rogel Samuel: hoje li vários capítulos de sua obra. Um livro de Lourenço e Amazonas, que cita em dos capítulos, eu o tenho comigo.
Atentei para algumas misturas ficcionais que o companheiro fez está o de um intelectual que tinha erudição, apesar de beber demais. Teria sido uma referência à FABIO LUCENA, ou não?”

Rogel Samuel explica para Carlos Costa: “NÃO É FABIO LUCENA...”

CC  envia para Samuel Rogel: “Pensei que fosse uma alusão à FABIO, pelas características: bebia demais, era erudito, fazia citações sem abrir ou consultar livros, por isso pensei que tivesse sido uma alusão por que de Fabio Lucena, de quem diziam que ele só estava bom quando estava bêbado. Maravilhosa narrativa. Estou empolgado para saber quem seria O AMANTE DAS AMAZONAS, mas tudo me leva a crer que será o rapaz desaparecido, mas posso ter uma surpresa também!


Carlos Costa, inicia a depois de ler o último capítulo O FIM, do livro O Amante das Amazonas e comunica ao autor:  “Conclui agora a leitura de sua narrativa, meio ficção, meio real, meio dramática e uma autêntica saga amazônica. Parabéns. O final me surpreendeu e terminou com desejo de lê-lo de novo, não mais buscando relacionar fatos históricos e reais com sua criação, mas pelo simples prazer de entrar nesse mundo desconhecido e mágico retratado em sua obra fantástica! Adorei!  Surpreendente e atualíssimo. Um grito de alerta para futuras gerações! E terminar sua  com um poema A NOITE,  de Álvaro Maia, lido por Benito Botelho, melhorou ainda mais sua obra!

Adorei. Vou relê-lo de novo, mas sem o compromisso da historicidade. O farei agora de forma mais leve e centrado na narrativa e menos nas confabulações da magnífica mistura do real com a ficção.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

POEMA DO MEU DESESPERO


Deitado com a solidão
Acordo com a ilusão de felicidade em minha cama;!
(pensei que me acompanhasse e fosse verdadeira
e era só uma miragem
que meus olhos quase cegos 
não me permitiram que enxergasse!)
Estou morrendo aos poucos em vida!
Meu trabalho resistirá e viverá na história!

II

Dormo com a solidão em minha cama, 
Acordo com a ilusão que carrego no peito (felicidade)
me chamando para tomar café, sozinho

III

Passará!
É só a turbulência em um voo de 18 anos.
O tempo cicatrizará e não deixará feridas!
Mas dói, machuca: o silêncio é pior do que um tapa!

sábado, 12 de setembro de 2015

AMOR E DOR


Amor e dor
não combinam e
não se separam: 
se fundem
na hora da separação!
A dor aparece e continua
com pagamento de pensão!

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

A INTERNET UNIU O MUNDO E EMUDEU AS PESSOAS!


A popularização da internet uniu o mundo pelas redes sociais, mas separou as pessoas do convívio humano diário e do diálogo que antes existia!

Mesmo com toda a precariedade, preço exorbitante e péssimos serviços ofertados aos clientes, o fenômeno da internet se popularizou e o mundo passou a viver conectado e permitindo o surgimento de as redes sociais. Hoje, o mundo é um só individualizado, um só coletivo e um só em total silêncio. Tudo agora é através de shype, whats, fecebook outras redes. As pessoas, se afastaram, desumanizaram, individualizaram idiotizaram e emburreceram, criando palavras novas, reduzindo cada vez mais as outras, perdendo totalmente a eloquência do bom discurso!

O costume de falar olho no olho, sentindo a emoção das palavras ditas, desapareceu. Hoje, o mais comum em lugares públicos é ver adolescentes, de meia idade e até idosos caminhando com fones enfiados nos ouvidos. Dentro de restaurantes, pessoas tirando selfs ou fotos de amigos e postam nas redes sociais. Mesmo não conhecendo ninguém, a popularização da postagem se dá pelo número de curtidas e não pelo conteúdo contido. Ninguém tem mais tempo para conversar, a não ser via internet. Até o hábito salutar de gravar ou escrever números de telefones em cadernetas, foi transferido para os aparelhos de celular que, agora, só faltam falar, aliás, já falam, desde que a pessoa tenha crédito ou disposição fazer chamada por ele, o que está ficando cada vez mais raro! Tudo agora é mensagem de texto! O mundo ficou conectado e as pessoas emudeceram!

Enfim, não existe mais diálogo familiar e, quando ocorre, em muitos casos, também é via internet, por alguma rede social! O mundo está se tornando conectado e vazio ao mesmo tempo. É um mundo de mentiras, de páginas criadas só para conversas fúteis e inúteis. Não existe mais leitura de livros, a não ser os virtuais. É o mundo novo e hipócrita! As pessoas postam qualquer coisa e outras curtem e riem de algumas bobagens e mentiras também. Não sei se riem das bobagens ou porque a pessoa que curte a bobagem seja mais boba ainda, sem falar na nova linguagem criada pelos jovens que estão cortando palavras, cifrando letras e perdendo o hábito de escrever bem e de forma limpa. Confesso que algumas vezes cometi esse deslize também. Pelo hábito de tanto ler palavras cifradas, passei a usá-las também. Me penitencio!

Reconheço que se não fosse o fenômeno da internet e redes sociais, não teria o blog carloscostajornalismo lido em vários países e não seria tão conhecido e curtido e comentado em minhas postagens de livros e crônicas, também. Como dizem os jovens, prefiro qualidade de conteúdo e não quantidade de comentários. Ah, quer saber, não quero ficar para trás. Vou me conectar também! Mas quero leitores com conteúdo, ideias e opiniões próprias, não meros ventrículos repetidores de opiniões dos outros. Dos muitos leitores que tenho, poucos com os poucos dialogo e, dentre alguns mais recentes, destaco Janete Félix, uma pedagoga e filósofa discreta, que não gosta de se expor, não emite opiniões, aceita a todas porque, como eu, entende que o mundo virtual, é uma grande ilusão, um mundo que separou as pessoas humanas e desumanizou as pessoas!

Ah, como sinto saudades das brincadeiras de manja, barra-bandeira, 31 alerta, estátua, bolinha de gude, bete e fica, a bola na rua, as brincadeiras no final da tarde, enfim, sinto falta de um passado que, sei, nunca mais voltará porque o mundo caminha para frente, não dá voltas, não para, nem faz curvas. Ah, como eu sinto falta do passado! Tudo era mais humano, menos tecnológico, com jogos de vídeo gueime em que se tinha que ver apenas uma bolinha na tela pulando para um lado e para o outro, batendo e voltando. Era mais divertido e inocente naquela época do que os atuais jogos de violência de hoje, em 3-D!

No passado, era tudo mais simples e gostoso! A tecnologia mudou e estragou o mundo, mudou os hábitos e perdeu seu sentido,  tirando o caráter humano das pessoas!

Sinto saudades do passado, mas não desprezo o presente! E sigo conectado, errando e aprendendo com meus erros e me corrigindo para não errar mais e nem ficar para trás!


segunda-feira, 7 de setembro de 2015

O TER OU SER, O QUE VALE MAIS DO QUEUMA VIDA HUMANA?

Enquanto a humanidade priorizar o TER sempre mais poder e abandonar o SER humano, mais crianças e famílias inteiras continuarão sofrendo na Europa, fugindo de guerras pelo poder, da fome, atravessando mares e morrendo nas praias, sendo carregadas nos braços por mais bombeiros! Depois de muita luta, Aylan, o irmão Ghalib e a mãe acabaram sendo vencidos por esse mar. O corpo do menino foi parar no ponto da praia onde foi fotografado. A imagem correu e comoveu o mundo.

O TER o poder mesmo que impondo o terror e destruindo cidades por pura imposição de uma crença, será que supera o SER da vida humana? Entendo que não! Mas em pleno século XXI, se discute o TER sempre mais o poder e menos o SER, o AMOR, o PERDÃO, enfim, o ser humano e a vida humana!

Deitado, sem vida, uma outra vida nascendo dentro de um vagão, pai desesperado, deitado com a esposa e um filho de colo deitando em cima de um trilho do trem e dizendo que sua vida não tinha mais sentido...Tudo isso pode continuar se repetindo, porque a presidente da Comissão Europeia, chanceler alemã, Angela Markel, não deseja tomar frente dos esforços para criar uma proposta para que receber pessoas que fogem de guerras, atrocidades, destruição de cidade e, por consequência, da fome, da miséria, da ganância do TER pelo TER a qualquer custo! Fugindo de cidades e símbolos históricos destruídos pelos terroristas do Estado Islâmico, a família do pequeno Aylan, decidiu pagar 17 mil reais para deixar a destruída Síria e viver no Canadá. Era cinco quilômetros de distância, mas o sonho de viver livre morreu na praia, literalmente, porque no meio dos cinco quilômetros de travessia entre  Bodrum a ilha de Kos, havia um mar e foi esse mar que matou o pequeno Aylan e a sua foto morto na praia, como se estivesse dormindo, se transformou em um símbolo de luta mundial em favor de outras vidas. 

Enquanto as guerras pelo poder ocorrerem em países como Siria, Libia, Eritréia, Etiópia, Haiti e outros países, o mundo continuará vendo cenas iguais à do pequeno Aylan que, mesmo pequeno, morreu afogado porque queria viver livre no Canadá, de forma livre. As deprimentes cenas de atrocidades do Poder pelo Poder, causou a maior migração em massa da história recente e a maior de todas, depois da Segunda Guerra Mundial. O sonho de viver na Europa está sendo impedido pela ganância que se introjetou na sociedade do TER em detrimento SER do amor humano! O Leste Europeu precisa adotar um plano para receber os refugiados de uma forma mais humana, sem sofrer pressão popular.  O êxodo atual é comprado a um verdadeiro genocídio humano, maior até o do que praticou Adolf Hitler contra os judeus, negros, homossexuais e minorias étnicas ou as que praticou contra a população de Uganda o sanguinário ditador Idi Amim Dadá, (1971/79), ou ditador Francois Duvalier (Papa Doc) e seu filho Jean Claude Duvalier (Beby Doc), contra a desprotegida população do Haiti, em tempos mais recentes.

A França já aceitou assinar o acordo, mas o Reino Unido e a Hungria e outros países da União Europeia, ainda estão resistindo porque o TER sempre é mais importante do que O SER da vida humana, o que é lamentável. 

Com prazer assinei a petição da equipe da AVAAZ, comandada por Luis, Alice, Mia, Mais, Luca e Spyro, dentre outros, que circulam um abaixo-assinado pela internet. Cerca de duas mil pessoas já a na assinaram e se prontificaram como voluntários em programas de assistência e arrecadaram US$ 500 mil dólares em uma operação de resgate crucial no Mar Mediterrâneo, onde faleceu um garoto.

domingo, 6 de setembro de 2015

MEUS PÁSSAROS...!




Os pássaros que me faziam sorrir no passado, 
agora me fazem sofrer, no presente!

(não são “Os pássaros”, do genial cineastra Alfred Hitchock!
são apenas os meus, não os dele!)

Na minha imaginação,
Não existem mais pássaros.
Morreram ou estão morrendo aos poucos, todos eles!
(Ninhos erguidos, destruídos, desfeitos
esquecidos e abandonados!)

Resistirei, mesmo que biquem minha lua, 
roubem minhas estrelas e arranquem minha pela.
Sangrando, não conseguirão me destruir, 
(frágil ficarei; morto, não!)
No máximo, me deixarão com o coração sangrando,
Continuarei respirando e resistindo, mesmo me sentindo só!

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

TROCA PRODUTIVA DE IDEIAS!


Ao escritor José Estanislau Filho, com respeito.


Um comentário do escritor J. Estanislau Filho, na escrivaninha do Recanto das Letras, levou-me a ter com ele uma longa e produtiva troca de ideias, sobre a crônica BUROCRACIAS PARA EXIGIR PROPINAS E GERAR FACILIDADES (http://carloscostajornalismo.blogspot.com.br/2015/08/burocracias-para-exigir-propinas-e.html)

O escritor, residente em Canoas, Minas Gerais e autor de diversos livros, defendeu a manutenção da CPMF. Ela seria boa para a saúde, sob o argumento de que não “se joga fora a água da bacia com o bebê dentro”, segundo o escritor. Sempre o muito crítico, J. Estanislau Filho, manteve a posição em defesa da extinta CPMF e, ao final, concluímos que se o Governo implantasse o Imposto Único, defendido desde 1982 pelo deputado federal Álvaro Valle e seu candidato a vice-presidente da República, empresário Afif Dominguez, esquecido nas gavetas da burocracia estatal, seria ótimo para o Brasil equilibrar seuu orçamento negativo porque o Estado brasileiro se equilibraria, se tornaria menos burocrática em sua máquina Estatal, reduziria despesas com aluguel de prédios para abrigar tantos ministérios, reduzindo-os de 34 para 24 como a presidente prometeu fazê-lo. Com isso, também conseguiria extinguir milhares de cargos comissionados e controlaria melhor a galopante e exagerada “propinagem” que assustou até ao juiz federal Sérgio Moro, em recente palestra. Segundo o juiz federal que comanda e combate os desvios em diversos contratos da Petrobras, o pedido de propinas teria virando rotina no Serviço Público. Mas ninguém fala mais nisso como uma possível solução!

Do lado das empresas, o benefício do Imposto Único seria sentido com o desmonte de um “exército” de pessoas especializadas, só para pesquisar se alguma nova de imposto teria sido criada na calada da noite, reduziria os custos e o Brasil poderia voltar a ser produtivo, com equidade fiscal, ressalvados os benefícios constitucionais concedidos à Zona Franca de Manaus. Tudo se solveria, sendo possível, inclusive, extinguir o Imposto de Renda, que devolve bilhões aos contribuintes, porque todos já teriam pago antecipadamente os impostos e haveria a igualdade tributária entre todos, acabando com a guerra fiscal entre Estados, que tanto onera o custo final das empresas. Em qualquer tipo de transação que se fizesse de compra e venda ou outros serviços, se pagaria um Imposto Único, com um valor razoável. As grandes fortunas do Brasil, que não pagam impostos de 27,5% como os demais trabalhadores e que se sustentam pela miséria dos mais pobres, também passariam a se igualar e todos. Também, o Imposto Único, da Receita Federal poderia ser extinto e não necessitaria mais de tantos fiscais para multar empresas. Sonho? Utopia? Prefiro sonhar e ser utópico com os idiotas, do que ser um futurista irresponsável! Isso é plenamente possível! Aos membros das  fraudadores e desviadores do dinheiro público, restaria alugar aviões e depositar  o que foi conseguido ilicitamente, em paraísos fiscais. Tudo seria mais fácil, simples e menos burocrático!

Como tenho certeza que nem os dez ministérios e nem os cargos comissionados serão extintos no Governo de Dilma Rousseff, eu e J. Estanislau Filho, na troca de mensagens pelo facebook, concluímos que implantando uma cobrança do Imposto Único, sobre todos os momentos de qualquer transação financeira como ocorria com a CPFM, poderia reduzir toda a burocracia do Estado, que é um excepcional arrecadador, mas um péssimo distribuidor e melhoraria a eficiência e eficácia do Estado, das empresas privadas e a economia se desenvolveria, sem tantos sobressaltos. Segundo o escritor José Estanislau Filho, o fato de a saúde continuar um caos no Brasil não significaria que o projeto do ministro da Saúde no Governo de Fernando Henrique Cardoso, Adib Jatene, não fosse bom e também alteraria sua importância. “Ele foi um moderno mecanismo de combate à corrupção e sonegação fiscal e tributária!”, garantiu o escritor, que já trabalhou antes como tributarista.

Deixou algumas perguntas no ar, que não soube responder: “Por que eles têm medo de um imposto direto, que recai sobre quem gasta mais? Por que rejeitam um imposto que não pode ser sonegado? Por que não aceitam um imposto que retira recursos de quem ganha mais para financiar o mais democrático sistema de saúde pública do mundo?” Garantiu que o Brasil não é o país que cobra os maiores impostos do Mundo. A Finlândia cobra 50% dos contribuintes, mas os devolve em forma de bons e eficientes serviços públicos nas com a diferença é que a Finlândia retorna tudo em investimentos nas áreas de saúde, segurança, cultura, transportes e educação, o que foi confirmado por um amigo que passeou pelo país nórdico. No Brasil, arrecada muito e distribui mal e a carga tributária para 2006 está prevista chegar a 47%, com pouca ou quase nenhuma contrapartida governamental

Segundo o escritor o Sistema Único de Saúde será duramente afetado se não for encontrada outra fonte para financiá-la. “Desburocratizar e desmercantilizar é colocar na esfera pública o que hoje está no sistema mercantil. Transformar em direito o que é hoje uma mercadoria”, foi o que sugeriu o escritor, acrescentando que a carga tributária do Brasil é, sim, a mais alta da América do Sul.



quinta-feira, 3 de setembro de 2015

COMISSÃO PARA DESBUROCRATIZAR O BRASIL

Ao ver e ouvir, pela TV, o vice-presidente da República, Michel Temer,  discursar para comissão de juristas, admitindo que o Brasil era um país muito burocrático, confesso que senti  saudades do último Governo Militar, do general João Batista Figueiredo, que confessou gostar mais do cheiro de seus cavalos do que do povo que não o elegeu. Antes que alguém pense que desejo a volta da Ditadura, da Censura à Imprensa, do AI-5 e outras coisas iguais ou piores, como o extermínio da Guerrilha no Araguaia, no Pará, com muitas controvérsias, explico minha nostalgia momentânea! 

Em Brasília, durante os sucessivos governos militares, dizia-se à boca pequena, que quando se pensava fazer alguma coisa, nomeava-se um grupo de trabalho; quando se queria fazer, editava-se um Decreto/Lei e quando não se queria fazer nada, criava-se uma Comissão de Trabalho para discutir o problema e, pelas posições divergentes, nunca chegava a um final. Durante o Governo militar, de Figueiredo criou o Ministério Extraordinário da Desburocratização e nomeou para comandá-lo, Hélio Beltrão. Havia muitas críticas, naquela época, contra a burocracia do Estado. Depois de muitos estudos feitos pelo Ministério Extraordinário da Desburocratização, o Congresso Nacional aprovou e o presidente sancionou a Lei que dispunha sobre prova documental, como declaração para fazer prova de vida, residência, pobreza, dependência econômica, homonimia ou bons antecedentes, quando “firmado pelo próprio interesse ou procurador. A lei 7.115, de 29 de agosto de 1993, sancionado no 162o Ano da Independência e 95o Ano da República, dizia que se a declaração fosse considerada falsa, o declarante sofreria às sanções civis, administrativas e criminais e seria de responsabilizado por tudo.

A Lei assinada por João Figueiredo, seus ministros da Justiça, Ibrahim Abi-Ackel e extraordinário da Desburocratização, Hélio Beltrão, nunca foi revogada. Contudo, sofreu tantas pressões dos donos de cartórios do Brasil. Na prática, a Lei tirava dos Cartórios  a sua galinha dos ovos de ouro: as autenticações e reconhecimentos de firmas, porque nenhuma pessoa teria mais obrigada a que reconhecer assinaturas e pagar por isso. A Lei nunca chegou a entrar em vigor, totalmente e os donos de Cartórios venceram a luta e a burocracia documental continuou como antes. Se fossem feitas na frente um servidor público ele próprio teria um carimbo e reconheceria, as assinaturas por ter fé pública, sem precisar pagar as elevadas taxas de cartório. Seria suficiente a assinatura ocorrer na frente do servidor público, conferindo com o original da sua assinatura na Carteira de Identidade original. Afinal, não é diferente do que fazem nos cartórios que cobram por isso. A lei nunca foi revogada, ainda está em vigor. Mas reside esquecida em alguma das tantas “favelas”, existentes nas cidades satélites da capital federal ou esquecida na gaveta dos burocratas de Brasília. Agora volta-se a discutir tudo de novo, mas para quê?

Que o Brasil é um país burocrático demais, isso ninguém duvida. Essa burocracia excessiva do Estado brasileiro, é a porta de entrada para se vender facilidades em forma de propinas. Também é o início de qualquer processo de corrupção! Sei que as discussões não serão fáceis, embates existirão e lobbes também, mas o país não pode e nem deve continuar com tanta burocracia inútil, ao ponto de se ter que declarar  prova de vida em cartório a órgãos públicos. 

A vida em si, não seria uma prova de vida? Só bastaria o agente público conferir um documento com foto e estaria resolvido o problema. A Lei entrou em vigor no dia 30.08.1993 e nunca foi revogada. Apenas, esquecida e engavetada, mas ainda existe

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

MAIS DE MEIO SÉCULO....!


À Kaled Ahmed Hauache Junior


Mais de meio século de vida: 54!
Não estava triste; nem alegre!
Estava vivendo seus 54 anos de vida.
Vida sofrida, difícil é verdade...mas feliz!

Mais de meio século de vida:
Não sabia se chorava; ou se abria um sorriso.

Achou que tenhinha o direito de fazer tudo o que quisesse.

São cinquenta e quatro anos de vida!

A velhice lhe ensinou a serenidade responsável; a família firme,
A percepção aguçada, a firmeza do caráter, a honestidade como princípio de vida
E a retidão como conduta firme e determinada.

Não sabia se desabava no choro ou se abria um grande sorriso!

Não sei como terminar o meu poema também; portanto, só poderei dizer

“completou mais de meu meio século de vida!”

A maior lição que tirou dos meus 54 anos foi esta:

A vida começou aos 50! 
E ponto final!