quinta-feira, 26 de setembro de 2013

POR QUE A LEI 11.340 NÃO FUNCIONA NOS ESTADOS?


Por que a Lei 11.340 – Maria da Penha – não deu certo na maioria dos Estados?

Por várias são as razões, mas a falta de estrutura é a principal delas. Desaparelhados, nem com as modificações feitas pelo STF, surtiu os efeitos esperados.  A mudança determinou que a denúncia seria de competência do Ministério Público e não mais dependente de representação da vítima. Mas, a lei Maria da Penha não reduziu os índices de morte por quê?  Mais por culpa do Poder Judiciário que é lento, burocrático, desestruturado, desaparelhado e menos pelo espírito da Lei em si, que é excelente, mas precisa da  construção de abrigos para mulheres vitimizadas nos Estados, um financeiro programa de amparo às vítimas. Ainda faltam médicos, assistentes sociais e psicólogos.

O Estado brasileiro não se preparou para fazer cumprir a Lei.  Infelizmente, alguns Estados não se preparam técnica e estruturalmente para executá-la em seu todo. Se for para denunciar o agressor, passar por mais a humilhações de fazer corpo de delito e, depois, voltar para o mesmo local onde a mulher foi agredida, é melhor não denunciar. A lei Maria da Penha decretada pelo Congresso foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 7 de agosto de 2006 e entrou em vigor no dia 22 de setembro de 2006. Um primeiro agressor chegou a ser preso no Rio de Janeiro por tentar estrangular uma ex-esposa.

Depois, mais mortes voltaram a ocorrer inclusive de uma procuradora federal que denunciou o marido, voltou para casa e foi assassinada. Isso, talvez, tenha motivado mudança no STF que definiu que a Lei Maria da Penha passaria a ser um crime de ação pública do Ministério Público e não mais dependente da vontade da vítima. Mas nada melhorou porque faltam em alguns Estados  abrigos provisórios para amparar as mulheres agredidas,  a criação de programa financeiro que garanta o sustento da mulher por um certo período. Se existe pouca efetivada da Lei e, ainda existem índices elevados de mortes entre as mulheres  que denunciam  seus agressores, a Lei Maria da Penha não deve ser culpada por isso e tudo deve ser dirigido à da falta de estrutura do país, que tem uma justiça morosa e deficiente para fazer aplicá-la. Também falta estrutura de pessoal em delegacias, que funcionam de forma precária e quase improvisadas.

Para fazer cumprir a lei Maria da Penha e não voltar a ser constatado pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) o índice de mortes  ainda muito elevado e fazer reduzir essa triste constatação, as delegacias das mulheres precisam funcionar com equipes de assistente social, psicólogos e médicos, para não causar mais constrangimento em mulheres já fragilizadas pela agressão que sofrera em seu lar.  

Antes da Lei, para cada grupo de 100 mil mulheres, os índices de mortalidade de 2001 a 2006, até a vigência da Lei eram de 5,41, 5,46, 5,38, 5,24 e 518. Depois da vigência da Lei, em 2006, os índices foram de 5,02, caindo em 2007 para 4,74, subindo no ano seguinte para 5,07, 5,36, 5,45 e em 2011 ficando em 5,43. Esse índice deve permanecer instável ou ter aumentado depois do ano de 2011 porque poucos Estados implantaram suas estruturas. Os índices regionais são de 6,42, na Norte; 6,9 na Nordeste; 6,89 na Centro-Oeste; 5,14 na Sudeste e, na Região Sul 5,08, com um índice nacional em 5,43.



A Lei Maria da Penha não tem culpa, porque a única culpa deve ser atribuída ao Estado brasileiro que não se preparou, para fazer cumpri-la. A Lei Maria da Penha é excelente, mas sem estrutura em toda sua plenitude não funcionará nunca e só se efetivará quando forem implantadas as estruturas necessárias para fazer cumpri-la integralmente!  

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

DIGO NÃO!



Digo não à falta de políticas sociais públicas e perenes;
Digo não à corrupção;
Digo não à qualquer tipo de droga lícita ou ilícita.
Digo não agora para não dizer não mais tarde
Quando já será tarde demais e a sociedade já
tiver sucumbido em meio ao cáos!
E as famílias estiverem se matando
com as armas que a sociedade lhes passa como exemplos!
Digo não ao ter,
Digo sim ao ser
porque ainda podemos fazer alguma coisa para salvar
o resto de nossas famílias quase destruídas!


terça-feira, 24 de setembro de 2013

DIVAGAÇÕES ALEATÓRIAS...

Hoje, a melancolia veio em mim fazer morada
Trouxe também à senhora saudade
Que convidou a senhora tristeza
Que trouxe a solidão  junto com ela.
Juntas  -  melancolia, a saudade, a tristeza e a solidão
Decidiram promover uma festa para alegrar meu coração.
Se uniram e promoveram a “Festa da Alegria”, mas nem assim me  alegrei porque minha tristeza era tamanha que nem a senhora alegria me fez sorrir!
Não é depressão que estou sentindo.  Não sou dado a esses luxos de ricos.
Não é de psiquiatra ou psicólogo de quem preciso:
Mas de amor somente! Um amor que me chame à atenção na justa medida de minhas culpas!
De todos os lados levo coices e patadas – muito mais do que entendo que as mereça.
Estou triste, só isso!  E o pior é que não tenho quem toque um violão  e o banjo do poeta e cronista Marcelino Ribeiro, emoldurado com a presença do também poeta JT, para meus ouvidos escutarem na solidão em que me encontro, o sabor e as delícias do vento  ao meu rosto, o murmurar das folhas caindo como balé ao vento ou quente do sol torrando minha pele desacostumada com essas coisas! Ah, mas para que  lamentar?
Eu estou vivo ainda! Embora sobrevivendo de forma miserável e dependendo de amigos e de minha esposa, sempre!

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O SILÊNCIO E A SAUDADE

Quando o silêncio veio em mim habitar, consegui ouvi-lo e estava em  total silêncio;
Quando a saudade veio a mim pedir habite-se, senti uma forte  emoção  a concedi;
Mas senti saudade de todos os amigos que amo profundamente, incluindo  os que nunca  vi fisicamente, mas imagino-os como sejam ou que estejam;
Quando o desespero em mim chegou para também exigir morada em meu coração, mandei-o embora;
Seria muita gente residindo em meu coração e não aceitei.
Insistiu, mas não permiti sua entrada!
Só não deixei que o silêncio e a saudade, que já me habitavam em meu coração, partissem junto com o desespero, porque os dois são necessários a manter-me vivo e produtivo.
Com o primeiro, aprendi a ouvir o vento, as folhas caindo no campo, o barulho das rosas se abrindo em cheiro no jardim da minha imaginação e até minha própria voz.
Com a saudade em mim habitando, aprendi a valorizar mais os verdadeiros amigos, a escolhê-los melhor e dar-lhes o valor que merecem!
O silêncio e a saudade são vitais hoje em minha vida.
No silêncio, relaxo agradavelmente.
Na solidão, escrevo e só escrevo o que sinto, ouvindo apenas meu silêncio e as batidas de meu próprio coração!


domingo, 22 de setembro de 2013

BOAS ESCOLAS, MAS COM EDUCAÇÃO COMPROMETIDA!


Eduardo Galeano garantiu que  para “se mudar uma realidade, é preciso conhecê-la” e, para transformar a realidade  no Brasil e no mundo só com boas escolas, mais educação, civismo, cidadania, habitação, saneamento, enfim, os princípios sociais que Constituição brasileira de 1988 forneceu à sociedade, mas que ainda precisam ser colocados em prática.

Quanto mais escolas de boa qualidade forem construídas no mundo, voltadas à educação libertadora, igualitária, inclusiva, verdadeira e concreta, como já pregava Paulo Freire, menos pessoas se envolverão com as drogas, violência e crimes e menos se construirá prisões. Uma educação abrangente, de qualidade, associando-a aos componentes de teatro, música, esporte dentro do espaço da transversalidade, será o único meio possível de livrar o que ainda resta dos nossos jovens das drogas, prostituição, tráfico e mortes anunciadas. Ou seja, dos principais problemas sociais do Brasil e do mundo!

Escola de qualidade, contudo, não será feita só com a construção de prédio e pagamento de bons salários aos mestres.  Os professores deverão ser comprometidos com uma visão educacional ampla,  uma escola atrativa aos jovens. Será necessário compromissar os que eram chamados de mestres no passado e serviam como exemplos de vida em sociedade, com as novas demandas sociais como gravidez na adolescência, álcool, droga, tráfico, prostituição infantil e infanto-juvenil, enfim, como fazia com os alunos quando ministrava aula de português e literatura amazonense em uma Escola Pública em Manaus.

Os alunos escolhiam livremente um tema, me passavam com antecedência, pesquisava o assunto e debatia-o em auditório, unindo a matéria que lecionava com temas de filosofia, sociologia, antropologia e história, tornando o assunto leve, tranqüilo e fácil de entendimento.

Quando debatia com os alunos sobre palavras “obscenas”, (fora de sena, palavras não ditas em público ou palavrões) unindo o tema a origem da língua portuguesa, ao teatro Grego, as invasões bárbaras  etc., fui acusado de estar ensinando palavrões em sala de aula e pedi demissão. A denúncia que me fez pedir demissão, fora feita por aluna que mais dizia palavrões pelos corredores da Escola Pública na periferia de Manaus, considerado um dos bairros mais violentos da cidade, naquele ano de 1993!

Na Escola, deixei uma biblioteca montada com livros de escritores do Amazonas, porque indicava trabalhos e a comprovação tinha que ser feita com a entrevista e mais exemplares de livros para a biblioteca e, se fosse possível, a presença do escritor para uma palestra aos alunos.  Não sei se ainda funciona a Biblioteca e se os livros doados pelos escritores ainda existem na Escola ou estão úteis para alguma coisa. Levava os escritores nas salas de aulas, os apresentava em todas as minhas turmas. Eles davam rápidas palavras sobre o gênero que escreviam e respondiam às perguntas dos alunos!


Pela experiência que vivi e passei, posso garantir que sem uma educação comprometida com a realidade, poderemos perder toda uma geração de jovens, hoje envolvida com as drogas lícitas ou ilícitas, tráfico, violência, brigas. Pequenos gestos, atitudes e posturas didáticas podem fazer muita diferença em sala de aula. Mas já estou aposentado!

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

VIVER...NÃO É FÁCIL!

À Dhiogo José Caetano, professor de história no Celta, escritor e ativista social



Viver não é fácil! E tendo como referência péssimos exemplos, torna-se ainda mais difícil! O certo do passado passou a ser o errado do presente; os valores se inverteram e temos que aceitá-los não sem protestar! Ou protestando, quem sabe?

Viver mantendo a honra, caráter, ética e dignidade e a moral intactas como exemplos para o futuro, está cada ficando mais difíceis e raros no Brasil e, quando existem, e são anunciados sob holofotes, luzes e câmeras só para fazer média política no presente ou no futuro tornam-se duvidosos e nada confiáveis, em todas as esferas de poder e perdemos o interesse em viver, porque não é nada fácil uma vida sem exemplos e referências a serem seguidos, tendo que e aceitar e seguir os que são impostos e divulgados no dia-a-dia..., mas sobrando denúncias de escândalos! Tudo o que era no passado, não é mais no presente!

Não temo aos mortos e nem aos vivos. Os vivos podem até fazer mais mal que os mortos em algumas culturas e crendices porque causam medo ou pavor. Não temo a morte e a aceito porque é a única certeza que temos ao final da vida. Mas temo aos vivos, principalmente as “autoridades” que quase sempre tomam decisões absurdas que muitas vezes deixam de implantar direitos e obrigações pelo simples prazer de não cumpri-las...Temo, sim, a vida porque viver não é fácil, com tantos exemplos negativos que assistimos diariamente!

Viver, todos vivem. Viver bem é que é o problema! Eu não vivo bem; nem mal. Apenas...vivo, ou vegeto, não sei mais...E repito de novo, viver mantendo honra, caráter e dignidade no Brasil está ficando cada dia mais difícil, com tantos péssimos exemplos mostrados como se fossem bons para serem seguidos pelos jovens e adultos.

Não sei mais quem são os mascarados: se os que usam de protestos violentos nas ruas ou se os verdadeiros mascarados são os que votam sob o manto sagrado do “secretismo”. Medo de quê? Do povo? Talvez! Da verdade? Pode ser! Mas os mascarados sem máscaras dos gabinetes do planalto central, com seus votos ainda secretos, em algumas situações, que são a raiz de muitos problemas de hoje porque longe do povo, não exprimem a vontade desse povo abandonado...Acredito que os que votam se escondendo no anonimato sejam os verdadeiros mascarados. Os outros, o das ruas,  cobrem os rostos para não serem descobertos...em caso de investigação policial que quase nunca acontece. O inverso não é verdadeiro nos gabinetes!

Repito para me tornar cansativo mesmo: vivo; não bem, nem mal, mas vivo sem precisar de exemplo dos que usam máscaras em gabinetes ou nas ruas, nem dos que usam máscaras sem máscaras e sob luzes de câmeras ao votar projetos que cassam seus pares, criam leis que não “pegam”, impõem vontades só por vaidades...

O que está faltando no Brasil é exemplo de decência, dignidade, honradez, caráter, ética e moral...Mas vou vivendo sem isso também. Não sou melhor e nem pior de que ninguém: sou apenas diferente porque vivo pobre, mas mantenho a duras penas a honra, caráter, moral e criticidade suficiente para não me envolver com a primeira opinião, nem a última, mas definir e expor minha própria opinião, ou contra ou a fator!


Viver assim, sem exemplos para seguir, não é nada fácil!

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O CAMINHO NÃO PERCORRIDO - a trajetória dos assistentes sociais masculinos em Manaus (CONVITE)

Leitores (as):

Convido a todos e todas para prestigiarem o lançamento de meu livro científico na área do Serviço Social O CAMINHO NÃO PERCORRIDO (a trajetória dos assistentes sociais masculinos em Manaus), lançado pela primeira vez em 1995 e esgotado em 1996.

A obra foi novamente lançada Editora da Fundação Universidade Federal do Amazonas e o lançamento do livro ocorrerá no próximo dia 8 de novembro de 2013, no salão de Eventos das Lojas Bemol do Millenium Shopping, localizado na Av. Djalma Batista. Será servido um coquetel aos presentes, após o lançamento.
Essa obra foi a primeira do gênero na área e fez aumentar o número de homens no curso de Serviço Social. 

CÂMARA MUNICIPAL DE MANAUS NÃO CUMPRIU SEU DEVER DE CASA!

POR QUE O PDLI DE JORGE TEIXEIRA, NÃO FOI REVISADO?


Com pouco mais de 200 mil moradores vivendo na cidade de Manaus, se os vereadores tivessem mesmo um compromisso com as comunidades que os elegem e todos fizessem a cada quatro anos ao seus deveres de casa - revisando o PDLI – Plano Diretor Local Integrado - deixado pronto pelo ex-prefeito coronel Jorge Teixeira, na década de 70 o Município de Manaus não precisaria ter gasto tanto dinheiro para elaborar um novo Plano Diretor e nem o vereador Elias Emanuel teria tanto trabalho para ouvir propostas das comunidades, em audiências públicas,  e elaborar um relatório final de um novo plano que já estava pronto, mas nunca foi revisado porque alguns vereadores desconhecem os seus papeis e ficam elaborando leis esdrúxulas e apresentando propostas mirabolantes e muitas desnecessárias, outras questionáveis e outras sequer aceitas pela população.

Fica claro, portanto, que os vereadores desconhecem os problemas e os anseios das comunidades pelas quais foram eleitos. É o fim da picada!

O PDLI do ex-prefeito Jorge Teixeira, dividiu Manaus nas Zonas Norte, Sul, Leste e Oeste, previa crescimento de Manaus de forma horizontal rumo à zona Norte, com destino ao município de Rio Preto da Eva. A Zona Leste fora destinada ao desenvolvimento do Distrito Industrial e o limite seria a usina de asfalto que existia ao lado da atual mini-vila olímpica, na altura do que é hoje o bairro do Coroado, que surgiu como resultado de uma invasão ocorrida em terreno pertencente ao Campus Universitário da então Universidade do Amazonas e hoje Fundação Universidade do Amazonas.

Mas vieram  depois, na Zona Leste, a construção do Clube do Trabalhador do Sesi e o bairro São José I, planejado e negociados terrenos urbanizados e com infra estrutura de água, luz e asfalto, diretamente com os moradores, durante a administração do prefeito José Fernandes, que executou toda a obra.  Resultado de seguidas invasões, hoje, na Zona Leste convive não tão pacificamente com ricas fábricas do Distrito Industrial e os miseráveis casebres, onde hoje residem mais de 800 mil pessoas, em diversos bairros.

Pelo PDLI que deveria ser apenas revisado pelos vereadores, todos os novos prédios no centro de Manaus com mais de três andares, só teriam autorizadas as construções, independentemente para qual finalidade – bancos, lojas, hotel etc., se tivessem espaços para garagens serem construídas. Na área da praia da Ponta Negra, Zona Oeste, considerado ponto de aproximação do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, nenhum prédio poderia ser construído com mais de três andares; hoje, existem vários com até 18 andares. O Hotel Tropical, de Manaus, na mesma área, foi construído com apenas três andares para cima.

O PDLI deixado pelo prefeito que revolucionou Manaus foi quase escorraçado por críticas políticas de toda ordem, na Câmara e na Assembléia, só dependia de atualizações, mas vereadores que se elegeram depois, não fizeram o dever de casa e agora estão construindo um novo Plano. Mas está tudo errado, porque ele está nascendo de fora para dentro e não de dentro para fora como deveria ocorrer, se fossem verdadeiras as representações comunitárias alegadas pelos seus vereadores, que as abandonam as comunidades que os elegeram e não voltam para ouvi-las.

A Câmara Municipal de Manaus, representada por seus vereadores, faz um tremendo papel de faz de conta: o vereador fingindo que representa a comunidade e a comunidade reclamando através de seus lideres comunitários porque não se sentem representadas pelos vereadores. O tempo será curto para ouvir as comunidades  para apresentar os seus pleitos.

Com certeza, o relatório final do vereador Elias Emanuel, apesar de sua boa vontade em ouvir as comunidades, anunciar que receberá propostas também por e-mail, não passará de uma grande coxa de retalho e logo precisará de novos remendos!

Diante de tudo isso, eu pergunto:  cadê e o que foi feito com o PDLI deixado pelo prefeito Jorge Teixeira? Se os vereadores eleitos desde os aos 70 viessem adaptando-o com o tempo, o PDLI teria sido um sucesso e a cidade não seria o caos que é hoje, pelo descaso,  falta de representativa comunitária e incompetência total dos novos vereadores eleitos desde então. O PDLI parece que evaporou, “tomou doril” e sumiu como anuncia o remédio para combater gripe!


domingo, 15 de setembro de 2013

COMUNICADO

Caros leitores, estou ausente de novas publicações no blog porque minha esposa Yara Marília foi operada, está com diabete em 200. Ela retirou o útero e o ovário e está com princípio de depressão por isso e eu preciso tomar conta dela, como ela cuidou de mim e de minha vida desde 2006, quando fui operado no cérebro pela primeira vez! Ela está bem, mas sente dores e inspira cuidados!
Mas voltarei!
Um abraço a todos,

Carlos Costa

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O AMOR E O SILÊNCIO



No silêncio
Se ouve a voz do coração,
O barulho do vento,
A folha que cai,

O amor que se esvai

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

À "ESSES MOÇOS" MASCARADOS!


“Esses moços, pobres moços (mascarados)/Ah! Se soubessem o que eu sei/ Não (defendiam e nem) amavam, não passavam (por humilhações e tudo)/Aquilo que já passei...”  nas mãos da Censura Federal, quando comecei a escrever no início da década de 80, em A NOTÍCIA, em Manaus..

A música “Esses Moços”  de Lupícinio Rodrigues,  é que melhor  representa a baderna atual em que vive o Brasil, com alguns “mascarados” defendendo à  volta ao Regime Militar e pedindo o fim da democracia que custou tanto sangue e morte a bravos patriotas. Esses Moços  todos com menos de 25 anos e mesmo que já tenham pouco mais de 30, eram ainda dependentes de seus pais e não sabem o que foi e nem como foi o regime militar porque não viveram esse tempo; eram todos crianças, apenas.

É verdade que houve o chamado “milagre econômico brasileiro”,  uma época de excepcional período  de crescimento econômico e de inflação,  durante o Governo Militar. Esse período é  também conhecido como anos de chumbo, especialmente entre os anos de 1969 e 1973, durante o Governo Médici, mas também é o período áureo do desenvolvimento, mas paradoxalmente, é a fase de aumento da concentração de renda e o aumento da pobreza. Instaurou-se então, o ufanismo e o Brasil passou a ser considerado  uma potência econômica e se evidenciou ainda mais com a conquista da Copa do Mundo no México, em 1970,  que foi usada pelos militares que instituíram o slogan “Brasil, ame-o ou deixe-o”.

“Esses Moços” saibam que eu também “tive meus belos dias/e essa mania e muito me custou/ Pois só as mágoas que trago hoje em dia(...) ” por ter o livro de poesias (DES)Construção...(1978)  parcialmente censurado e só reeditado pela Prefeitura de Manaus 23 anos depois do fim do Regime Militar,  e outro totalmente censurado (Sem Pátria/Sem Bandeira) no qual satirizava o slogan com Governo e defendia a volta da democracia no Brasil.  Levantei bandeiras, participei de movimentos sociais e tudo o que reivindicava a volta da liberdade.

Desculpem-me todos e pedem a volta do regime militar. Respeito os que pensam assim, mas “esses moços”,  não conheceram ou viveram o que era o regime militar e nem no que era esse regime,  que se apossou do país 1964, com o Golpe Militar e se encerrou definitivamente com a convocação da Assembléia Nacional Constituinte e a elaboração da Constituição promulgada em 1988. Desculpem-me, mas “esses moços” (...)  “se julgam que há um lindo futuro (...) saibam que deixam o céu por ser escuro e vão ao inferno à procura de luz (...)”.  Nada disso vai acontecer!
  
Paguei meu preço e, por isso, fiquei indignado com jovens moços mascarados que não viveram o período do Governo Militar, levantando bandeira em favor da volta desse tipo de governo. Ah, não! Respeito e defendo os movimentos sociais,  mas não quero e nem desejo à volta da ditadura militar ao Brasil. Não  me considero um perseguido pela ditadura e nem pedirei indenização por isso, mas trabalhava no jornal A NOTÍCIA em Manaus,  berço de oposicionistas, com uma pessoa da censura federal meu lado e lendo tudo o que escrevia e alguns textos de poesias e crônicas sequer chegaram a ser publicados no dia seguinte. Simplesmente o X colocado no centro do texto era o suficiente para eu saber que ninguém o leria no dia seguinte, nas páginas do jornal em que escrevia por ser de oposição ao Governo do Estado indicado pelos militares, um coronel do Exército, na época.

Portanto, senhores moços, lhes peço: reivindiquem, mas não depredem e nem defendam a volta do Governo Militar porque embora eu não trabalhe mais em jornal em Manaus, sei que não será bom para ninguém: em vi e vivi toda uma parte desse período, mas me bastou pelos poucos anos que convivi com esse regime ditatorial de força.

Por meu sangue, tudo enfim/É que peço/A esses moços/Que acreditem em mim”, como encerra a letra da música “Esses Moços”, de Lupícinio Rodrigues.



domingo, 8 de setembro de 2013

A FLORESTA AMAZÔNICAA E A ZFM (AMAZONAS, O ESTADO DO JÁ TEVE!)


Talvez inebriados pelo anúncio da presidente Dilma Rousseff de que a Zona Franca de Manaus foi prorrogada por mais 50 anos, os  cientistas, pesquisadores e pensadores talvez tenham se esquecido de que  devemos preservar a floresta sem esquecer do homem que nela mora e buscar urgentemente uma outra forma sustentável de desenvolvimento para o Amazonas, com a manutenção de sua principal riqueza, que continua sendo sua Floresta Amazônica, tão cobiçada internacionalmente e pouco explorada nacionalmente. O Amazonas é considerado o “Estado do Já Teve” e nada soube aproveitar perenemente, ficando por sucessivas vezes, ficando na dependência de políticas federais para dar rumo ao seu desenvolvimento.   

Acredito que esse futuro promissor pós Zona Franca possa estar exatamente na exuberante Floresta Amazônica, com o desenvolvimento da biotecnologia, criação de um polo de biotecnologia - um conjunto de técnicas que permite à indústria farmacêutica cultivar microrganismos para produzir os anbitióticos que serão comprados nas farmácias do Brasil e do mundo.

Contudo, para isso, é necessária uma direção política objetiva e clara nesse rumo, o que não consigo ver, por mais que queira encontrar!

O Modelo Zona Franca de Manaus foi criado como um empreendimento prioritário na elaboração e execução de um projeto maior do Plano de Valorização Econômica da Amazônia, conforme diz o decreto 288/69, assinado pelo então presidente Humberto de Alencar Castello Branco e pelos Ministros João Gonçalves de Souza, Octávio Bulhões e Roberto de Oliveira Campos para durar apenas alguns anos.

Depois foi sendo sucessivamente prorrogada, culminando agora com o anúncio de que ele ainda vai permanecerá por mais 50 anos. E depois? O que já foi pensado para o futuro do Amazonas, depois dos 92 anos da ZFM?  Será tentada mais uma prorrogação política? Até quando?

Não devemos esquecer que a Zona Franca foi criada em um determinado período da história recente do Brasil, como uma “área de livre comércio de importação e exportação e de incentivos fiscais, com a finalidade de criar no interior da Amazônia um centro industrial, comercial e agropecuário dotado de condições econômicas que permitam seu desenvolvimento, em face de fatores locais e da grande distância a que se encontram os centros consumidores de seus produtos”, como diz o Art. 1º do Decreto. Hoje, essa realidade mudou!

Porém, o verdadeiro e correto e perene desenvolvimento para a Amazônia está na biotecnologia. Infelizmente, nossos planejadores do futuro, do terceiro milênio, estão inebriados com a notícia da prorrogação da ZFM e não planejaram nada para daqui a mais 50 anos! Temos uma rica floresta, cobiçada internacionalmente, mas não sabemos tirar proveito de suas propriedades biomedicinas porque faltam pesquisas, tecnologias e investimentos para enxergarmos o que virá depois dos próximos 50 anos de vigência de nosso modelo econômico.


O ciclo econômico da borracha deu lugar anos mais tarde, a um pujante comércio de artigos eletrônicos importados, lotando as ruas centrais de Manaus. Isso desapareceu, as lojas fecharam suas; indústrias tradicionais do DI também encerraram suas atividades, como Nelima, Gradiente, Beta, Semp, Philips, Sharp e várias outras não menos importantes que fecharam suas fábricas no Amazonas ou foram sucedidas, incorporadas ou sofreram fusões por outras. Enfim, com isso tudo só confirma o que se diz que o “Amazonas é o Estado do já teve”!

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

NO QUE ACREDITO!



Para minha esposa Yara Queiroz, que se encontra internada.

Acredito na vida, em Deus, mas também que no presente, vivemos o resultado do que fizemos em nosso passado, mesmo que não tenhamos sido diretamente envolvidos ou nem tenhamos conhecimento disso, conscientemente!

Por isso, não adianta buscarmos explicações para coisas que não conseguimos entender. Só Deus e o coração de cada um, individualmente, podem responder às perguntas que não temos condições de explicá-las por nós mesmos.

Acredito que as respostas de tudo o que fizemos em nosso passado, em justa medida ou não, responderão pelas coisas que nos ocorrem no tempo presente. Acredito que morremos e nascemos tantas vezes quantas sejam necessárias à completa purificação de nosso ser espiritual.

Já disse e repito: não somos nada, nosso corpo físico e isso não é nada! Por isso acredito que o nada também exista. Desacredito em todos que se dizem ateu porque até para se ser ateu se tem que acreditar em algo!

Nossas aflições, desesperos, medos e outras coisas, se encontram todas em nosso passado e isso é difícil de explicar. Não ouso nem tentar; só sei que acredito!

Acredito na purificação do ser, sim. Mas não acredito que voltemos à vida em forma de animais, pássaros, plantas, bichos ou outros tipos de seres que, embora importantes para a vida, não nos pertencem diretamente. Mas há quem acredite e eu não discuto essa crença!

Estou caminhando rumo à morte, com certeza, mas quero viver muito e esperar que a medicina se desenvolva mais, que a humanidade seja mais justa, que o mundo tenha menos injustiças sociais, que a vida seja na terra o que Deus tem preparado para nós no céu: um lugar calmo, sereno, tranquilo e cheio de alegrias. Nisso também acredito!

Só isso pode explicar porque pessoas boas sempre se entendem com outras pessoas boas e nem sempre vivem muito; e pessoas ruins, perversas, inúteis, vivem além do que deveriam viver.

Os bons procuram conviver com os bons. Os maus procuram e se acompanham dos maus! Esses dois pólos não se atraem, ao contrário; se repelem, sempre!


Deus só oferece a cruz que cada pessoa pode transportá-la. Eu estou transportando a minha cruz com resignação, consciência, respeito e felicidade. Dos limões que recebi, os transformei em saborosa limonada e matei minha sede! Isso me basta, principalmente se o amor estiver presente  também!

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

FÉRIAS INESQUECÍVEIS NO MEIO DE UM LAGO EM AUTAZES EM 1986!



O barco de 12 HP que transportava a mim e ao meu tio Armando  rumo ao lago de Autazes, aonde eu iria a pretexto de descansar e pescar. Deixava para trás um rastro de fumaça pela chaminé  e, pela frente além do pouco banzeiro que produzia devido a lentidão quase parada, alugada pelo meu tio como presente de aniversário,  se podia ver peixes pulando como se estivessem evitando bater na pequena embarcação, tartarugas e jacarés “escorregando” de cima dos toros de paus às margens do rio e entrando  nas águas barrentas do Rio Madeira.

De tão lento que seguia o barulhento barco, cheguei a perguntar se ele não poderia ir mais rápido, tanta era a ansiedade de meus 26 anos de chegar ao local para descansar no meio do lago, em uma rede, só ouvindo canto alegre de pássaros livres ao voar, vendo floresta multiforme e comendo o que o lago nos proporcionasse. Para o café da manhã, eu adquiria leite de uma fazenda em frente de onde ancoramos o pequeno motor. Deu até para nos entrosar com os moradores e fomos convidados para jogar uma partida de futebol. Eu, é claro, escolhi o gol e meu tio ficou no meio do campo.

Vez ou outra ligávamos o motor e nos deslocávamos a um flutuante para pedir verduras; no resto, era tudo por nossa conta mesmo! No dia de meu aniversário, meu tio Armando achou de fazer um prato diferente e decidiu atirar em um pato do mato. O pato foi baleado, mas não morreu. Mergulhou na água e entrou em baixo de um mato, mas meu tio  não desistiu de meu presente e pulou n’água e decidiu ir buscá-lo. Trouxe, terminou de matá-lo e o preparou só com sal e arroz. Foi meu presente de aniversário dado com tanto carinho e gosto porque vi o esforço que meu tio Armando fez para ir apanhar o pato depois que ele se enfiou embaixo do capinzal. Voltou nadando, cansado e feliz, com o pato do mato nas mãos e depois foi prepará-lo. Fiquei só olhando porque ele dissera que seria meu presente de aniversário!

Vez ou outra subia em cima do toldo do motor para filmar alguma coisa e, nesse instante, percebi a revoada de pássaros aos bandos retornando aos ninhos. Depois, um silêncio sepulcral se fez nas árvores. Mais tarde, um o outro canto se ouvia no total silêncio do barco ancorado no meio do lago. Achei isso engraçado e registrei na crônica REVOADA SOLITÁRIA, publicada na obra “CRÔNICAS DE UMA POESIA INACABADA” um de meus vários livros publicados e esgotados.

Depois que descobri que isso acontecia sempre cinco minutos antes das 18 horas, passei a subir todos os dias no toldo do barco só para apreciar esse movimento coletivo em bando de aves retornando aos seus ninhos e descia depois que o silêncio se fazia presente. Depois, só conseguia ouvir o cantar barulhento dos sapos e o barulho de peixes batendo na água a cada pulo que davam.


Era o silêncio inocente das aves que ainda não haviam perdido seus habitats naturais para o homem, felizmente!

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

"CHÃO DE ESTRELAS" E OS MORROS E FAVELAS DO RJ!



Não mais se ouvirão nos morros e favelas do RJ, foguetes e rojões estourando das lajes de casebres miseráveis ou papagaios de papel bailando no ar com maestria e graça nem luzes piscando em lugar de “estrelas que furavam os zincos dos poetas” como diz a linda música “Chão de Estrelas”,  uma das mais belas composições da MPB, dos poetas Silvio Caldas e Orestes Barbosa, gravada em 1937. Mas para que nada disso volte a se repetir como antes, será preciso que os Aparelhos de Estado, em todas as suas esferas,  ocupem social e verdadeiramente todos os locais e espaços com  serviços sociais essenciais à comunidade, especialmente educação, saúde e segurança.

Caso contrário, os morros e favelas do RJ voltarão a ser ocupados pelo sangue derramado e o pó branco comercializado pelo tráfico, as luzes das pedras de crack, que clareiam as noites escuras das favelas e se processam livre e impunemente. Uma dura realidade social que ocorre no RJ e em todos os Estados e municípios brasileiros, de forma assistida pelos poderes públicos que patinem nas propostas, mas nada realizam de forma concreta por falta de estrutura de atendimento para dependentes químicos!

Foguetes, rojões, papagaios empinados em lajes de miseráveis casebres da favela, ou luzes das casas piscando formavam “em um estranho festival” em nada lembrando a nostálgica música “Chão de Estrelas”, na qual poetizavam ser “(...) um palhaço de perdidas ilusões...”. Essa fantástica canção foi regravada mais tarde por vários outros cantores no Brasil e algumas no exterior, narrando a vida de um barracão no Morro do Salgueiro, onde roupas simples penduradas, davam a impressão de bandeira, “com a lua furando nosso zinco, salpicando de estrelas nosso chão...”

Hoje, a realidade dos morros é bem diferente: não há mais como manter “a porta do barraco (aberta) sem trinco”; não dá mais para “pisar nos astros distraida...”. Infelizmente, nos morros de hoje os barracos não são mais simples e nem “alegres viveiros”, e não existem”roupas comuns” e também não ficam mais “dependuradas parecendo estranho festival”. Nem não existe nos morros “feriado nacional”; apenas toques de recolher determinados pelos bandidos que desfilam armados pelas ruas, becos e vielas!

Hoje, a poesia dos morros foi trocada por balas perdidas; as “cabrochas” viraram “popuzudas” ou no “bonde do tigrão”, “show das poderosas” ou no“descendo até o chão dos bales fanks”.  Lamento informá-los meus poetas que hoje não existem mais “luar e nem violão”. Só quando estouram rojões no céu, anunciando um novo carregamento de drogas entrando nas favelas e, também, agora, o sol,  serve somente para empinar papagaios, se bronzear nas lajes ou soltar foguetes em códigos usados pelo tráfico. Nada mais para comemorar o “feriado nacional”,, como vi muitas vezes pela janela do apartamento do prédio residencial “Pedra Bonita”, em São Conrado, no Rio de Janeiro, quando estive em férias no local e visitei com minha esposa e filho a Rocinha, na condição de curioso turista.

É...poetas, nos “morros mal vestidos” do passado agora existem morros “bem vestidos”, de branco pelo tráfico e venda de cocaína, e em caixões de defunto parecendo “um estranho festival” de degradação social, moral e humana e com balas perdidas correndo soltas no “chão de estrelas”, imaginado pelos poetas, manchando de sangue  casas e destruindo famílias!


Hoje, só existe “feriado nacional” quando os traficantes anunciam “toque de recolher” e os rojões estouram no ar para anunciar que a “ordem” foi cumprida. Vamos esperar e torcer, agora, que os trabalhos sociais comecem a entrar na Favela da Rocinha e que os bandidos não voltem.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

(ESCÂNDALO NA CÂMARA DISTRITAL) FRANCISCO QUEIROZ: SINÔNIMO DE ÉTICA E MORAL PÚBLICA!



“Eu sempre falo isso aqui: santo, aqui em Brasília não existe. Da fronteira dos Estados com Distrito Federal, eles não passam para cá".  Por si só, a frase do deputado distrital Jorge de Oliveira Zoinho, já causa náusea, repulsa e representa um escárnio contra os poucos parlamentares sérios de Brasília e moradores da Capital Federal que foram ofendidos com o tom de deboche do parlamentar, como eu me senti ofendido como brasileiro, mesmo sem residir na cidade. Ou será que o povo já perdeu a capacidade de se indignar com tamanha idiotice dita por um representante do povo? Talvez seja isso mesmo!

Relembro, com saudosismo, que no início da década de 80, no Amazonas, o deputado estadual por 26 anos militando pelo Movimento Democrático Brasileiro –MDB, e depois PMDB, Francisco Guedes de Queiroz, surpreendeu eleitores e deputados ao anunciar que leiloaria todos os carros opalas pretos, com chapa branca, usados pelos parlamentares estaduais eleitos. Só deixou um carro para o uso da presidência, mas preferia dirigir seu próprio fusca pelas ruas de Manaus, nos deslocamentos que fazia em nome da ALE-Am. A ética, o respeito, o desapego ao poder, fez com que o político, falecido há anos, e se afastasse da presidência da casa e determinasse a abertura de investigação do deputado Costa de Aquino sobre um concurso público realizado pela ALE,  se tornasse até hoje uma referência de moral em todos os lugares em que tem citado seu nome.

Diante disso, causa-me náuseas ao ver em programa de televisão que políticos da Câmara Distrital de Brasília, que passou a ter autonomia só a partir da Constituição de 1988 e eleger seus próprios políticos, estão envolvidos em escândalos de alugueis de veículos de pessoas físicas, locadoras fantasmas, além de extorquirem o bolso de todos os contribuintes com valores estratosféricos de ressarcimento de gasolina. O TCU já está investigando o estranho comportamento dos políticos de Brasília, mas tenho dúvidas se isso dará em algum resultado concreto.

Enquanto no Amazonas, os políticos da década de 80 já usavam os seus carros para fins pessoais, em Brasília, o deputado distrital Assis Carvalho, do PT, gastou 50 mil reais com uma locadora que não existe e no local já funcionou uma loja de roupa, uma “lan hause”,  uma padaria e um restaurante antes de passar a ser propriedade da senhora e agora pertence a dona de casa Ingrid Oliveira. O parlamentar diz conhecer o dono da empresa, mas “não fiscalizo o endereço”, ressalta.

O deputado Zoinho, chegou ao cúmulo de garantir que não é 100% honesto e também teve o descaramento de usar o nome de Cristo ao afirmar que só Jesus Cristo foi 100% honesto e concluiu: “eu procuro fazer as coisas sempre com transparência...”.   Sinceramente, custa-me a acreditar que ele afirma tão tacanha idiotice e ainda que seja um parlamentar eleito. Qual é seu conceito de transparência, deputado? Já não sei o que é mais desonesto: se a cara de pau do deputado Zoinho ou se o povo que o elegeu! O negócio foi tão escandaloso que outro parlamentar chegou a pensar que a verba de gabinete era para construir patrimônio pessoal, como, se essa verba fosse declarada em Imposto de Renda!



Felizmente o membro do Movimento de Combate à Corrupção nas Ruas, Lúcio Big, tomou a iniciativa e denunciou toda essa bandalheira com o dinheiro público às autoridades porque “não precisa esperar a Polícia e nem o TC ou MP para investigar. O cidadão brasileiro tem fartas informações na internet (...) e pode sozinho fazer essas investigações aos órgãos competentes”. Ainda bem!

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

NÃO ACREDITO...


Em país rico que
ostenta a miséria em seu interior,
em um país sem miséria
com miseráveis catando
restos de lixo para viver
Em país para todos
que são uns poucos
que sobrevivem da exploração de muitos
 organizados para tirar impostos do povo!
Esse será um Brasil sem futuro!
cheio de cotas (e não de méritos...!)
Cansei! Não acredito em mais em nada!
e nem em mim...

que alimento com “democracia” tudo isso!