Não permiti que as teimosas
lágrimas em forma de um turbilhão de emoções, alegria e felicidade, nascidas dentro
de meu coração, inundassem o carpete cinza escuro do Plenário da Assembléia
Legislativa do Estado, por ocasião da entrega do título de Cidadão do Amazonas
ao deputado, de origem paulista, Luiz Castro.
Não sei se o homenageado percebeu, mas levei os dedos várias vezes por debaixo
de meus óculos 5.5 graus, que já precisam ser trocados, a fim impedir que
viessem ao chão, sufocando-as ainda no nascedouro de minha emoção!
Não desejo falar do
político Luiz Castro, nem de sua vinda de SP como professor ao Município de
Envira em 1977, com 19 anos cheio de
sonhos, localizado em um rio ”curvoso”
e tortuoso do Vale do Rio Juruá, onde se tornou
um líder nato, sendo eleito o prefeito
mais jovem do Brasil, aos 25 anos de idade, direcionando o mandato a ajudar os
agricultores como houvera sido antes, incentivando o plantio de café, desenvolvendo
a piscicultura e incentivando tudo o que fosse ligado ao setor rural e a
agricultura familiar. Também não desejo dizer que você, Luiz Castro, assumiu
por dois anos a Secretaria de Estado da Produção Rural do Amazonas,
prosseguindo seus trabalhos de ex-prefeito e agricultor incentivando o plantio
de café, piscicultura, criando, e implantando toda uma estrutura direcionada ao
homem do campo. Também não quero dizer que o político Luiz Castro conseguiu se
formar como Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Amazonas, com
muita dedicação. Também não desejo dizer que fiquei surpreso ao saber que amigo
pensara em largar a carreira política para apoiar outro candidato, por militar
pela oposição, como meu sogro deputado sempre militou, mas também dialogando
com todos!
Desejo, sim, escrever sobre
o amigo Luiz Castro, a quem tive o prazer de me surpreender residindo em um
pequeno apartamento no condomínio Florênça Residencial Park, do qual fui
síndico por três vezes. Conheci primeiro sua esposa Ana Leonarda Thomas Castro
de Andrade, e seus três filhos, na área de laser, para onde o amigo Sr.
Claudionor, ou simplesmente “Clau”, gostava de ouvir seus boleros, olhando para
uma linda piscina azul. No canto de uma parede próximo ao interfone de comunicação
com os apartamentos, existia uma tomada, na o condômino “Clau” ligava seu
aparelho de som e eu o acompanhava nessa gostosa convivência musical.
- Dona Ana, o nosso
deputado Luiz Castro não descerá - eu perguntava a sua esposa?
- Não. Ele está viajando
para o interior! – ela respondia.
A nossa empatia acho que
mútua, começou assim, talvez porque o amigo tenha o sobrenome de outro deputado
federal, Manoel José de Andrade Netto, dono do Jornal A
NOTÍCIA, na qual iniciei minha carreira como jornalista, que tinha a
mesma postura que o amigo oposicionista adota. Mas, talvez o amigo recorde do
dia em que deixei o hospital Santa Júlia, em uma eleição com escalpo no braço, só
para depositar meu voto em seu nome! Depois, retornei para o Hospital no qual
permaneci internado por vários dias! Também se não depositasse meu voto
democrático “imposto” em seu nome, talvez não fizesse diferença porque me
lembro de ter escutado de você, que havia recebido mais votos do que esperava.
Em um de nossos poucos e raros encontros e conversa rápida que tivemos na área
de laser, cansado de mais uma viagem, mas fora ao local para encontrar com a
sua esposa Ana, o “Clau” a Yara e a mim, mas sem se identificar como deputado,
cumprimentando a todos. Depois que o companheiro, o condômivo “Clau” me
interrogou: - Você sabe quem lhe cumprimentou agora?”. Respondi que não e “Clau”
me confirmou: “Foi o deputado estadual Luiz Castro e completou: “Ele
mora aqui em meu bloco, no terceiro andar”. Fizemos amizade depois disso e, sempre que era
convidado, passava a visitá-lo seu apartamento e o encontrava no ”escritório”
dentro de um quarto que seria de empregada, apertado e quente, mas o amigo
colocara um condicionador de ar, trabalhando com seu computador, respondendo a e-mail de prefeitos do interior que lhe
procuravam, mesmo você, amigo, não sendo
mais presidente da Associação dos Municípios do Amazonas e nem presidente do
Instituto de Cooperação Técnica Intermunicipal –ICOTI, função e cargo de
confiança que o amigo assumira. Mas, na
condição de deputado estadual, apenas!
Depois do excelente e
perfeito discurso do autor da propositura Marcelo Ramos, citando as
manifestações democráticas do povo e dizendo também ser um recado a todos os
políticos, ouvi atentamente o discurso do amigo com relação à ética, respeito
ao dinheiro público e outros temas correlatos. Falei ao ouvido de minha esposa
Yara: “o discurso dele está me lembrando muito os discursos de seu pai,
Francisco Guedes de Queiroz”, advogado também como o amigo e deputado
estadual por 26 anos, sempre pelo Movimento Democrático Brasileiro – MDB, na
época do bi-partidarismo, com a ARENA.
Por isso, não deixei que as
lágrimas de meu coração, pela felicidade ao vê-lo também muito emocionado,
dizendo que respondendo a uma pergunta de sua falecida mãe, de que lado ficaria
se houvesse uma guerra entre o Amazonas e São Paulo: “Ficarei do lado do
Amazonas, claro, mas não permitirei que apontem a arma para o rumo da senhora”.
Parabéns, meu Cidadão do
Amazonas, Luiz Castro! Você merece essa honraria!
ACHO PELO QUE LI ,QUE LUIZ CASTRO NAO E PAULISTA NEM AMAZONENSE , MAS, SIM MAIS UM BRASILEIRO QUE AMA SEU PAIS E ESCOLHEU VIVER NA PARTE DO BRASIL QUE MAIS AMOU !!!
ResponderExcluirUMA LINDA E MERECIDA HOMENAGEM A UM GRANDE AMIGO,GRANDE PERSONALIDADE E QUE AINDA POR CIMA É UM CIDADÃO BRASILEIRO. CONCORDO PLENAMENTE COM ALZIRAM.AQUI FICA MEU ABRAÇO PORTUGUES.
ResponderExcluirHomenagem mais que merecida ao Exmo. Deputado talvez o único que tenho o cuidado com o interior desse grandioso estado!
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