Entre remédios que tomo
para dormir diária e pontualmente às 8 da manhã e aos que volto a tomar mais
tarde, às 10 hs, sem me cause sono, consegui concluir a leitura do saboroso, agradável e diversificada obra que
surgiu graças à determinação, ousadia e coragem do companheiro editor do blog
GANDAVOS, Carlos A. Lopes, em uma fantástica e divertida composição multifacetados
textos que vão do engraçado, divertido aos mais comportados.
O livro “GANDAVOS –
CONTANDO OUTRAS HISTÓRIAS”, é recheado de “causos”, medos e crendices de cada
Estado, brincadeiras, medos escritos por autores iniciantes e, outros nem
tanto, de vários Estados e municípios do Brasil. O livro forma um conjunto
harmônico e maravilhoso, mas é divertido e sério também porque faz o leitor
pensar sobre os assuntos abordados e mostra a diversidade de medos,
brincadeiras e culturas do Brasil.
Na obra, está presente a crônica
A FOTO, descrevendo a passagem de um “retratista” no ano de 1963/64, na
comunidade de “Varre-Vento”, onde vivi ate meus 9 anos de idade. Ele “bateu” um
“retrato” em preto e branco, deixando as almas presas e perpetuadas em um papel
em branco, em arrumados em forma de escadinha, do maior para o menor. A foto
foi revelada com o uso de produtos químicos, mas só vim saber disso muito depois
como jornalista no Jornal A NOTÍCIA, em
Manaus.
Lembrei-me da coleção de livros
“Para Gostar de Ler”, lançada na década de 80, também com saborosas antologias
de contos, crônicas e poesias, direcionadas ao público juvenil, com o propósito
de despertar nos jovens o gosto e o prazer da leitura. Eloar Guazzelli Filho
era o ilustrador da coleção, organizada por Carlos Felipe Moisés.
Agora, ilustrado por Edmar
Sales e organizado por Carlos A. Lopes, o “Gandavos”, tem certa semelhança com
a coleção famosa lançada nos anos 80. Em lugar de Vinicius de Moraes, Cecília
Meirelles, Carlos Drumond de Andrade, Affonso Romano de Sant’Anna, Afonso
Smidth e muitos outros intelectuais consagrados na época e ainda hoje
lembrados, escritores ainda desconhecidos do grande público emprestaram seus trabalhos para Carlos A.
Lopes organizá-los no livro GANDAVOS –
contando outras Histórias que começou como um projeto despretensioso, uma quase
uma experiência e já segue para um novo volume.
Da coleção famosa dos anos
80, recordo-me bem de ter comentando em uma coluna literária que mantinha em A
NOTÍCIA, a obra magnífica escrita por um médico da Bahia, narrando o reencontro
de amigos de faculdade para a festa na casa de um deles. Dentre eles, havia uma
atriz fracassada, um hippie e outros que não lembro mais, que se reuniam
durante um jantar com hora marcada e discutiam sobre o início da AIDS porque
entre os amigos havia um homossexual assumido, que buscava tratamento para a
doença. Mas isso já é passado e só me restou na memória uma vaga lembrança dessa
obra, cujo autor não me recordo mais e o título da obra também o tempo me fez
esquecer.
A cada novo lançamento o
livreiro José Maria, dono da livraria Nacional, em Manaus, mandava-me um para
que eu lesse e escrevesse sobre a obra na coluna que possuía no Jornal. Fazia
isso com muito prazer, quer pelo sabor dos textos como pela alegria de poder me
aprofundar um pouco mais no gênero de crônica que pratico.
Mas a historia agora é
outra: trata-se do maravilhoso livro GANDAVOS – CONTANDO OUTRAS HISTÓRIAS, que
se tornará um sucesso também e lembrado por muitas gerações porque em apenas um
livro, Carlos Lopes conseguiu reunir diferentes autores que só desejam mesmo
contar suas histórias
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