terça-feira, 30 de abril de 2013

FALTA DE MÉDICO NO INTERIOR VEM DESDE OS ANOS 80!

FALTA DE MÉDICO NO INTERIOR VEM DOS ANOS 80!


Um grave problema social vivido hoje pelos municípios do Amazonas poderá estar com seus dias contatos: a contratação de médicos residentes bolsistas da UEA para permanecerem pelo menos um ano em seus municípios de origem. Essa  decisão foi anunciada pelo governador do Amazonas, Omar Aziz, durante entrevista ao programa “Bom dia Amazônia”.

Esse anúncio poderá até não o resolver definitivamente esse grave e grande problema social, mas amenizará muito a falta de especialistas em municípios do interior do Amazonas. Mas servir como consolo ao governador atual, isso ocorre desde o Governo José Lindoso, nos anos 80. Muitos municípios cresceram, outros diminuíram, mas a decisão anunciada pelo governador do Estado, em priorizar a contratação de forma remunerada os médicos que receberem bolsas de estudos para estudar na Universidade do Estado do Amazonas – UEA, pode ser um caminho eficaz para resolver o problema

Na mensagem governamental enviada à Assembléia Legislativa do Estado, o governador afirma que “todos os dias morre uma “Santa Maria”, por falta e assistência médica no Amazonas” e acrescentou que a falta de médicos especialistas nos municípios é uma de suas principais preocupações porque “chegamos ao limite porque temos hospitais, mas não há profissionais para atuar nas unidades do interior”, ao anunciar que esses profissionais passariam a ser contratados entre os profissionais de branco que recebem bolsas de estudos para suas residências em Manaus.

Como disse, o problema é antigo e vem desde os anos 80, do Governo José Lindoso, quando comandavam  a Secretaria de Estado da Saúde, os médicos Francisco de Paula Castro Neto e Mamoud Amed Filho, como secretário e sub, respectivamente, quando foram contratados profissionais de outros Estados para atuarem nos municípios do Amazonas.

Um desses profissionais, contratados, o recém formado Dr. Solano Sócrates, seguiu para o Município de Itacoatiara e foi levado no carro do próprio subsecretário Mamoud Amed Filho, originário daquele município, que pretendia realizar uma “média política com os moradores” para ser candidato a Prefeito logo em seguida, mas não recordo se ganhou ou perdeu essa disputa.

Eu os acompanhei nessa viagem e o médico foi recebido com festa,    com toda a família na época dentro do carro tipo Veranio, produzido pela GM e muito usado como ambulância médica, mas lembro que motorista corria muito porque o médico queria chegar logo com sua família para conhecer a cidade. Gostou e uma das primeiras coisas que fez foi chutar bola no gramado do Estádio Floro Mendonça, daquela cidade, com um garoto que nos acompanhou na viagem.

Todos os profissionais de outros Estados, ávidos em conhecer as belezas típicas da Amazônia, teriam que permanecer apenas um ano nos municípios, mas alguns dos “profissionais de branco”,  desistiram das transferências para a capital e se transformaram em fazendeiros, adquirindo terras e produzindo pastos  

Diante do déficit de médicos no interior o governador Omar Aziz, anunciou que acionou o Conselho Federal de Medicina para abrir um processo seletivo nacional e, se necessário, anunciou, contratar até médicos estrangeiros para atender os desvalidos da sorte porque segundo Omar, “sabemos que não há médicos especialistas em número suficientes no Brasil. Por isso, nossa proposta é fazer chamada para profissionais estrangeiros atuarem de forma definitiva e, quando houvesse médicos brasileiros no mercado, eles teriam prioridade de contratação” se quiserem atuar no interior do Amazonas, com riquezas e belezas inimagináveis.

Omar Aziz reclamou da morosidade do Conselho Federal de Medicina em responder ao seu pedido e concluiu “nossa voz não é ouvida porque moramos no Amazonas. Se fosse ao Sul do país, já teriam ouvido”. Tudo o que o governador anunciou durante entrevista que anunciou a construção de um novo hospital com muitos leitos, nas proximidades da área de exposição de animais ex-Clóvis Beviláqua e atual “Euripedes Lins”.


Mas será que entre todos os leitos novos leitos anunciados, os menores dependentes químicos que precisam de internação forçada através da Justiça, terão algum espaço para serem atendidos? Isso o governador não anunciou, mas também não foi perguntado! 


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