A simples transferências de
“líderes” presos para penitenciárias federais de segurança máxima não resolverá
definitivamente a onda de terror e vandalismo implantado por marginais no
Estado de Santa Catarina. A prova disso, foram os novos atentados registrados
depois que presos foram transferidos para outros Estados, para prisões federais
administradas pelo Ministério da Justiça, pois também não possuíam eficientes
bloqueadores de telefonia celular que não prejudique também a outros usuários.
O que talvez resolvesse
todos os problemas fosse o desenvolvimento de tecnologia capaz de impedir
definitivamente a comunicação de detentos com comparsas que estão soltos, mas
sem que impedisse também a comunicação de celular de outras pessoas que residem
no entorno das prisões. Seria preciso, também, uma mudança total na forma de comunicação
entre presos e seus advogados – muitos deles, com exceções, servem também de
elo de comunicação entre os presos e os bandidos fora da cadeia - além uma melhor estrutura para controle de
entrada de aparelhos celulares nas prisões, armas e drogas, além de outras
coisas proibidas e livremente traficadas, que todos sabemos que têm livre acesso.
Com as prisões se
transformando em “escritórios” de bandidos com acesso a celulares, drogas,
tráficos e regalias devido ao envolvimento de carcerários e advogados também
com o crime, é mais seguro hoje a pessoa ficar presa e comandar o crime de
dentro das penitenciárias do que se arriscar a ficar pelo lado de fora e ser
preso por isso. Quem sofre é a população.
Depois que foi implantada a
onda de terror em Santa Catarina, estendendo-se por vários municípios, com
muitos menores protegidos pelo ECA envolvidos, um novo hábito teve que ser
adquirido quase que na marra: os ônibus mudaram seus horários e agora só andam
escoltados pela polícia; escolas noturnas suspenderam as aulas e a população
deixou de sair à noite com medo de ser assassinada. Enquanto isso, a única
solução mais fácil foi transferir bandidos para prisões federais, mas o
verdadeiro problema não está nisso. Pode até amenizar o terror em Santa
Catarina, mas será por pouco tempo, infelizmente.
Desejo estar errado, mas
acredito que não estarei porque no início pode até haver uma redução, como
realmente houve, mas o terror vai voltar porque a única coisa para resolver
definitivamente a comunicação dos “escritórios do crime” que funcionam em
muitas prisões seria a implantação de um bloqueador de celular que não prejudicasse
as pessoas que residem no entorno das prisões, mas que impedissem completamente
a comunicação de bandidos com o mundo exterior.
Defendo a qualificação de
todos os presos como determina o Código de Execuções Penais, mas acredito estar
querendo demais do Brasil que cobra tantos impostos, mas não consegue
investir em tecnológicas de segurança
que só prejudique os bandidos presos e não todas as pessoas que residem próximos
das prisões. Os bloqueadores de celulares nos presídios é um assunto que vem
sendo discutido há vários anos e ainda não se encontrou uma fórmula ideal para
ser implantada. Ou é por que também existe lobby de presos?
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