Confirmadas as condenações
dos “mensaleiros” pelo STF, mesmo com alguns ministros atuando como “advogados
de defesa” de alguns dos réus, restará uma pergunta: será que foi só mesmo o
Ministro da Casa Civil, José Dirceu, quem comandou tudo? Não acredito, por mais
que ele sempre nutrisse o desejo de se tornar o Primeiro Ministro de um Governo
presidencialista, concentrando até o próprio modo de administrar do presidente
Lula, em seu controle, não acredita que por trás, deveria existir uma pessoa
mais elevada que ele, em termos de comando!
Com relação ao “julgamento”
em si, o que mais se observou foram divergências jurídicas, de opiniões e de
técnicas entre os ministros relator Joaquim Barbosa e o revisor Ricardo Lewandowsk,
que atuou muito mais como advogado de defesa de réus, absolvendo-os quando deveria
e poderia ter simplesmente desqualificado, tipificado-os novamente e os condenado – uma das prerrogativas que o Ministro revisor
teria, mas jamais absolvê-los sumariamente como o fez, depois que o relator
Joaquim Barbosa os condenara antes.
Os ministros nomeados por
Lula, Eros Grau, Carlos Alberto Menezes,
Aires Brito, Carmem Lúcia, Ricardo Lewandowsk, Cézar Pelúzo, mais Celso de Mello e Gilmar Mendes, nomeado por FHC e, ainda, Marco Aurélio Mello,
nomeado por Jose Sarney, formaram uma blindagem, uma barreira de proteção no
STF para que o ex-presidente Lula não fosse também investigado. Menos Joaquim
Barbosa, nomeado por Lula também, originário da carreira do Ministério Público
Federal que, felizmente, cumpriu apenas seu dever moral, constitucional e
jurídico. Dos outros, poucos elogios poderemos fazer!
Deixando de fora a briga entre
os ministros do STF, quem era o verdadeiro chefe do esquema bem montado do
“mensalão”? Será que o Chefe da Casa Civil, José Dirceu, teria agido por conta
própria, sem conhecimento de seu chefe imediato? Volto a dizer: tenho dúvidas
porque, em último caso, o ex-presidente Lula deveria responder pelos atos
praticados por seus ministros, mesmo que como indiretamente responsável e os
demitisse depois.
Fui dirigente de um órgão
paraestatal federal no Amazonas e nada poderia ser feito sem meu conhecimento.
Cheguei a assumir erros de subordinados, até em esfera judicial, porque eu os tinha
contratado e era o responsável, em último caso! Os demitia depois, sem justa
causa, mas assumia os erros ou acertos cometidos por todos, antes.
Fica difícil, portanto,
aceitar que acima do Ministro José Dirceu não estivesse outra uma pessoa, mesmo
que fosse o ex-presidente Lula, afinal, Dirceu não pediu emprego: foi nomeado
por Lula para compor seu ministério. Ou o ex-presidente “não sei, não vi, não
me perguntem nada” ou o que “nunca na história desse país” se viu tanta
roubalheira oficializada, também não tivesse conhecimento desse vergonhoso
esquema que levou muitos candidatos do PT à Prefeito de capitais, para o
buraco?
Será que isso teria o
mínimo de possibilidade de ter sido verdade, também, que o presidente “não
sei”, também não soubesse desse esquema vergonhoso?
Prezado Carlos,
ResponderExcluirO Apedeuta continua livre, assim como o seu filho (que ficou rico durante o governo do pai).
Quase nenhum meio de comunicação falou sobre o assunto. O guri que diziam ser meio bocó, passou de um salário de 800 contos para limpar bosta nas jaulas para tornar-se um "Ronaldinho dos negócios".
E o pai dele continua perambulando por aí tentando armar alguma coisa para livrar a cara dos mensaleiros condenados.
Saudações!