terça-feira, 30 de outubro de 2012

FRALDAS DE PANO, UM LINDO BALÉ AO SOL!




Um lindo e perfeito balé de fraldas de pano dançando ao sol e conversando com o vento!

Era assim que eu via as fraldas brancas de algodão, lavadas com sabão Cutia, e lançadas ao sol para secar em varais, com pregadores de roupa que pareciam cabeças de pessoas presas às cordas!

Como não é possível atribuir a uma só pessoa o invento da fralda descartável, pois foi resultado de um somatório de pequenas melhorias e, como isso também não é relevante na crônica, deixarei de informar que nos anos 40 nos Estados Unidos ocorreu uma escassez de algodão devido à guerra.

Também nada escreverei que foi na Suécia que surgiu a primeira fralda descartável no mundo, e que também na mesma década e semana, nos Estados Unidos, Marion Donovan inventou uma capa impermeável para proteger a fralda da saída de líquidos, resultado de urina e fezes feitas pelas crianças, porque isso também não relevante.

Como também nada direi que as primeiras fraldas foram produzidas com restos de cortinas de banho e, que em seu interior, eram colocados panos convencionais de algodão que, se tornavam lindas e colocadas para “quarar” ao sol, produziam efeito de bandeirolas brancas com um efeito de paz, balançando ao sol! Achava lindo aquele balé frenético de panos dançando ao sol e ao vento.


Via aquilo com olhos arregalados de menino que tinha pressa em crescer para frequentar filmes impróprios para menores de 12, 14, 16 e de 18 anos, e quando passei a frequentá-los, eram apenas filmes de violência e não tinham nada demais! Os impróprios para menores de 18 anos, também não tinham nada demais!

Havia os chamados “ladrões de roupas” ou de “galinhas”, que entravam nos quintais das casas sem muro e levavam tudo o que podiam roubar. Mas para quê os ladrões levavam as fraldas de pano, que mais pareciam bandeiras brancas, em minha imaginação de adolescente sonhador? Será que os ladrões as levavam para colocá-las em suas crianças? Nunca haverei de saber! Ah!

Ah, mas como era lindo ver um balé de fraldas brancas balançando ao vento, pedindo paz para não morrerem tão rapidamente com o advento das fraudas descartáveis, que tiraram toda essa beleza e romantismo no balé que existia nas fraldas de pano!

Ah, isso era lindo demais!


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

NA"DEMOCRACIA DO VOTO IMPOSTO", MUITOS NÃO VOTAM!




Seis milhões dos 31,7 milhões de eleitores aptos a votar no segundo turno das eleições municipais faltaram às urnas, o que representou mais de 19% dos eleitores. Com 100% das urnas apuradas, o número de abstenção no segundo turno ultrapassou três pontos percentuais a mais que o índice do primeiro turno. Esse aumento preocupou o Tribunal Superior Eleitoral e será avaliado pela Justiça Eleitoral, mas pode ser explicado, talvez, pela democracia do voto obrigatório que o Brasil resiste em modificar.

A ministra do TSE, Cármem Lucia, disse “agora cabe aos órgãos tanto da Justiça Eleitoral quanto aos especialistas e cientistas políticos, fazermos essa avaliação porque qualquer aumento é preocupante. Toda abstenção não é boa”, concluiu a ministra. E ela tem razão. Seria talvez porque os eleitores já se cansaram da mesmice de sempre, as mesmas promessas de sempre que quase nunca são cumpridas? Ou seria porque existe uma distância quilométrica entre o que prometem os candidatos e o que deseja o eleitor? Poderia ser, ainda, a falta de candidatos a cargos eletivos, com nomes de qualidade moral nas disputas eleitorais, que estaria afastando os eleitores das urnas?

Como não sou da justiça eleitoral, muito menos especialista e tão pouco me encontro entre os cientistas políticos, como eleitor me arrisco a supor que o problema se encontra no sistema democrático do “voto obrigatório”, mas também podem existir outras explicações para a mesma desmotivação dos eleitores e, exercer seus direitos de votar em bons políticos e mandar para o lugar que merecem os maus políticos que enriquecem a custa dos eleitores com poucos esclarecimentos, objetivos e desejos de participar da vida democrática, mesmo com o voto ainda imposto!

Uma ampla reforma política precisará ser feita para que o voto se transforme em uma decisão consciente do eleitor e não à continuidade da imposição dos partidos. Os partidos indicarão os candidatos e estes terão que convencer ao eleitor que são os merecedores de sua confiança e voto.

No Brasil, os “donos dos votos” dos eleitores continuam manobrando em bastidores e impondo suas vontades ao povo. Em vários Estados, o ex-presidente Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff se prestaram a um papel de cabos eleitorais de vários candidatos a prefeitos de capitais. No caso de Manaus, o presidente Lula chegou a dizer em palanque que preferia votar em qualquer outro “mequetrefe”, menos no seu adversário pessoal, Arthur Virgílio Neto, que venceu as eleições. Na Bahia, ACM Neto também derrotou pelo voto os apelos do ex-presidente Lula, da presidente Dilma e de todos os aliados que apoiaram o candidato do PT à Prefeitura. O eleitor, felizmente, está ficando mais consciente do que no passado e não vota mais pela emoção, mas pela razão, felizmente.  
.

O grande índice de abstenção de mais de seis milhões de eleitores, no segundo turno das eleições para prefeito, ainda é preocupante e o TSE reconheceu que alguma medida precisará ser tomada. Talvez seja a reforma eleitoral que sempre é defendida em épocas eleitorais, mas depois todos se acomodam em seus lugares e esquecem que algo precisa ser modificado, com urgência, para qualificar mais ainda o voto. Talvez, assim, muitos políticos que usam rádios, TVs e outros meios de comunicação percam seus mandatos porque muitos só falam e nada fazem! Vamos esperar!

domingo, 28 de outubro de 2012

YES, MANAUS TEM PREFEITO, PARABÉNS!




Com euforia – foguetório e buzinaço de carros pelas ruas – Manaus deu 65,95% dos votos para Arthur Neto, contra 34,05 para a adversária Vanessa Graziottin, derrotada pela segunda vez. Foram apurados 964.892 votos, dos quais somente 914.839 (94,81%) considerados válidos (94,81), 27.810 em branco (2,88), 22.243 brancos (2,31) e 212.880 abstenções (18,07%).

Em um verdadeiro stryke de boliche foram derrotados, de uma só vez, além da candidata “goela abaixo” Vanessa Grazziotin, também o senador Eduardo Braga, o governador Omar Aziz, o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff, forças políticas do Estado e de além de Lula e Dilma que vieram a Manaus fazer coro em favor da campanha da comunista convertida em evangélica, pedindo voto pelo “amor de Deus” em quem a candidata não acredita por questões ideológicas do partido PC do B, oriundo do PCB.

Não foi uma derrota humilhante e nem derrota. Manaus venceu e não existiu derrotado e nem eleito, mas quem ganhou mesmo foi a população da capital que rejeitou manobras escusas de bastidores com imposição de candidatura que o eleitor não engoliu, aliado ao “mequetrefe de Lula” em favor da candidata derrotada, a bi-prorrogação novamente da ZFM anunciada no final do ano passado durante a inauguração da Ponte Rio Negro por mais 50 anos, enfim.

Os eleitores de Manaus se redimiram na pessoa do prefeito eleito que, agora, terá que se esforçar muito para justificar os votos que recebeu do eleitorado, os foguetórios e os buzinços porque os verdadeiros problemas deverão ser enfrentados a partir do dia primeiro de janeiro de 2013. E não serão poucas as soluções prometidas em campanha: para a falta de água, o transporte coletivo complicado, as ruas que faltam ser construídas, as obras do mercado Adolpho Lisboa e do Paço Municipal, paralisadas e  que já arrastam por anos, o caos total no trânsito da área das Feiras do Peixe e da Banana e a regulamentação dos estacionamentos para idosos, grávidas, portadores de necessidades e cadeirantes, que disputam vagas com caminhões estacionados em filas duplas, moto-taxistas, táxi e táxi-cargas...

O ex-senador Arthur Neto vem de uma linhagem de políticos coerentes e respeitados pelo Amazonas, também ex-senadores pelo Estado. Filho e neto de políticos, Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto, seguiu a carreira política do pai e do avô.  O prefeito eleito pela segunda vez para administrar a cidade  em que nasceu, “banhada pelas águas negras do rio”, militou em sua juventude pelo PCB, posteriormente filiou-se ao PMDB, do qual foi um dos fundadores.

Segundo consta em sua biografia política, Arthur Neto é formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Nacional de Direito, da UFRJ, tendo sido orador do Centro Acadêmico Cândido de Oliveira. É também diplomata de carreira, formado pelo Instituto Rio Branco.

Com o apoio do Jornal A Notícia, do empresário e também político Andrade Netto, Arthur Neto aos 33 anos disputou pela primeira vez um cargo político e ficou com a primeira suplência de deputado federal, elegendo-se ao cargo quatro anos mais tarde, aos 37 anos, sendo reeleito em 94 e 98 e foi um dos líderes do Governo FHC. Depois, foi nomeado Secretário-Geral da Presidência da República e é ex-senador pelo Amazonas. Aos 67 anos, assume pela segunda vez a Prefeitura de Manaus. Em 1988, já tinha sido prefeito de Manaus pelo PSB, aos 43 anos. 

O BRASIL JOGA NO LIXO PARTE DE SUA PRODUÇÃO NO CAMPO!




Dados estatísticos não oficiais realizados por ONGs, garantem que em torno de 30% de toda a produção nacional no campo se perde em transportes inadequados. As razões são várias, e vão desde à falta de embalagens adequadas até à péssima situação da malha viária brasileira. Esse desperdício de alimentos, porém, é o que alimenta parte da população ainda socialmente miserável do país,  uma grande população socialmente carente do país que sobrevive do desperdício, catando frutas, verduras e legumes e descartados e jogados fora nas Centrais de Abastecimentos.  

É lamentável que ainda seja assim no Brasil de tanta produção e exportação de produtos no campo, mas com um meio para transporte e estradas péssimas, estragando os produtos por acondicionamentos em embalagens inadequados, gerando desperdício de milhões de reais todos os anos nas zonas rural e urbana, sempre cada vez mais numerosas e pagando caro pelos alimentos que consome.  Os produtos em grãos, ou derramam das carrocerias de caminhões na margem das rodovias, sempre péssimas e esburacadas, como também pela não cobertura e amarração correta das lonas que deveriam protegê-los.

Além desse precário e sofrível meio de transporte rodoviário, não por culpa dos empresários, mas por culpa do Ministério dos Transportes, que não investe em recuperação da malha viária nacional, temos ainda a certeza de que existem poucas pesquisas para o desenvolvimento de equipamentos próprios e adequados para o transporte adequado da produção do campo.

Nas centrais de abastecimento do Brasil, populações carentes vivem da coleta do que é desperdiçado no lixo pelos feirantes, em uma triste realidade que não deveria mais existir em um país de tantas bolsas e, que, se sente orgulhoso pela sua política social e pelo volume de exportação de frutas, verduras, carnes, mas que também alimenta parte de sua população com restos que são descartados no lixo.

Algumas medidas isoladas de reaproveitamento do que era jogado no lixo, por serem considerados impróprios para o consumo humano, deram certo como a “Cozinha Brasil”, que transforma em sopa produtos coletados, analisados e processados por nutricionistas, dando para alimentar muitas famílias.

Milhares de toneladas de alimentos prontos, também sobram nos restaurantes em todo o Brasil, mas são descartados e jogados no lixo quando poderiam alimentar condenados, hospitais, idosos, creches, Escolas de Tempo Integral e outras instituições sociais, tudo porque não existe um programa consistente de recolhimento dessas sobras e a distribuição direta a esses locais.

Se houvesse confiabilidade, planejamento e seriedade nesse processo de coleta e distribuição dos desperdiçados e descartados no lixo seria uma forma sábia de os Governos não desperdiçarem tanto dinheiro na compra de alimentos. Bastaria que recolhesse os desperdícios em feiras, mercados, supermercados e restaurantes e destinasse-os às áreas necessitadas

sábado, 27 de outubro de 2012

CARLOS GARCIA VÁ EM PAZ COM DEUS, COMPANHEIRO!




O jornalismo da antiga está de luto!

É da antiga. Hoje tem muito jornalista novo e empolgado nas redações, o que é ótimo.

 Mas os da “antiga” sempre me causam muitas saudades e gostosas lembranças.

Faleceu o companheiro CARLOS GARCIA, vítima de doença no coração, o meu “Cagá”, como o chamava carinhosamente e ele me chamava só de “CC”, como fiquei conhecido em A NOTÍCIA! Siga em paz, amigo e que Deus o acompanhe e o abrace em sua nova morada!

Sempre ria quando lhe chamava de “Cagá” e me abraçava. Estava obeso meu amigo, com uma proeminente barriga e já tinha se submetido a vários tratamentos cardíacos,  mas faleceu!

Seu coração, de tão grande que era com seus amigos, ficou maior ainda depois com a doença e o Carlos Garcia não aguentou. Deixou de fumar e de beber. Bebeu muito meu companheiro e, em nosso último encontro casual, o vi com o rosto muito vermelho, notando que alguma coisa não estava bem com ele.

Mas com  um sorriso sempre escancarado no rosto, gritei “Cagá”! Ele olhou, me procurou no meio de pessoas, veio pro meu lado e nos cumprimentamos. Notei o Carlos Garcia um pouco abatido, mas longe de mim estaria pensar que houvesse alguma doença que o estivesse corroendo o coração.

Agora, porém, ele faleceu e não terei mais ninguém para chamar de “Cagá” porque ele era único e sempre será.

Aliás, companheiro Carlos Garcia, conversando com meu amigo da antiga também, o Garcia Neto,  pelo facebook, dei uma ratada e escrevi
“Carlos Garcia”. Depois, me toquei e corrigi, dei-lhe a desculpa de que tinha confundido o nome de Garcia Neto com o seu nome, Carlos Garcia, dois amigos queridos que  eu tenho. Hoje você se foi, companheiro Garcia! Por que não me avisou que iria partir? Ah, não deu tempo!

Seria minha falha momentânea de troca de nomes, um aviso que meu amigo “Cagá”, estaria mal e partiria? Pode ter sido, mas não convivo com esse tipo de superstição, no entanto poderia ter sido exatamente um aviso que Deus estava me dando de que o levaria!

Essa troca de nomes aconteceu na quinta-feira e o companheiro faleceu na sexta-feira. É. Era, sim, um aviso de Deus, dizendo-me que tiraria meu amigo de minha companhia.

Vá em paz, amigo. N’algum dia nos encontraremos onde você estiver.
Estou vendo seu sorriso sempre largo me dizendo que tentou, mas não conseguiu me avisar que iria habitar em nova morada! Não faz mal: ainda vamos nos encontrar de novo!

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

"URUANA ESTÁ DE LUTO": MATARAM GABRIELLY

Comentários: http://carloscostajornalismo.blogspot.com.br/2012/10/uruana-esta-de-luto-mataram-gabrielly.html

“URUANA ESTÁ DE LUTO”: MATARAM GABRIELLY!

Gabrielly, você poderia ter crescido e sido uma pessoa muito séria, honesta em seu meio profissional, perfeccionista e capaz de mergulhar de cabeça em tudo, um pouco aborrecida também...Mas quem saberá quem poderia ter sido a Gabrielly Carolina Rocha Dias, de apenas 10 anos de idade, assassinada barbaramente na cidade de Uruana, município do Vale do São Patrício, em Goiás, com uma população com pouco mais de 13 mil habitantes? Ninguém saberá por que ela foi assassinada!

Logo na terra do escritor, Dhiogo José Caetano, premiadíssimo por  lutar contra a pedofilia, também historiador e professor, isso fora ocorrer? Sua morte, Gabrielly, também deixou o Dhiogo triste, abalado e revoltado. Mas, o que poderia ter sido Gabrielly, se tivesse a oportunidade de crescer, entrar em uma faculdade e constituir família? Mas ela se foi covardemente assassinada!

Gabrielle,  acho que você nem viveu o suficiente para saber que seu nome era de origem francesa e que você poderia ter tido uma ligação muito forte com o setor de saúde, mas que também poderia ter sido impaciente e apressada, e, isso talvez tenha lhe causado a decisão de procurar a filha de seu algoz, Carlos José Moreira, 45 anos, para entregar-lhe um cachorro encontrado na rua, que a mãe de Gabrielly, Rosana Dias da Rocha, não aceitara para criar em casa! Talvez Gabrielly fosse ser uma médica veterinária! Talvez, mas quem vai saber agora?

Gabrielle fora assassinada com duas facadas no corpo, a última no coração, depois que se recusou a sentar em um sofá e namorar o algoz. Não satisfeito, Carlos José Moreira enrolou seu corpo inerte e inocente em um saco de açúcar, depois em um saco preto de lixo, como se fosse um luto e o deixou jogado em meio a um canavial. Preso, confessou friamente o crime e a população da pequena e pacata cidade do interior de Goiás lhe tocou fogo na casa que ardeu como poderia ter ardido perigosamente a pequena Gabrielle, ainda com tantos sonhos a realizar, se tivesse aceitado, mesmo que com o uso da força, os intentos animalescos de Carlos José.

Gabrielle, vá em paz porque o filho mais ilustre de seu pequeno e agora triste município, que tem por padroeiro São Sebastião, ganhou mais um prêmio por seu trabalho em defesa de criança inocente como você com a crônica O NOSSO CORPO PODE SER PERTENÇA DE QUEM ABUSOS TECE, na qual afirma que: (também) “Fui obrigado a fazer coisas que nem eu mesmo sabia o que era. Mas dentro de mim, sabia que era algo errado...”. Ah, Gabrielly, você morreu também por não aceitar fazer  “algo errado”



quarta-feira, 24 de outubro de 2012

MINISTÉRIO ADA, UM DOCE MISTÉRIO!




O Ministério ADA é um doce mistério a ser desvendado!

Formado pelos irmãos de sangue Alfredo, Darla e Albano, com três vozes diferentes, mas que formam uma só, é um grupo maravilhoso de música para Deus!  Mais não é simplesmente por isso que o Ministério ADA é ótimo. Existem também, as primeiras letras de nomes dos irmãos, Alfredo, Darla e Albano que, também forma a palavra “Ministério A Deus Adoramos”- ADA. Eis o primeiro mistério já desvendado.

Como se só isso não bastasse, existe também muito amor entre os irmãos e um talento musical surpreendente para a interpretação de músicas em louvor a Deus. Sua música encanta a todos que a escutam e nos faz viajar pelas suas vozes, segurando em nossas mãos e nos conduzindo por um som harmônico, agradável e surpreendente belo! Mais um mistério desvendado!

Alfredo, Darla e Albano surpreenderam a mim e a todos os que assistiram ao show musical no Ginásio do Colégio Literrarus, na sexta-feira quando a noite já se fazia tarde e o dia ainda não estava dando o ar de suas luzes do sol, cantando músicas de seu terceiro CD. Mas para quê tanta pressa? Se ao final, todos seriam recompensados com músicas maravilhosas, ternas, perfeitas em suas letras, magníficas em suas interpretações e emocionantes em alguns momentos! Outro mistério, enfim, revelado!

Ouvindo-os, viajava em suas vozes de graves e agudos, imaginando os três cantando uma Opera para Deus, como se fosse uma única voz, mesmo que divididas em três. As três vozes são geniais! Cantar só para mim, o Grupo ADA? Mistério que só cabia em minha imaginação de sonhador!

Fechava os olhos para ouvi-los em separado e conseguia visualizá-los interpretando as músicas só para mim, como se fosse a um concerto exclusivo. Viajava! Que egoísmo o meu? Mais um mistério que não pretendo revelar!

O Ministério ADA também é um mistério! Alfredo é tenor. Darla é soprano. Albano e barítono! As três vozes juntas formam uma melodia maravilhosa, arrebatadora, fascinante e inspiradora. Vale à pena conferir esses talentos que cantam e encantam pelo Amazonas, o Brasil e o Mundo. Esse Mistério acontecerá, em breve!

O Ministério ADA é um mistério maravilhoso para ser desvendado porque primeiro a cantar foi Alfredo, depois Darla se incorporou ao irmão e o último foi o barítono Albano. Hoje, os três formam uma só voz e uma só voz que canta para Deus e encanta para os homens de Deus!  Como três vozes díspares conseguem formar uma só voz, com tanta harmonia e beleza. Os irmãos dizem que só Deus explicará esse último mistério!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

343 ANOS DE MANAUS: FESTEJAR O QUÊ?




O que fizeram com você minha Manaus, em seus 343 de emancipação? Antes era cidade sorriso, a cidade morena e hoje é a Manaus “do já teve”, a Manaus careca. O que teríamos para comemorar em seus 343 anos de emancipação?  Não sei!

Talvez, seja o trânsito caótico pelas ruas que não acompanharam o  desenvolvimento e seu “inchaço” ou o abandono de suas obras públicas ou a falta de regulamentação das Resoluções do Contran? Hoje, mulheres grávidas, deficientes, cadeirantes, idosos e portadores de necessidades especiais têm que disputar com táxi, táxi carga, táxi frete, e motos, espaços de estacionamentos que deveriam ser obrigatoriamente demarcados e respeitados com táxi carga, táxi frete, táxi e motos.  Manaus, sem cidadania e respeito às Resoluções! Será que isso que devemos comemorar no aniversário de Manaus?

Quem sabe, teria que comemorar acendendo velas, fazendo bolo e cantando parabéns a você para o abandono no processo de recuperação dos desprezados Paço Municipal, a antiga sede da Prefeitura de Manaus e do centenário Mercado Municipal Adolpho Lisboa?  Ou quem sabe ainda, o trânsito caótico na área do Porto de Manaus, com estacionamentos de caminhões de carga e descarga de mercadorias para os barcos ancorados no porto na Manaus Moderna, em fila dupla, tripla, mas que de “Moderna” mesmo só existem as placas da municipalidade informando “modernizando Manaus”!?

Ou seria, comemorar a criação de seu terceiro ciclo econômico sem que tenha existido um segundo? Talvez, comemorar as palafitas que se formaram no entorno do Distrito Indústrial, a violência urbana, a falta de leitos hospitalares e de instrumentos cirúrgicos em hospitais públicos para realizar neurocirurgias infantis?  É...talvez tenhamos para comemorar as milhares de crianças esperando fazer uma neurocirurgia e que morrem antes sem conseguir esse direito!!

Não consigo ver ou encontrar muitas coisas para serem comemoradas nesse aniversário de Manaus, a não ser o caos e a desilusão social de pessoas que ainda mendigam e catam nas caçambas de lixo frutas, legumes ou peixes estragados, para matar sua fome de alimentos, enquanto mais de 30% da nossa produção é jogada fora por falta de transporte adequado e local para armazenagem!

Talvez seja para comemorar a contínua falta de solução para a falta de água, desqualificação profissional, desemprego ou simplesmente as propostas dos candidatos a Prefeitos,  que se repetem em todas as eleições municipais, com soluções para os camelôs, quem sabe!? Ou, ainda, a bilionária ponte Rio Negro, ligando Manaus a vários municípios da Região Metropolitana? Talvez a prorrogação por mais 50 anos da ZFM, anunciada no final do ano passado pela presidente Dilma? Quem saberá responder, eu não sei o que temos para comemorar! Mas felizmente temos alguma coisa, sim, para comemorar: a burocracia, a falta de creches para crianças, a falta de água nas torneiras, as promessas quase nunca são cumpridas pelos administradores públicos, o desprezo com a própria cidade de Manaus. Isso precisa ser comemorado nos seus 343 anos de fundação.

Vamos bater palmas, Manaus merece!

AFINAL, QUEM ERA O VERDADEIRO CHEFE DO "MENSALÃO"?




Confirmadas as condenações dos “mensaleiros” pelo STF, mesmo com alguns ministros atuando como “advogados de defesa” de alguns dos réus, restará uma pergunta: será que foi só mesmo o Ministro da Casa Civil, José Dirceu, quem comandou tudo? Não acredito, por mais que ele sempre nutrisse o desejo de se tornar o Primeiro Ministro de um Governo presidencialista, concentrando até o próprio modo de administrar do presidente Lula, em seu controle, não acredita que por trás, deveria existir uma pessoa mais elevada que ele, em termos de comando!
          
Com relação ao “julgamento” em si, o que mais se observou foram divergências jurídicas, de opiniões e de técnicas entre os ministros relator Joaquim Barbosa e o revisor Ricardo Lewandowsk, que atuou muito mais como advogado de defesa de réus, absolvendo-os quando deveria e poderia ter simplesmente desqualificado,  tipificado-os novamente e os condenado  – uma das prerrogativas que o Ministro revisor teria, mas jamais absolvê-los sumariamente como o fez, depois que o relator Joaquim Barbosa  os condenara antes.

Os ministros nomeados por Lula, Eros Grau, Carlos Alberto  Menezes, Aires Brito, Carmem Lúcia, Ricardo Lewandowsk, Cézar Pelúzo,  mais Celso de Mello e Gilmar Mendes,  nomeado por FHC e, ainda, Marco Aurélio Mello, nomeado por Jose Sarney, formaram uma blindagem, uma barreira de proteção no STF para que o ex-presidente Lula não fosse também investigado. Menos Joaquim Barbosa, nomeado por Lula também, originário da carreira do Ministério Público Federal que, felizmente, cumpriu apenas seu dever moral, constitucional e jurídico. Dos outros, poucos elogios poderemos fazer!

Deixando de fora a briga entre os ministros do STF, quem era o verdadeiro chefe do esquema bem montado do “mensalão”? Será que o Chefe da Casa Civil, José Dirceu, teria agido por conta própria, sem conhecimento de seu chefe imediato? Volto a dizer: tenho dúvidas porque, em último caso, o ex-presidente Lula deveria responder pelos atos praticados por seus ministros, mesmo que como indiretamente responsável e os demitisse depois.

Fui dirigente de um órgão paraestatal federal no Amazonas e nada poderia ser feito sem meu conhecimento. Cheguei a assumir erros de subordinados, até em esfera judicial, porque eu os tinha contratado e era o responsável, em último caso! Os demitia depois, sem justa causa, mas assumia os erros ou acertos cometidos por todos, antes.

Fica difícil, portanto, aceitar que acima do Ministro José Dirceu não estivesse outra uma pessoa, mesmo que fosse o ex-presidente Lula, afinal, Dirceu não pediu emprego: foi nomeado por Lula para compor seu ministério. Ou o ex-presidente “não sei, não vi, não me perguntem nada” ou o que “nunca na história desse país” se viu tanta roubalheira oficializada, também não tivesse conhecimento desse vergonhoso esquema que levou muitos candidatos do PT à Prefeito de capitais, para o buraco?

Será que isso teria o mínimo de possibilidade de ter sido verdade, também, que o presidente “não sei”, também não soubesse desse esquema vergonhoso?

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O FILME, A CHUVA E O FRIO!




Sentia frio deitado dentro da rede, sempre que estava assistindo a qualquer filme no qual se formasse tempo de chuva e me embrulhava dos pés à cabeça porque pensava que, assim, ficaria protegido. Também gostava de dormir com o barulho de chuva caindo em cima do zinco e das palhas que cobriam nossa casa no bairro da Betânia, pensando na casa em que moramos no  “Varre-Vento”, distrito do município de Itacoatiara.

No cinema, se assistia a filme com chuva também, só cruzava os braços sobre o peito para disfarçar que eu estava sentindo frio também. Os olhares sobre meu gesto eram indisfarçáveis. “Será que esse rapaz está com frio mesmo?”, deviam se perguntar os que para mim olhavam. É, estava mesmo sentindo frio, só que ninguém poderia saber, por isso cruzava apenas os braços por falta de cobertas no cinema, como existem em aviões.

A selva que via em filmes de Tarzan ou em qualquer outro que assistia com o mesmo cenário, lembrava-me do sítio em que residi em “Varre-Vento” por onde gostava de correr por baixo das árvores  em meio a chuva,  ouvindo os gritos de minha “menino, sai da chuva, você vai ficar doente”. E eu lá queria saber de atender minha mãe, queria era correr,  me divertir sozinho ou com os irmãos que em algumas vezes apreciavam minhas loucuras infantis e se divertiam ao meu lado.

Muitas vezes, parava para me deliciar com a água que escorria pela “biqueira” da casa. Diziam que a água que caía do céu pela chuva era uma das mais limpas que podiam existir, mas nunca bebi porque tinha medo, embora não tivesse medo de quase nada e sonhasse com dias melhores, apenas!

Deitado na rede, assistindo a um aparelho de televisão em preto e branco, com válvulas que demoravam a aquecer para surgir à imagem, como se fosse mágica, imaginava minha vida, não com frio da chuva dos filmes, não só correndo em meio aos pés de cacau nativo de meu avô, no Varre-Vento, muito menos colhendo folhas de fumo que José Raimundo enrolava em formato de corda e depois cortava em partes para preparar seus “cigarros de palha” enrolados em papelinhos, ou vendo meu irmão Roberto bebendo leite “direto da fonte”, socando o ubre da vaca como se fosse um bezerro com raiva; mas uma bem diferente, só não esperava que fosse tomando remédios todos os dias para combater duas infecções hospitalares ainda incuráveis para a medicina!

Ah, como era gostoso assistir aos filmes com chuva, sentir um frio gostoso e me embrulhar todo, dos pés à cabeça, mesmo quando estava fazendo calor, pensando nas peripécias que fazia quando morava no interior!



domingo, 21 de outubro de 2012

"GUERRA" DECLARADA ENTRE PM E BANDIDOS EM SP: RIDÍCULA!




Ridícula, imoral e desmoralizante, é como consigo analisar a “guerra” declarada entre policiais e os bandidos presos nas cadeias em São Paulo, porque quando a adversidade e a mazela social passam a interagir em nosso meio e, passam a ser encaradas como normal e natural alguma coisa está errada em nossas mentes que precisa ser redirecionada à normalidade.

Os bandidos continuam a usar aparelhos celulares de dentro das cadeias, a planejar crimes, a ordenar assassinatos de policiais militares e tudo isso está sendo aceito como uma coisa normal e natural – o que não o é -. A única coisa que a Polícia faz é gravar os telefonemas dos bandidos e exibi-los como um troféu nas redes de televisão em uma grande demonstração de incapacidade por parte do Aparelho de Repressão do Estado. Por quê?

A batalha entre os policiais militares e os bandidos presos está se tornando desmoralizadora para os membros do Aparelho de Força Repressora de Estado, a PM de São Paulo, com mais de 70 baixas em suas fileiras. Para cada bandido morto pela PM, dois policiais têm que ser assassinados, para agradar ao crime organizado.

Embora na cadeia, presos, os bandidos continuam mais organizados que a Polícia, que nunca conseguiu implantar por quaisquer meios possíveis,  um sistema bloqueador de sinais de celulares dentro dos presídios, sem que afetasse também os usuários próximos. Os bandidos estão completamente livres para agir usando seus aparelhos móveis de comunicação, mandando matar policiais militares, determinando sequestros, extorsões e outras atrocidades contra a sociedade que deveria ser protegida!

Contra os membros da corporação militar, tudo pode: processos, punições, expulsões etc. Contra os bandidos, nada é feito, a não ser a gravação de telefonemas usando os “proibidos” aparelhos móveis de comunicação, depois usados como prova da existência de outro crime mais sofisticado, “impossível” de ser combatido, impedido ou eliminado pela simples falta de instalação e o uso de bloqueadores de sinais. É demais!

Se um bandido preso ordena por um aparelho de celular, que nunca conseguiram bloquear, a morte de dois policiais por cada “irmão” morto, fica só na escuta telefônica gravada pela própria polícia.  Mas se um policial reage e mata um bandido, mesmo reagindo a uma agressão, é aberto um inquérito na corregedoria da PM, o policial é processado, expulso da corporação e até que consiga provar que matou em legítima defesa já lhe sobraram muitos aborrecimentos e humilhações.

Não estou defendendo que o policial militar saia matando indiscriminadamente, mas que pelo menos consigam uma tecnologia para bloquear os sinais de celulares dentro das prisões, mesmo as de segurança mínima ou de nenhuma segurança, o que seria um avanço.

Hoje, nas ruas de São Paulo, o Policial Militar está sendo assassinado, mesmo quando está sem farda, porque os bandidos presos têm mais informações sobre quem é e quem não pertencente à corporação, do que a PP-2, o setor de investigação reservado da PM tem sobre os criminosos que, embora presos, até em segurança máxima, continuam livres, leves e soltos com seus celulares para determinar qual o policial que deve morrer ou permanecer vivo na selva de pedra que é São Paulo nos dias atuais.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

A LUA ESTUPRADA!


Ah, lua, por que eu a admiro tanto?

Seria, talvez pelo seu brilho no céu, ou por que tenho medo que os astronautas voltem a pousar em seu carpo, lhe espetem com bandeira, caminhem na luz de sua claridade e beleza ou matem o cavalo de São Jorge?

Mas nem eu mesmo sei!

Ou seria por que você tem inspirado a poetas terráqueos com sua luz, beleza e majestade?  

Também não sei responder!

Mas o que desejo lhe confessar, minha lua, é que escrevi muitos poemas pensando em você, metaforizando sua beleza e majestade. Também desejo lhe informar que só não enforquei o Neil Armstrong quando ele, com sua bandeira americana a deflorou em seu lindo, suave e frágil corpo, enfiando-a em sua beleza, porque Neil reside nos Estados Unidos, e entrou para a Nasa dois anos antes que eu ganhasse vida!

Ah, mas como o Neil foi ingrato com você! Esse astronauta que anunciou que estava dando um pequeno passo em sua beleza, mas que seria um grande feito para a humanidade!

Fiquei com ódio, raiva mesmo, e passei algum tempo sem olhar para o céu porque não queria vê-la triste; nem levantava o olhar porque tinha medo de não ver mais o lindo cavalo de São Jorge matando o dragão.

Por que o Neil Armostrong em vez de enfiar a bandeira americana tremulante, mesmo sem vento lunar em seu corpo, ele não ajudou São Jorge a matar o dragão que quer lhe comer?

Ainda bem que o astronauta que lhe deflorou sua beleza não voltará mais ao espaço porque morreu aos 82 anos como um dos “maiores heróis americanos”, dito pelo presidente Barak Obama.

Minha lua, você sabia que o Neil recebeu muitas condecorações em seu país depois que a violentou, a estuprou, lhe espetou uma bandeira americana em seu corpo indefeso? Será que ele merecia tudo isso, só por ter retirado de você um pouco de sua beleza que encanta os poetas na terra?

Sei lá! Acho que por ter lhe retirado a paz, pisado em seu corpo indefeso, não ter matado o dragão de São Jorge que lhe quer devorar, mas ter deixado seu brilho que clareia e inspira poetas idiotas como eu, deveria até ter morrido, com todas as honras de herói. Mas, nada, além disso, merecia só por tê-la acordado com sua bandeira fincada em seu corpo, estuprando-a, naquele dia 20 de julho de 1969, assustando a muitos no interior do Amazonas, inclusive a mim, menino inocente e sonhador, de apenas nove anos, que ouvia também pelas ondas do rádio de pilha a narrativa da grande façanha e que vi minha avó chorando, dizendo que o mundo iria acabar!

Ah, minha lua, que você viva em paz, clareando a outros muitos poetas e cronistas bobos como eu, que tanto reverenciam sua majestosa beleza e que seja infinita enquanto possa durar, como dizia o poetinha Vinicius de Moraes! 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A DEPENDÊNCIA QUÍMICA, O MAL DO SÉCULO!



À Rosalina Arantes (MG), símbolo de  luta em favor da recuperação contra a dependência química de seu filho.

Maltrapilhos, abandonados pelo Governo Federal, seres humanos doentes em forma de crianças, jovens, adolescentes e adultos dependentes de crack e outras drogas lícitas e ilícitas perambulam pelas ruas do Brasil, à espera de algum programa de tratamento governamental contra o mal que já virou uma epidemia nacional, uma vergonha nacional e mundial, mas os políticos não ligam e nem querem saber do problema porque viciados, embora possuidores de títulos eleitorais, não votam, não elegem ninguém e, nas estatísticas oficiais não passam de meros números aleatórios, sem qualquer importância!

Desprotegidos pela sociedade, pelo governo, pelos políticos e também por falta de políticas públicas, com o oferecimento de clínicas e hospitais compostos por equipes multiprofissionais, todos são abandonados à própria sorte e os seus problemas, que são de toda a sociedade brasileira, também. Mas antes de deixarem de votar, todos os dependentes químicos eram seres humanos, trabalhadores, mas, devido suas fraquezas interiores por motivos diversos que não ter importância, com a ajuda dos traficantes que aproveitam suas fraquezas psicológicas para viciá-los, se transformaram em dependentes químicos, doentes, esperando tratamento médico e se amontoando em cracolândias da vida; tornaram-se indesejáveis, fizeram cair o preço dos imóveis nos locais em que perambulam e aumentam as estatísticas da violência pois para continuar alimentando seus vícios ao crak, maconha, cocaína ou álcool, roubam até da própria família , matam, estupram, se prostituem e o Governo Federal se omite totalmente por não implantar um programa sério de enfrentamento às drogas, para  desintoxicá-los e devolvê-los ao convívio social em um processo lento, demorado e que sempre têm recaídas, pois são piores do que a entrada no vício.


Enquanto isso, como um cartão postal social do Brasil, os dependentes químicos do país desfilam suas mazelas sociais pelas ruas, com sandálias de dedos e mãos totalmente queimadas pelas pedras de crak que, ao fumar, acende e apaga como uma lanterna; com seus narizes entupidos de cocaína cheirada; seus braços totalmente picados pelas drogas injetáveis e seus corpos mutilados pela violência policial de seguidas prisões. Só que todos são apenas vítimas inocentes de traficantes e só esperam mesmo pelo tratamento contra seus vícios, mas sem custos para os doentes porque hoje somente as ONGS e Igrejas Evangélicas e Católica tratam desse mal social, desse flagelo que embarga a todos e embaraça às autoridades públicas, a um custo muito elevado para as famílias.

Será Deus me chamará desse mundo material antes de ter a oportunidade e a alegria de aplaudir um Programa Governamental de enfrentamento ao “mal do século” que é a dependência química? Será que ainda verei dependentes químicos entrando em Escolas, Igrejas ou outros lugares, totalmente recuperados declarando que “fui um dependente químico, o Governo me tratou em entidades especializadas públicas, sem custo para meus familiares e hoje não posso nem chegar perto de drogas e nem de meus  antigos colegas viciados” como todos eles foram um dia? Será que um dia qualquer, de uma época qualquer que eu ainda esteja vivo, poderei ver e ter esse sentimento de brasilidade? É meu sonho; mas, não minha certeza! 

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

AS FAVELAS DO RJ ESTÃO "PACIFICADAS". E AGORA...?




As favelas do complexo de Manguinhos e Jacarezinho, no Rio de Janeiro, foram pacificados em menos de 20 minutos, sem um único disparo de tiro, mesmo com enorme aparato policial da PM, Exército, Polícia Rodoviária Federal e da Marinha, com guardas fortemente armados, carros blindados e tanques de guerra desfilando pelas vielas.  E agora, o que será feito? Só a “pacificação” não será suficiente para resolver todos os problemas sociais das favelas, inclusive porque também nenhum bandido chegou a ser preso nem antes, durante ou depois da operação, apesar de todo o aparato policial cinematográfico.

As favelas do Rio anteriormente “pacificadas” estão merecendo atenção das esferas sociais e econômicas dos Governos Federal, Estadual e Municipal. Eventos internacionais de música e outras promoções visando à integração das favelas estão sendo promovidos nos locais, turistas e investimentos ressurgiram, o setor imobiliário investiu,  o setor imobiliário cresceu mas, mesmo assim, continuam tendo problemas em questões da área social e moral, com mortes de PMs e policiais militares ainda envolvidos com milícias e o tráfico. As favelas “pacificadas” de Manguinhos e Jacarezinho,  também passarão a ter os mesmos problemas, além de outros que surgirão.

Muitos adolescentes dependentes de crack, tutelados pelo Estado,  recolhidos pela Secretaria de Assistência Social, já voltaram para as ruas menos de 10 horas depois de retirados e criaram um novos espaços, ocupando ruas e transformando-as em cracolândias. Os adultos, que não podem ter imposição de tratamento compulsório contra a dependência química, estão se recusando à oferta médica do Estado e não podem ser recolhidos, infelizmente. O que fazer? Persistir com erros e acertos, porque nunca foi fácil tratar a dependência química voluntariamente, quanto mais por imposição.

A palavra pacificar significa “restabelecer a paz, restituir a paz, restabelecer a calma”. Também existe sinônimos para a palavra “pacificar”, como “aliviar, atenuar, congraçar, desapoquentar, harmonizar, mitigar, reconciliar, serenar, sossegar e tranquilizar”. Mas a palavra só pode ser empregada em caso de guerra declarada, o que não foi o caso das ocupações pela PM, Polícia Rodoviária, Federal, Exército e Marinha com soldados, blindados, tanques de guerra nas favelas do Rio de Janeiro.

Acreditando que o sentido de “pacificar” esteja mais voltado aos sinônimos, o importante é que socialmente as favelas do Rio de Janeiro passaram a viver com alívio, congraçamento, de forma harmônica, serena, sossegada e tranquila, mas poderá ser por pouco tempo porque os bandidos continuam soltos e voltarão a agir, a menos que os serviços públicos do Estado comecem a ser executados imediatamente para justificar a ocupação das favelas.

O tratamento contra a dependência do vício do crak precisa continuar, mesmo que seja somente para alívio de muitas famílias de dependentes químicos, destroçadas social e moralmente pelos seus filhos adolescentes “drogaditos”. Os dependentes químicos maiores de 16 precisam receber também qualificação para o mercado de trabalho e serem encaminhados ao emprego formal. Contudo, mesmo sendo importante a recuperação social dos dependentes químicos, os pais dos menores em tratamento, também precisarão ser treinados para o mercado de trabalho, encaminhados ao emprego, sob pena de seus filhos retornarem às ruas para continuar consumindo, traficando, roubando, praticando violência, se prostituindo  para  manter o vício.

A recuperação de menores dependentes químicos não será fácil e nem rápida, principalmente porque não existe remédio que alivie o período da abstinência química. Mesmo assim, deve ser uma das metas sociais do Governo Municipal do Rio de Janeiro, dentro das favelas pacificadas sem tiros, ainda. Não é só o adolescente que precisará de tratamento; as famílias deverão ser preparadas para a nova realidade porque todos se encontravam doentes pela de falta do exercício de  cidadania, lazer, saúde, educação, creches...

terça-feira, 16 de outubro de 2012

REDAÇÃO DE JORNAL; SAUDADES DE UM TEMPO ROMÂNTICO!



(em homenagem à Wilson, linotipista, Raimundo Cardoso e Raimundo Holanda, copy desk em A NOTÍCIA e Veríssimo, diagramador no DIÁRIO DO AMAZONAS)    

Como saídas de um sonho, em uma antiga redação de jornal, depois de o jornalista escrever suas palavras, novamente letras mágicas caíam da imensa máquina de linotipo, usada por profissionais linotipistas, que reproduziam a beleza dos textos jornalísticos e crônicas e amanheciam estampados graficamente em papéis de jornais no dia seguinte.

Tudo começava um pouco antes, nas redações dos jornais.

Depois que o profissional de comunicação produzia o texto em antigas, mas consideradas modernas máquinas de escrever, seguia para o copy desk – tive dois, Raimundo Holanda e Raimundo Cardoso, em A NOTÍCIA, já falecido, irmão de uma amiga da família, a funcionária aposentada da ALE, Lourdinha, – no Diário do Amazonas, o Veríssimo, diagramador da página, gente boa e brincalhona que, com réguas e cálculos verificava,  conferia e somava as letras e ao final,  colocava tudo dentro de um espaço marcado com a régua na página, com código em cada matéria.

Depois, enroladas as matérias separadas dos títulos, codificadas também, tudo passava para a sala da linotipia, com várias máquinas  que suportavam letras cunhadas em chumbo – uma espécie de máquina de escrever, só que em tamanho gigante.

Os linotipistas das antigas máquinas - hoje  existentes só como peças de museus – era os que davam a verdadeira dimensão e perfeição aos textos jornalísticos. Nada podia ser modificado. Os profissionais dessa área eram uma espécie de copistas do que o jornalista escrevia, nem por isso tinham menos importância.

Copiados em chapas de raio X, revelados, cortados os espaços para as fotos, seguia tudo para a máquina de impressão. As primeiras eram uma espécie de repetidora e imprimiam uma a uma as páginas. Depois, as mais modernas, possuíam cilindros onde eram colocados os filmes e por isso ganharam o nome de rotatórias. As tintas eram imprescindíveis nessa etapa e os jornais consumiam muitas latas.

Os primeiros jornais eram difíceis de serem lidos. As letras eram difíceis de serem produzidas uma a uma e ficavam desalinhadas nas frases. Todas tinham que ser colocadas em espaços específicos das máquinas de linotipos, para permitir que letras mágicas caíssem uma a uma e ocupassem seus lugares, formando palavras, frases e parágrafos.

Hoje, tudo está moderno, os cálculos, espaços, contagem de letras, manchetes de páginas...tudo passou a ser feito diretamente no computador. A época romântica do jornalismo desapareceu e tudo ficou mais chato, apesar de mais moderno.

A profissão de linotipista desapareceu! Como acredito que irão desaparecer as profissões de “copy desk” e de diagramador de jornais, pois tudo agora é feito pelo computador. Só não desaparecerão os homens para executar esses trabalhos, felizmente!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

PROJETO DE GOVERNO E PROJETO DE PODER




Uma coisa é projeto de Governo; outra, totalmente diferente é Projeto de Poder. Para executar projeto de Governo bastará a presença atuante dos Aparelhos de Estado ocupando seus espaços e cumprindo seu dever. A montagem e execução de um Projeto de Poder Político correm o risco de os “meios justificarem os fins” e terminar em outro caso de “mensalão”, julgado pelo Supremo Tribunal Federal.


Eni, vidi, vici  ou “Vim, vi, venci”, frase latina supostamente proferida pelo general e cônsul romano Júlio Cesar, em 47 a.C., descrevendo a vitória sobre Farnaces II do Ponto, na “Batalha de Zela”, proclamando seu feito  e querendo mandar um  recado aos senadores de seu poder militar porque Roma estava passando por uma guerra civil, também está servindo de modelo para os governantes do PT para mandarem seu recado à sociedade brasileira: “vim, vi e venci. Estou mandando agora e qualquer meio justifica o fim para continuar no poder” ou, ainda, “vim, cheguei ao poder, gostei, venci a todos os incrédulos e vou continuar mandando no Brasil”.


Hoje, a frase famosa - Eni, vidi, vici  - é utilizada em negócios, competições e na área jurídica, mas também poderia ser a frase mais perfeita para definir o comportamento político dos antigos dirigentes  do Partido dos Trabalhadores, condenados pelo crime do “mensalão” pelo Supremo Tribunal de Justiça.


Há várias formas de explicar a sede e apego ao poder do Partido dos Trabalhadores. O doutor em ciências sociais e mestre em planejamento econômico, Paulo Roberto de Almeida (www.pralmeida.org), escrevendo sobre “Projeto de Governo e Projeto de Poder”. disse:“Tudo indica que o projeto de governo, se algum dia existiu, foi tragado pela vitória eleitoral, permanecendo em seu lugar apenas o projeto de poder.”
Outra forma de explicar os 24 anos que os dirigentes levaram para chegar ao poder seria pelo “Mito da Caverna,” de Platão, alegoria utilizada no livro “A República”, para explicar pessoas sem ambição e que viviam dentro de uma caverna, vendo apenas sombra de um mundo desconhecido. Isso explicaria, talvez, como antes do Poder,  dirigentes do PT viviam em uma espécie de caverna política e desconheciam o poder.


Mas utilizando-se de estratégias de “Cercamento dos Aparelhos de Estado”, defendida pelo jornalista, filósofo, cientista político, comunista e antifascista italiano Antônio Gramsci (1891/1936) em releitura de “O Capital”, de Karl Max (l818/1883) chegaram à Presidência da República com Lula, gostaram, cercaram mais ainda os Aparelhos de Estado, colocando autoridades em posições estratégicas para o Governo Federal  e iniciaram o esquema do “mensalão” porque tinham a certeza que nunca seriam descobertos e denunciados. Descobertos, assumiram que o dinheiro arrecadado e recebido ilicitamente era “caixa 2” para pagar “dívidas de campanha”, como se isso também não fosse outro crime.


Uma dúvida ainda me resta: como o esquema do mensalão foi executado na ante-sala de Lula, pelo chefe de Gabinete da Presidência da República, José Dirceu com a total aceitação do dirigente nacional do PT, José Gesuíno, e o presidente da República não ficou sabendo de nada?  Será que Lula sabia ao menos que era presidente do Brasil? Fica claro que o PT não queria executar apenas um Projeto de Governo, mas o Projeto de Poder para se manter no Governo!

"MOVIMENTOS SOCIAIS AO LONGO DA HISTÓRIA"



Diversos movimentos sociais legítimos, por questões ideológicas de poder, foram criminalizados e combatidos ferozmente pelo marechal Luiz Alves de Lima e Silva, agente do aparelho repressor do Estado e transformados em meros movimentos subversivos contrários  às decisões tomadas pelo Governo Central do Império.


Dentre os legítimos movimentos populares, transformados em movimentos revolucionários ao Poder do Império, foram sufocados se encontram os da “Sabinada”, “Balaiada”, “Cabanagem”, “Guerra dos Farrapos” ou “Revolução Farroupilha”, cada um deles em nome de uma causa ou por um motivo específico.


Eis que agora, em interessante trabalho de pesquisa histórica, o professor, historiador, poeta, cronista e colunista de jornais em Uruana, em Goiás, Dhiogo José Caetano, volta a escrever sobre o mesmo assunto, in “Movimentos Sociais ao longo da História – literatura, história e os movimentos na República Brasileira,” e conclui que  “quando analisamos o processo histórico do Brasil, notamos os graves problemas com relação à própria estruturação do país, que é marcado por momentos de dor, tortura, exílio, medo e mortes. Na identidade nacional podemos encontrar o ranço negativo que contribuiu para a formação e estruturação do Brasil de hoje.”


Como afirmei na crônica MOVIMENTOS SOCIAIS REPRIMIDOS, o professor Dhiogo José Caetano, também assegura que “os graves problemas (estruturais ) existentes resultaram em inúmeros movimentos sociais (pela falência dos aparelhos de Estado), movimentos guiados por teóricos oriundos do marxismo, sejam eles vinculados ao espaço urbano ou rural. Tais movimentos, quando se referem ao espaço urbano possuíam um leque amplo de temáticas como, por exemplo, as lutas por creches, por escolas públicas, por moradia, transporte, saúde, saneamento básico etc. Quanto ao espaço rural, a diversidade de temáticas expressou-se nos movimentos de bóias-frias (das regiões cafeeiras, citricultoras e canavieiras, principalmente), de posseiros, sem-terra, arrendatários e pequenos proprietários (...)

Vai mais além e diz que “cada um dos movimentos possuía uma reivindicação específica, no entanto, “todos” expressavam as contradições econômicas e sociais presentes na sociedade brasileira (...) No século XXI nos deparamos com alguns movimentos que ainda mantém uma influência importante nos meios sociais como: Movimento Estudantil, Movimento Feminista, Movimento Hippie, Fórum Social Mundial – FSM, Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST”.


Decidi abordar esse assunto mais uma vez, quando vi, pela televisão, integrantes de movimento social que defendia moradias populares em Taboão da Serra (SP), tentaram invadir o plenário da Câmara, chutaram, arrancaram e arremessaram encostos de cadeiras, chutaram as grades e arremessaram objetos contra os parlamentares, ao perceberam que o projeto de moradia popular não seria votado pelos vereadores.


Pergunto-me mais uma vez: se eram os integrantes dos movimentos sociais que promoviam mesmo essas agressões ou eram baderneiros envolvidos dentro dos legítimos movimentos sociais?


Recebi críticas e as aceitei porque todos os movimentos sociais ao longo da história foram transformados em movimentos desestabilizadores dos governos constituídos e reprimidos violentamente pelo Aparelho de Estado, a PM. 


Concordando com o trabalho de pesquisa do professor Dhiogo Caetano e mesmo criticado e aceitando às críticas de leitores sobre esse polêmico e complexo assunto dos movimentos populares, volto a me perguntar: será que os movimentos não teriam outras formas de protestar, reivindicar e exigir sem depredar o patrimônio público em nome de uma causa? No final, todos pagarão a conta porque os recursos sempre saem do contribuinte. O “governo”, enquanto Estado, é um mero arrecadador de tributos e impostos, não trabalha e foi uma criação histórica de todos em benefício do bem comum de todos!

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

PAPEIS VELHOS, LEMBRANÇAS NOVAS!



                                                               “Hoje eu vou mudar
                                                                                          Vasculhar minhas  gavetas
                                                                                          Jogar fora sentimentos
                                                                                           ressentimentos tolos”.
                                                                                            (MUDANÇAS – Vanusa)

Rearumando pastas e gavetas vi minha vida.. “.(EDNA LOPES in  Rearumando a vida- Recanto das Letras)


Edna Lopes, cronista e professora de Alagoas, têm razão quando escreveu que arrumar papel velho, é viajar no tempo também!

Hoje, viajei em lembranças e revisitei meu passado, sem sair do local.

A viagem sentimental começou enquanto arrumava lia e rasgava notas fiscais antigas. Revi e vivi anos que não voltarão jamais.  Revisitei enquanto os tocava com as mãos. Lia com a mente, velhas coisas novas que costumavam guardadas, arquivadas como se fossem tesouros em forma de documentos antigos, velhos, acumulados em gavetas todos dentro de uma pasta amarela. Os documentos só contam histórias quando revisitados um a um – cada tempo, cada lembrança, cada registro de um passado guardado dentro de gavetas. Cada rasgada que dava em algum documento, era um pedaço de mim que estava desaparecendo!

Lembranças de uma vida permanecem vivas, voltando à memória já desgastada pelo tempo, usada pela vida e revirada pela medicina, arrumando pastas de documentos antigos, remontando pedaços felizes de vida e outros, nem tanto.

Nos documentos, em cada um dos mais antigos que preservei, revi  frondosas árvores frutíferas na casa em que moramos, no Conjunto Campos Elíseos. Também me lembrei de minha esposa Yara grávida de nosso primeiro e único filho, tomando banho em água de poço artesiano, no ano em que Manaus foi dividida por zonas para o corte e racionamento de energia elétrica em duas, quatro ou seis horas todos os dias.  Lembrei que ela, sempre com muito calor e cheia de coceiras pelo corpo, se refrescando com água fria de um poço artesiano no quintal e com um ventilador à bateria, rádio e lâmpada de emergência, para clarear nosso amor nas infernais noites de escuridão e calor. Seria a ferida de amor, paixão, que ela tinha, mas como vou saber se tudo desapareceu quando nosso filho nasceu em 1988?  Em Manaus – e acho que em todos outros locais - os ventiladores da natureza parecem que também desligam quando falta energia. Tudo fica mais quente, triste e sem a brisa!

Um Deus nos acuda ocorreu quando faltou energia no momento da colação de grau em direito de minha esposa, ainda grávida. Assessores do Governo, usando o nome do governador, querendo uma explicação para o ocorrido. No meio de minhas velhas lembranças novas, uma foto ao lado de um deputado foi encontrada. Decidi não rasgar mais nada, e apenas lembrar, pois relembrar é viver duas vezes!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

CANDIDATO A VEREADOR DERROTADO, É CONDENADO A VARRER RUA EM UNAÍ!



Ah, Vanderlei Ribeiro Alves Pereira, será que não ensinaram a você que não se deve jogar “santinhos” de candidatos desesperados por votos de última hora, no meio da rua? Será que você não aprendeu isso na Escola e, por isso, teve que ser obrigado, pela Justiça e acompanhado por policiais militares, a cumprir uma sentença de varrer os “santinhos” jogados no meio da rua por  candidatos iguais ou piores do que você? Que exemplo feio o seu partido político, o PHS e você próprio, estavam dando à cidade de Unai, localizada na mesorregião do Noroeste de Minas Gerais,  em uma área de 8. 492 km2 às margens do Rio São Francisco!

Está certo que sua cidade de Unai representa só 1,443 por cento do Estado de Minas Gerais e 0,9155 por cento da região Sudeste do Brasil ou precisamente 0,0996 por cento do território nacional, mas nem por isso, Vanderlei você podia fazer boca de urna no dia da votação,  passando um péssimo exemplo para os pouco mais de 77 mil moradores de sua cidade, tristemente famosa pelo episódio da emboscada e assassinato frio e covarde dos auditores fiscais do trabalho Eratósfanes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e, ainda, do motorista Aílton Pereira de Oliveira, todos da Delegacia Regional do Trabalho de Minas Gerais que só queriam acabar com o trabalho escravo e, por esse motivo, sofreram a emboscada que lhes custou a vida.

Dizem, mas não posso afirmar que quem os mandou matá-los teria sido Antério Mânica, prefeito de Unaí em 2004, que fora reeleito  para mais um mandato. Nove acusados deverão ser julgados por esse bárbaro crime, por sentença do juiz federal Francisco de Assis Betti, da 9ª Vara Federal de BH que indiciou oito dos nove envolvidos ao Júri Popular, porque o prefeito tem foro privilegiado.

Vanderlei, os moradores de Unai não o aceitaram como  mais um vereador porcalhão e, por isso,  não o elegeram para a Câmara Municipal. Como você, Vanderlei, representando o povo de sua cidade, teria a coragem de olhar nos olhos do novo prefeito eleito  com 49,88% dos votos válidos, Delvito Alves, e informar que você desejaria um emprego de gari? Experiência para recolher santinhos seus e de outros candidatos a vereadores jogados no meio da rua, mesmo ladeados por policiais militares, você já tem de sobra!

Não me leve a mal, Vanderlei, mas aproveite também sua experiência de candidato porcalhão e experimente varrer também as Grutas do Tambori, do Gentio, Lapa do Sapezal e da Moeda. E, aproveitando o embalo de sua grande experiência em limpeza de rua, mesmo que forçada por decisão judicial para aprender a não mais fazer boca de urna no dia da eleição, também recolha o lixo da Cachoeira da Jiboia, de 140 metros de queda livre. Ah, ainda seguindo no mesmo ritmo de bom exemplo à Unai, aproveite e dê uma limpada nas Cachoeiras do Queimado e do Rio Preto e, se poder, dê uma “olhada”  também na Gruta do Quilombo,  para ver se os negros descontentes com as severas condições de trabalho nas minas de ouro de Pracatu, deixaram também algum lixo no local, quando usaram-na como refúgio no século XIX. Eles podem ter deixado santinhos negros por pura pirraça mesmo!

Aproveite sua experiência de varredor de rua profissional, formado por decisão da Justiça e, mesmo que não seja possível por não  encontrar condições ideais de trabalho, acompanhe também o recolhimento de toda a sujeira dos principais acidentes geográficos de sua cidade de Unaí, localizada na bacia hidrográfica do Rio São Francisco. Mas, por favor, não despeje nas águas desse belo e formoso “Rio São Chico” todos seus santinhos e os de outros candidatos porcalhões como você, mas que não sentiram o gosto e o prazer de limpar as ruas! 

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A FESTA "DEMOCRÁTICA DO VOTO IMPOSTO"


Terminada a primeira etapa da campanha “democrática obrigatória” (?) das eleições municipais que elegeram vereadores e alguns prefeitos de capitais já no primeiro turno, em todo o Brasil, resta-nos uma certeza: “a democracia do voto obrigatório imposto venceu  mais uma vez” e que os “problemas reais ou marketados” recomeçarão e novas ou as mesmas propostas de soluções serão feitas, nas capitais nas quais os eleitores voltarão “democraticamente obrigados” às urnas para novamente escolher entre dois candidatos, um único e definitivo prefeito.  

Enquanto isso, o povo, o eleitor, como uma vaca de presépio, obediente e obrigado por lei, vai votando pensando que está exercendo e contribuindo de alguma forma para o fortalecimento de um verdadeiro Estado Democrático, reforçando a idéia de “democracia” do voto obrigatório. A “Lei da Ficha Limpa” é um grande exemplo: fizeram uma lei originária do povo, só para que o povo aprendesse e soubesse escolher corretamente seus candidatos entre os chamados “fichas limpas”, mas ainda assim muitos “fichas sujas” concorreram e se elegeram prefeitos, principalmente em cidades com menos de 200 habitantes, nas quais ainda não existe segundo turno!

Agora as tendas dos circos de horrores “democráticos” estão desfeitas, as bandeiras da hipocrisia foram baixadas, os exércitos de pessoas nas ruas empunhando ideologias e nem sempre votando nos candidatos para quem trabalham apenas em troca de dinheiro, e o povo se sentindo herói por ter votado e cumprido seu “dever  democrático obrigatório do voto imposto por Lei” no primeiro turno das eleições no dia 7 de outubro.

No primeiro dia de janeiro um novo ano começa e, nas prefeituras, prefeitos que detinham cargos reassumirão com novas composições políticas nas Câmaras Municipais, e tudo volta como “antes no quartel de abrantes” até daqui a mais 4 anos, quando novos problemas surgirão na cabeça dos marketeiros, novas promessas e soluções aparecerão para os eleitores que, mais uma vez como gado obediente e “obrigado democraticamente” terá que depositar seu voto nas urnas, cumprindo uma obrigação democrática imposta de cima para baixo.

Esse ridículo circo da “democracia” só acabará quando o povo for verdadeiramente livre para votar espontaneamente, pelo simples fato de acreditar nas promessas de um candidato. Muita coisa melhorou, muitas leis surgiram para ensinar o povo a votar em bons candidatos. Apesar disso, muitos prefeitos e vereadores ainda fichas sujas, eleitos pelo “voto democraticamente imposto” terão que resolver seus problemas nas instâncias mais altas da Justiça Eleitoral, correndo o risco de os eleitores “vaquinhas de presépio” voltarem novamente às urnas  para escolher um novo candidato a prefeito, esse novo talvez de ficha limpa!

Mas isso já é um problema jurídico criado para que os juízes eleitorais decidam, já que eles concederam tantos mandados de segurança, permitindo que esses candidatos aparecessem na mídia, concorressem e fossem eleitos com a total complacência de eleitores que ainda acreditam em populismos baratos e em ajudas pessoais em nome de uma obrigação constitucional imposta a todos os prefeitos municipais, mesmo os de fichas sujas, eleitos também pelo voto das urnas em nome de uma democracia do dinheiro!