segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

"A BURROCRACIA É QUE ASTRAVANGA O POGRESSO"



O excesso de “burrocracia” governamental  entre o Brasil e a França está impedindo que um garoto encontrado em dezembro de 2009 vagando a esmo pela estação Corinthias/Itaquetra do metrô de São Paulo,  sem qualquer documento, fosse viver e passasse o Natal ao lado de sua mãe,  Diula Goin, na Guiana Francesa, irregular desde 2003 com seus outros irmãos.

O juiz de menores que cuida do caso, Paulo Fadigas, se surpreendeu com a “burocracia” sem motivo aparente e até viu uma luz no final desse quase intransponível túnel burocrático depois que o governador prometeu regularizar a situação da mãe na Guiana Francesa, em apenas três dias e garantiu que o menor poderia viajar e se reencontrar com a família.  Essa pendenga “burrocrática” já dura três anos, apenas e pode durar ainda muito mais!

Enquanto a burocracia e a má vontade governamental de ambos os países se revela muito forte, os traficantes de pessoas permanecem livres e rondando o abrigo e o menino, testemunha importante sobre o tráfico internacional de pessoas, passou a ter uma escolta 24 horas do dia, no abrigo e na escola,  determinada pelo juiz Paulo Fadigas.

Em abril deste ano de 2010, o repórter Marcelo Canelas, do Fantástico, viajou ao Haiti e à Guiana Francesa e denunciou o caso do menino encontrado no Brasil, que morava no Haiti com o avô e um irmão mais velho. Desde aquele mês, devido às burocracias e promessas não cumpridas, o menor continua morando em um abrigo em SP, embora tenha famílias no Haiti e na Guiana Francesa.

Os chamados “coiotes”, ou traficantes internacionais de seres vivos, exigiram mais dinheiro da família para entregá-lo na Guiana Francesa. Como a família já havia pago tudo que podia e se recusou à nova chantagem. O garoto fora abandonado à própria sorte na Estação do Metrô.

Depois do terremoto que destruiu tudo no Haiti, conseguir uma certidão de nascimento é uma tarefa hercúlea, praticamente impossível, como disse a defensora pública federal, Fabiana Severo, que acompanha o caso do garoto haitiano.

O governo do Brasil concedeu um documento temporário de identidade ao garoto Vu, mas o governo da França sabe-se lá por quais motivos, não aceita dar visto nesse passaporte para que o menor possa entrar na Guiana Francesa.

Enquanto isso, o garoto Vu como passou a ser chamado no abrigo brasileiro, vai perdendo a oportunidade de sonhar...É o terceiro Natal que o menor passará longe da família, nem na Guiana Francesa e nem no Haiti, onde morava antes. E a embaixada do Haiti no Brasil ainda culpa a mãe por não ter apresentado certidão de nascimento do filho, bloqueando um passaporte haitiano para o adolescente. E para que existe o exame de DNA? Ah, burocraciazinha ridícula essa!!!!!

 

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